quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Mano Menezes compara Ronaldinho a Renato Gaúcho em fim de carreira

‘Não é mais aquele mesmo jogador, com vitalidade e arrancada de 50m’, afirma. Técnico também explica não convocação do trio do Inter de Milão

EM  Porto Alegre
FRAME Mano Menezes explica ausência de `estrelas` da seleção nas primeiras convocaçõesMano Menezes em entrevista (Foto: Reprodução)
Ambos levam o estado no nome, foram revelados no Grêmio e jogavam para marcar gols e distribuir assistências. Ronaldinho e Renato Gaúcho, no entanto, trilharam histórias diferentes no futebol, seja na Europa, no Rio de Janeiro, ou até em Tóquio. Separado por uma década no futebol, o astro do Milan, de 30 anos, foi comparado ao ex-jogador e atual técnico do Tricolor gaúcho por Mano Menezes, treinador da Seleção Brasileira, em entrevista ao Grupo RBS nesta quarta-feira. O trio ainda não convocado do Inter de Milão, formado por Julio César, Maicon e Lucio também esteve em pauta, além do santista Neymar.
Ronaldinho Gaúcho
Se houvesse grandes nomes, teríamos convocado outros. Penso que nao é mais aquele mesmo jogador, com a vitalidade, arrancada de 50 metros. Hoje, ele joga como um meia no Milan, antes era um atacante no Barcelona. Foi assim com o Renato Gaúcho, que era um ponta no início da carreira e terminou sua trajetória mais centralizado.
Trio do Inter de Milão
ronaldinho comemora, Real Madrid 0 x 3 Barcelona, 19/11/2005Ronaldinho no Barcelona, em 2005: tempos que
não voltam mais para o craque (Foto: Getty Images)
Penso que esses jogadores que estiveram na Copa tiveram um desgaste maior por conta da eliminação. Essa tristeza não era algo bom para levar nesse início de trabalho quando estava estabelecendo um novo grupo. Essa tristeza é bom guardar um pouco. Foi o que disse aos três jogadores em conversa simultânea (Mano visitou o clube italiano há duas semanas): Julio César, Maicon e Lucio. Não se exclui ninguém da Seleção. Deixei isso claro para eles. Alguns vão fazer parte do grupo, sim.
Neymar
Certas coisas são muito comuns no nosso dia a dia, e a partir de uma determinada situação, de direcionamento para um jogador já não são tratadas como comuns. Não, elas continuam sendo comuns, têm seus acertos, seus erros, não são tão importantes às vezes.
Compreensão tática
No intervalo disse que estávamos tendo um pouco de dificuldade. E realmente estávamos, pois eles fizeram uma linha de quatro, colocaram um líbero na frente, outra linha de quatro e mais um no ataque. Falei sobre isso, que estavam jogando no 4-1-4-1, e algum famoso disse que 4-1-4-1 era linha de ônibus. Isso temos que parar de omitir para o torcedor, explicar pra ele o que é o 4-1-4-1, quem faz determinadas funções, esse é o papel do analista para que o torcedor tenha mais entendimento pelo futebol. “Não, esse não pode fazer essa função. O treinador não estava inventando”, poderiam dizer. O Irã reconheceu essa capacidade no Brasil e dificultou. Temos sempre que encontrar soluções.

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