sexta-feira, 15 de abril de 2011

Corinthians tira Fielzão da Copa das Confederações e recorre à Caixa

Clube quer utilizar fundo imobiliário do banco para conseguir financiamento com o BNDES e promete início das obras para o mês de maio

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
Estádio Corinthians (Foto: Divulgação)Fachada do futuro estádio do Timão em Itaquera,
Zona Leste de São Paulo  (Foto: Divulgação)
A construção do Fielzão voltou a ser assunto no Corinthians. Nesta sexta-feira, em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, o diretor de marketing Luis Paulo Rosenberg anunciou que as obras começarão em maio de 2011 e terminarão no fim de 2013, acabando com qualquer chance de o estádio ser utilizado na Copa das Confederações. Além disso, anunciou que o clube conversa com a Caixa Econômica Federal para intermediar com o BNDES o financiamento de cerca de R$ 400 milhões através de um fundo imobiliário.
- Vamos começar em maio e terminar em novembro ou dezembro de 2013. Quem está na torcida para a Copa das Confederações, esquece. Não vai ser feito. Não vamos fazer construção à noite, uma loucura, com acidentes e até encarece. O que dissemos para a Fifa é que não vamos fazer loucura para a Copa das Confederações. Vamos ralar a bunda no chão para fazer a abertura da Copa – afirmou.
Rosenberg negou que o BNDES tenha recusado as garantias apresentadas pelo Corinthians e pela empreiteira Odebrecht para conseguir o financiamento. Entretanto, confirmou que negocia com a Caixa para colaborar com a liberação do montante. O BNDES destinaria o valor para a CEF, que repassaria para o Timão e à construtora.
Não existe a possibilidade de não sair o estádio"
L. P. Rosenberg
- Quando o proprietário é o Estado, isso (liberação do dinheiro) acontece de forma muito tranquila, porque o BNDES não corre risco. No nosso caso, tem que ser mais sofisticado. Qual é a estrutura mais flexível? Um mecanismo é o fundo imobiliário. Isso é carne de vaca para a Caixa. O dinheiro é do governo, que repassa para o BNDES. Quem vai se encarregar do fundo é a Caixa. Não muda nada na garantia – explicou.
Rosenberg indicou também que o Corinthians utilizará arquibancadas móveis para atingir os 65 mil lugares exigidos pela Fifa para que o estádio seja o palco da abertura da Copa do Mundo de 2014. O projeto inicial do Alvinegro era para 45 mil pessoas, quantidade que não satisfaz o caderno de encargos da entidade. Com isso, o custo da arena subirá para quase R$ 700 milhões. O clube garante também que os dutos da Petrobrás, que passam por baixo do terreno de Itaquera, não são um entrave. Eles serão retirados ao longo das obras.
- A Petrobrás considera uma obra trivial, nada de especial. E ela não tem interferência no cronograma do estádio. Considero um desafio superado – disse Rosenberg.
O diretor de marketing jurou que o estádio será construído e que não há qualquer chance de a obra ser apenas mais uma maquete como muitas que já foram apresentadas por dirigentes corintianos em gestões passadas.
- Não existe a possibilidade de não sair o estádio. Eu entendo (a desconfiança). Quantas vezes foi lançado o estádio do Corinthians? – completou.
Estádio Corinthians Fielzão (Foto: Divulgação )Obras do estádio do Corinthians devem começar em maio, segundo Rosenberg (Foto: Divulgação )

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