quarta-feira, 18 de julho de 2012

Leandro sai do banco, marca dois, e Grêmio vira contra Sport no Olímpico
Em baixa, com poucas chances até então, atacante se mostra decisivo diante dos pernambucanos, que acumulam quatro derrotas no Brasileiro
 
DESTAQUES DO JOGO
  • o nome do jogo
    Elano
    Em sua estreia no Olímpico, o meia teve outra boa atuação. Fez a jogada do primeiro gol, foi quem mais finalizou (seis) e o mais caçado em campo.
  • carrasco
    Felipe Azevedo
    O atacante já havia marcado três vezes contra o Grêmio, com a camisa do Ceará. Desta vez, pelo Sport, voltou a incomodar os gaúchos, abrindo o placar.
  • deu certo
    Leandro
    Quando Luxa chamou Leandro, poucos acreditaram. No entanto, o atacante de 19 anos entrou e marcou dois gols - o da virada e o terceiro.
A CRÔNICA
por Hector Werlang
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Quando Vanderlei Luxemburgo chamou Leandro do banco de reservas, o Olímpico caiu em descrédito. Afinal, o técnico apostaria em um atacante que não marcava gol havia quase um ano para fazer o Grêmio virar um complicado jogo contra o Sport. Àquela altura, o duelo estava empatado por 1 a 1. Quatro minutos após a substituição, com dois gols, o atacante de 19 anos mudou a história de um jogo que pode determinar o embalo do time gaúcho no Brasileirão.
A vitória por 3 a 1 na noite desta quarta-feira, em Porto Alegre, a segunda seguida na competição, deixou o Grêmio temporariamente na zona da Libertadores. É o quarto colocado, com 18 pontos, e seca Inter ou São Paulo para permanecer no grupo. O Sport encerrou uma série de três jogos sem perder. Permanece com 12, temporariamente em 12º.
Destaque da partida, Leandro minimizou a sua atuação individual, de dois gols decisivos na etapa final. E sobraram agradecimentos a Vanderlei Luxemburgo.
- O mais importante foram os três pontos. O Luxa me deu oportunidade e aproveitei da melhor forma possíve - ressalvou.
Agora, os times se preparam para a rodada do final de semana. O Grêmio desafia o Botafogo no domingo, às 18h30m, no Rio de Janeiro, na partida que deve marcar a estreia de Seedorf. Kleber, que recebeu o terceiro cartão amarelo, já é desfalque certo. Um dia antes, no mesmo horário, em Recife, o Sport recebe o Atlético-MG.
Marcelo Moreno, Grêmio x Sport (Foto: Alexandro Auler / Agência Estado)Marcelo Moreno comemora seu gol, o de empate do Grêmio (Foto: Alexandro Auler / Agência Estado)
Retranca ofensiva

Pode uma equipe atuar retrancada, ter as melhores chances e ainda marcar um gol? No futebol, pode. Foi o que aconteceu no primeiro tempo. Se por momentos atuou com 11 jogadores no campo de defesa, o Sport se revelou um time bem montado, rápido na saída de bola e perigoso no ataque. Azar do Grêmio.

O time de Vanderlei Luxemburgo ainda busca a sua identidade. Depois de superar o Cruzeiro na rodada passada, dava pinta de embalar. O técnico, ao convocar a torcida a ajudar, admitiu estar devendo em apresentações em casa.

Embora com a iniciativa, o Grêmio foi uma repetição de si mesmo na temporada. Poucos dribles, quase nenhuma infiltração ou inexistência de chegada de trás facilitaram a marcação pernambucana - o mesmo ritual das derrotas para Palmeiras (Copa do Brasil) e Atlético-MG, citadas como exemplo da dívida mencionada por Luxa. Nem a bola na trave em cobrança de Elano ou o giro de Kleber sob Edcarlos seguido de chute com defesa de Magrão conseguiram alegrar o público presente na etapa inicial.
A criatividade foi outra marca da equipe de Vagner Mancini. Marquinhos Gabriel, de falta, e Gilberto, da marca do pênalti, obrigaram Marcelo Grohe a defesas difíceis. Coube, então, a Felipe Azevedo fazer o gol. Aos 38 minutos, Tobi inverteu da direita para esquerda, Reginaldo cruzou e o atacante subiu mais do que a zaga para vencer o goleiro rival com uma cabeçada cruzada: 1 a 0. Um gol de centroavante.
Moreno empata o jogo

O panorama da partida se manteve idêntico ao primeiro tempo, com um adendo preocupante ao Grêmio: os atacantes não conseguiram criar chances dentro da área. Assim, os chutes de longe viraram alternativa. Elano e Fernando, porém, erraram na pontaria.

Luxa decidiu agir aos 14 minutos, ao trocar Fernando por Leandro. Sem um volante e com um atacante a mais, o esquema mudou do 4-4-2 para o 4-3-3. A pressão aumentou. Mas só com uma jogada individual, o improviso, o drible, a qualidade técnica, algo reivindicado pelo comandante faz tempo, o gol saiu. Elano passou por três, desmontou a retranca e serviu Kleber. O Gladiador bateu cruzado, e Magrão fez boa defesa, mas não conseguiu segurar a bola. Marcelo Moreno aproveitou e marcou: 1 a 1, aos 18 minutos.

O gol deu nova vida ao Grêmio. O Sport acusou o golpe e perdeu a arma do contra-ataque. A virada foi ficando madura. Até que, aos 27, Leandro usou do mesmo expediente de Moreno. Tony havia cruzado da direita, e Kleber, cabeceado para ótima defesa de Magrão, porém, com rebote. O jovem fuzilou. Voltou a marcar após 11 meses e 15 dias de jejum - o último havia sido no empate por 2 a 2 com o Atlético-MG no Brasileirão do ano passado.

Ele ficou com gosto de quero mais. Aos 34, após boa troca de passes entre Zé Roberto, Kleber e Elano, o atacante recebeu livre dentro da área e desviou para decretar o 3 a 1. O Grêmio de Leandro começa a embalar no Brasileirão.
 

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