quarta-feira, 20 de abril de 2011

Falcão e a Libertadores: ‘Pedi que o elenco me ensine a ser campeão’

Em vestiário recheado de campeões, técnico vive emoção de reencontrar o torneio continental. Ele diz que não trata Libertadores como obsessão

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre
falcão internacional x santa cruz    (Foto: Divulgação)Falcão busca seu primeiro título de Libertadores
(Foto: Divulgação)
Renan, Tinga, Bolívar, Rafael Sobis, Índio: todos com dois títulos de Libertadores. Guiñazu, D’Alessandro, Kleber e tantos outros: também já campeões. Como chefe da turma, está Paulo Roberto Falcão, um ídolo superior a cada um deles no Inter, mas que não teve o privilégio de conquistar a América. É uma situação curiosa, e reconhecida pelo próprio treinador. Nesta terça-feira, na vitória de 2 a 0 sobre o Emelec, Falcão reencontrou a Libertadores depois de 31 anos. E pedindo a ajuda de seus comandados para trilhar o caminho do título.
A grande meta de Falcão é a Libertadores. Ele disputou três edições como jogador, sempre com o Inter, e ficou de mãos vazias. Na última, em 1980, perdeu a final para o Nacional, do Uruguai.
- Disse aos jogadores que por um gol eu não fui campeão na Libertadores. E aqui tem gente que já foi. Pedi que o elenco me ensine a ser campeão da Libertadores – disse Falcão.
O ídolo colorado diz que estava ansioso para reencontrar a Libertadores. Ele ainda lembra aquela derrota de 1 a 0 em 1980.
- O Internacional teve outros grandes jogadores que não têm esse título. O campeão tem que ser valorizado. Meu último jogo pela Libertadores foi no Uruguai. Não fomos campeões por causa de um gol. Lá, poderíamos ter feito três gols. O Rodolfo Rodrigues defendeu tudo. O Nacional tinha um grande time. A Libertadores era mais complicada. De quatro times, só passava um, e você já cruzava com o campeão nacional. O importante é que eles (jogadores do Inter) dizem que querem ser campeões de novo. Eu estava ansioso para voltar a disputar a Libertadores. Não tem como não estar. Foi um dia especial – comentou Falcão.
O técnico sente falta do título da Libertadores. Mas diz que isso não é uma obsessão.
- Não é uma obsessão. Tudo que é obsessão é ruim, porque se perde um pouco a naturalidade.
Com a vitória sobre o Emelec, o Inter garantiu vaga nas oitavas de final da Libertadores. Seu adversário deve ser o Jaguares, do México, ou o Peñarol, do Uruguai.

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