sábado, 16 de junho de 2012

Cruzeiro faz bela festa na volta a Belo Horizonte e vence Figueirense
Golaço de Wellington Paulista garante comemoração completa e deixa Raposa na vice-liderança na abertura da quinta rodada do Brasileirão
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Fábio
    WP9 pode ter feito o gol da vitória, mas foi o goleiro Fábio que garantiu o resultado, com defesas importantes no primeiro tempo e uma salvadora aos 44 minutos da etapa final
  • deu certo
    Entra e sai
    Celso Roth modificou o time para suportar a pressão exercida pelo Figueirense e acertou. Souza, um dos três que entraram, fez a jogada e deu o passe para o golaço de Wellington Paulista
  • lance capital
    Bola na trave 
    O Cruzeiro deu sorte também. Aos 15 minutos de jogo, Julio César acertou a trave em cobrança de falta, num lance que poderia ter mudado a história da partida desde o início.
A CRÔNICA
por Marco Antônio Astoni
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O Cruzeiro fez bonito na volta a Belo Horizonte, após mais de dois anos perambulando pelo interior, sem residência fixa para mandar seus jogos. Com um gol de Wellington Paulista, derrotou o Figueirense, por 1 a 0, no Estádio Independência, na abertura da quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
A vitória deixou o Cruzeiro na vice-liderança, com 11 pontos. Para permanecer na posição, precisa torcer para que Atlético-MG e Grêmio tropecem fora de casa no domingo, contra São Paulo e Náutico, respectivamente. O Figueirense perdeu a invencibilidade na competição e ficou em décimo lugar, com seis pontos.
Na próxima rodada, o Cruzeiro vai a São Januário, no Rio de Janeiro, enfrentar o líder Vasco, sábado, às 18h30m (de Brasília), enquanto o Figueirense recebe o Bahia, domingo, às 16h, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
Figueira melhor
Antes do apito inicial, a torcida cruzeirense deu um show de apoio, com direito a mosaico nas cadeiras, muita festa e barulho ensurdecedor. E o time mineiro começou nesse embalo. Jogando com três atacantes, partiu para cima do Figueirense nos minutos iniciais, mas sem exercer pressão verdadeira e causar perigo.
Acabou sendo dos catarinenses as primeiras chances de gol. Túlio e Aloísio tiveram as oportunidades, mas ambos pararam em boas intervenções do goleiro Fábio. Aos 15, Julio César chegou a acertar a trave em cobrança de falta de longe.
Mais organizado em campo, o Figueira tocava bem a bola, tomava conta do meio-campo e chegava facilmente à área adversária. Para se ter uma ideia da facilidade encontrada pelo time de Santa Catarina, foram oito finalizações em menos de 20 minutos.
O time mineiro tentava se achar, mas os erros de passes e a distância entre os jogadores em campo tornavam as coisas mais difíceis. O único armador do Cruzeiro na partida era Montillo. Bem marcado como sempre, o argentino pouco conseguia produzir. O trio de atacantes também não se encontrava em campo, com pouca mobilidade e iniciativa de jogo.
Alheio aos problemas do adversário, o Figueirense continuava superior em campo, sem ser incomodado de forma mais efetiva. O Cruzeiro até ensaiou uma pressão nos minutos finais, mas somente com bolas alçadas sobre a área de Wilson, que foi um mero espectador no primeiro tempo. Como o time de Floripa também não conseguiu superar Fábio, o 0 a 0 permaneceu até o intervalo.
Cruzeiro acordado
Celso Roth mexeu no Cruzeiro na volta para o segundo tempo, colocando Leandro Guerreiro no lugar de Amaral, que teve atuação irregular nos primeiros 45 minutos. Mas, logo no primeiro lance, a impressão foi que o domínio do Figueirense continuaria. Em um ataque veloz, Aloísio chegou cara a cara com Fábio, obrigando o goleiro a fazer mais uma importante defesa.
Celso Roth, então, mudou o esquema tático, do 4-3-3 para o 4-4-2, ao substituir Wallyson por Souza. O Cruzeiro melhorou sensivelmente.
Montillo apareceu mais em campo, e Souza cumpriu papel duplo no meio-campo, ajudando na marcação e na armação. O jogo ficou aberto, porque a Raposa se mandou para o ataque, dando ao Figueira a possibilidade de contragolpear.
Aos 20 minutos, as estrelas de Souza e Celso Roth brilharam, e o Cruzeiro abriu o placar. O meia fez linda jogada no meio e deu passe na medida para Wellington Paulista. Cara a cara com Wilson, o atacante teve tranquilidade para dar um leve toque, passar pelo goleiro e marcar um golaço.
A vantagem no placar deu tranquilidade para o time mineiro, que passou a tocar a bola de forma mais consciente. A entrada de Willian Magrão no lugar de Fabinho fechou o time e dificultou a vida do Figueirense. Argel mandou Botti, Luiz Fernando e Jackson para o jogo, mas os catarinenses não tiveram forças para buscar o empate e impedir a bela festa da torcida cruzeirense na volta do time a Belo Horizonte.

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