quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Após exame, corte é descartado,
e Ganso segue com a Seleção

Com dores na coxa esquerda, meia sequer foi relacionado para a partida contra a Nova Zelândia. CBF ainda não divulgou resultado

Por Márcio Iannacca Direto de Newcastle, Inglaterra
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Após ser submetido a exames mais aprofundados para saber a gravidade do problema na coxa esquerda, na noite desta quarta-feira, em Newcastle, o meia Paulo Henrique Ganso segue com a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos. O corte do atleta, que chegou a ser cogitado, foi descartado após os resultados.

Ganso sequer foi relacionado para a partida contra a Nova Zelândia e assistiu à vitória brasileira na arquibancada do estádio St. James Park, em Newcastle. Após a partida, o meia seguiu com o médico José Luís Runco para uma clínica na cidade, onde realizou o exame. Por volta das 15h30 de Brasília, os dois retornaram ao hotel da Seleção. No local, se reuniram com o fisioterapeuta Odir Souza. A permanência do jogador do Santos foi definida no encontro.
Ganso nas arquibancadas do St James Park já à espera do jogo (Foto: Márcio Iannacca / Globoesporte.com)Ganso acompanhou a vitória brasileira das arquibancadas do St James Park (Foto: Márcio Iannacca / Globoesporte.com)
Mesmo com o corte descartado, a CBF ainda não divulgou o resultado do exame.
Antes de saber o resultado do exame, o técnico Mano Manezes admitiu a possibilidade de aguardar a recuperação de Ganso, mesmo que ele fique fora do próximo jogo.

- Se for algo leve, que permite uma recuperação rápida, ficar fora de uma partida apenas, poderíamos pensar (em deixá-lo no grupo) sem dúvida nenhuma. Vou esperar o exame porque sempre fizemos dessa forma. Não vamos apressar os fatos. Existe uma boa possibilidade de ele não ter uma lesão mais grave. A cabeça do jogador fica preocupada quando você tem sucessivas lesões. Uma pequena fisgada precisa de um esclarecedor material, que é o exame. Você já pensa que é algo grave. E cabeça de jogador significa 70%. Sem ela, ele não vai a lugar nenhum - analisou Mano Menezes, após a vitória por 3 a 0 sobre a Nova Zelândia.

O Brasil volta a campo no sábado, quando enfrenta Honduras, às 13h (de Brasília), em Newcastle, pelas quartas de final do torneio olímpico.

Histórico de lesões
Ganso estreou na Seleção junto com Mano: na vitória de 2 a 0 sobre os Estados Unidos, em Nova Jersey, em agosto de 2010. Camisa 10, o atleta do Santos foi um dos destaques da partida ao lado de Neymar e passou a ser considerado nome fundamental para a Copa do Mundo de 2014.

Mas enquanto o amigo santista virou a referência da equipe, Ganso sofreu com lesões, caiu de produção e perdeu espaço na Seleção. Nas Olimpíadas, ficou com a camisa 16 e viu Oscar, recém-negociado pelo Internacional com o Chelsea, assumir o número 10 e a vaga de titular.

Depois da estreia com a amarelinha, Ganso ficou fora alguns meses por uma grave contusão no joelho e retornou à Seleção na Copa América de 2011, sem brilho. Depois, foi chamado para o amistoso com a Alemanha, derrota de 3 a 2, em Stuttgart. No jogo seguinte, diante de Gana, em Londres, o meia começou como titular, mas sentiu uma lesão logo no início e deixou o gramado.

Em fevereiro de 2012, mais uma chance. Iniciou no banco contra a Bósnia, em St. Gallen, e entrou no lugar de Ronaldinho Gaúcho. Também teve atuação discreta. Depois, chegou a ser convocado para os amistosos com Dinamarca, Estados Unidos, México e Argentina entre maio e junho, como preparação para as Olimpíadas, mas acabou fora por causa de uma artroscopia no joelho.

Nos Jogos Olímpicos, o meia começou no banco nas duas primeiras rodadas e atuou apenas 18 minutos na estreia (3 a 2 sobre o Egito), em Cardiff, e 26 contra a Bielorrússia (3 a 1, em Manchester).

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