Rumo ao cinturão do WSOF, Marlon Moraes agora pensa no UFC: 'Sonho'

Chamado de 'novo Frankie Edgar', lutador brasileiro evita ser comparado ao amigo e ídolo, a quem está ajudando como treinador auxiliar no TUF 19

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro

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Marlon Moraes (Foto: Lucas Noonan / WSOF)

Marlon Moraes apresentou uma evolução impressionante nas últimas lutas e já é tratado, principalmente nos EUA, como uma promessa da categoria dos galos (até 61kg). Na primeira entrevista que deu ao Combate.com, há oito meses, quando tinha apenas uma luta no World Series od Fighting, o brasileiro foi honesto ao dizer que ainda não se sentia preparado para o UFC. Agora, com mais três boas vitórias no currículo, ele mudou a forma de pensar, mesmo ressaltando que o foco atual é o cinturão do WSOF:
- Eu tenho evitado essa pressão. Todo mundo me pergunta quando vou para o UFC. Infelizmente não depende só da minha vontade. O World Series é um evento grande e paga muito bem. Tenho contrato com eles, me deram a oportunidade. Quero ganhar esse cinturão e cumprir meu contrato. Quando acabar, vamos ver se continuo ou se vou para o UFC. É o meu sonho - disse, em nova entrevista.
Aos 25 anos, Marlon tem mais duas lutas no contrato com o WOSF, sendo que a próxima será pelo título dos galos, provavelmente no dia 29 de março de 2014. O adversário não está definido, e pode sair do duelo entre Cody Bollinger, expulso por Dana White do TUF 18 após desistir de bater o peso, e outro nome ainda não anunciado.
Enquanto aguarda essa definição, o brasileiro vai ajudando Frankie Edgar como treinador auxiliar dele no The Ultimate Fighter 19, que está sendo gravado em Las Vegas e estreia na televisão somente nos primeiros meses do ano que vem. Marlon gostou muito do que viu:

Não penso muito nele não. Penso mais em mim mesmo. Quero sempre melhorar e aprender com ele nos treinamentos, com o Edson (Barboza) também. Tenho que fazer o meu jogo, melhorar em todos os aspectos e ser um lutador de MMA completo"

Marlon, sobre comparação com Frankie Edgar

- Estou ajudando o Frankie na parte de trocação na casa. Nosso treinador de muay thai não pôde vir no início porque estava com problema no visto. Eu voltei da luta e fiquei aqui três semanas como treinador assistente. Foi uma experiência boa. Vi de perto o sonho dos lutadores de chegar ao UFC. Você fica dentro da casa, não pode falar com ninguém, tem que lutar contra os caras que dormem na cama ao lado. É um programa bem difícil. Só me faz respeitar os caras que estão lá.
Por falar em Frankie Edgar, Marlon tem sido comparado ao parceiro de treinos por conta de seu estilo de luta. Mas ele não quer ser o "novo Frankie Edgar", apesar de idolatrar o amigo:
- Não penso muito nele não. Penso mais em mim mesmo. Quero sempre melhorar e aprender com ele nos treinamentos, com o Edson (Barboza) também. Tenho que fazer o meu jogo, melhorar em todos os aspectos e ser um lutador de MMA completo.
Para Marlon, Frankie vai vencer o terceiro duelo contra BJ Penn, o outro técnico do TUF 19. Nas duas vezes anteriores, o primeiro também derrotou o rival:

Marlon com Ray Sefo (presidente do WSOF) e Frankie no TUF 18 (Foto: Divulgação / Facebook Oficial)

- É uma luta boa para ele. O Frankie é um grande nome do esporte, já lutou pelo cinturão inúmeras vezes. É um nome grande e tem que fazer grandes lutas. O BJ Penn é um bom adversário para ele. O jogo não casa bem para o BJ. O Frankie tem tudo para conquistar mais uma vitória.
E o brasileiro confirmou o que Dana White já havia adiantado: houve um nocaute espetacular nas eliminatórias para entrar na casa, podendo ter superado até o de Uriah Hall sobre Adam Cella nas oitavas de final do TUF 17 em termos de brutalidade:
- Posso adiantar que tem caras muito bons, principalmente de wrestling. E com certeza o nocaute foi impressionante. Na minha opinião, superou o do Uriah Hall sim. Todo mundo ficou bem preocupado com o cara que foi nocauteado.