quinta-feira, 10 de abril de 2014

COI diz que não houve intervenção, mas medidas para ajudar Rio 2016

Após críticas, Thomas Bach, presidente da entidade, adota plano com ação inédita para controlar cronograma de obras e evita descartar outra sede como plano B

Por Belek, Turquia
Thomas Bach presidente do COI coletiva (Foto: Site Oficial do COI)Bach anunciou medidas para resolver atrasos nas obras do Rio 2016 (Foto: Site Oficial do COI)
Após as críticas das federações internacionais, o Comitê Olímpico Internacional (COI) tomou uma atitude para solucionar os problemas de atrasos nas obras para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o presidente do COI, o alemão Thomas Bach, anunciou um plano de apoio na organização do evento junto ao Comitê Rio 2016. O COI, através de seu porta-voz Mark Adams, nega que tenha sido uma intervenção. Para a entidade, trata-se de uma oferta de experiência e apoio adicional.
- Acreditamos que o Rio pode e irá entregar Jogos excelentes se ações apropriadas forem tomadas agora. Há um forte compromisso de ambos os lados para fazer os Jogos no Rio um sucesso. As medidas aprovadas hoje têm por objetivo apoiar os organizadores locais, colocando à disposição a experiência de organizadores anteriores dos Jogos Olímpicos e aqueles com experiência sobre como os diferentes níveis de governo podem trabalhar juntos em cooperação perfeita. Estamos liderando pelo exemplo, como facilitadores e parceiros - disse Bach, que tem sido muito pressionado pela Associação das Federações Internacionais Olímpicas de Verão, em assembleia na cidade de Belek, na Turquia.
Dentre as medidas do COI, a primeira será o envio ao Rio de Janeiro, na próxima semana, de um dirigente para resolver os problemas de cronograma. O encarregado será o diretor executivo Gilbert Felli, que também irá à sede dos Jogos de 2016 regularmente para controlar a situação. Ele tem reunião agendada para esta segunda-feira com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Além disso, três grupos de trabalho serão formados para analisar as questões de atrasos no cronograma e ajudar os organizadores locais a solucionar tais problemas. Bach também irá contratar uma consultoria independente para avaliar diariamente o andamento das obras, uma medida inédita.
O presidente do COI destacou que o plano de apoio não é uma medida unilateral e foi acordado com o Comitê Rio 2016.
O COI já havia afirmado que o plano B para as Olimpíadas não é deixar o Rio de Janeiro, como sugeriu a Associação das Federações Internacionais Olímpicas de Verão. No entanto, Thomas Bach se esquivou da questão nesta quinta-feira e evitou descartar a possibilidade de os Jogos terem outra sede em 2016.
- O que posso dizer categoricamente é que nós faremos tudo possível para que esses Jogos sejam um sucesso - disse Bach.
Para o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), general Fernando Azevedo e Silva, "o anúncio do Comitê Olímpico Internacional (COI) deve ser entendido como mais uma colaboração protocolar e de rotina para enfrentarmos o grande desafio que é sediar um megaevento esportivo.”

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