quinta-feira, 24 de julho de 2014

NSAC explica concessão de licença a Belfort: “Solicitação foi sensata”

Chairman diz que entidade entendeu esforço do brasileiro em cooperar
com as regras e detalha a punição dada pelo órgão a Chael Sonnen

Por Las Vegas, EUA
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Logo após a reunião mensal da Comissão Atlética do Estado de Nevada, que aconteceu nesta quarta-feira em Las Vegas, o chairman da entidade, Francisco Aguilar, conversou com a equipe do Combate.com para explicar as deliberações do órgão nos casos de Vitor Belfort, que teve a sua licença concedida para lutar na cidade no mês de dezembro, e de Chael Sonnen, que teve a sua licença suspensa por dois anos, além de ter que reembolsar a comissão pelas despesas dos testes antidoping a que se submeteu.
Segundo Aguilar, a diferença de status dos lutadores no momento em que submeteram aos exames surpresas foi o que determinou penas mais ou menos brandas:
- A diferença entre Vitor Belfort e Chael Sonnen é que Belfort estava pedindo por uma licença para lutar em Nevada e Chael estava aqui para participar de uma audiência disciplinar, porque ele já estava licenciado em Nevada. Sonnen era um lutador licenciado que acabou sendo testado em um dos nossos testes surpresas.  Belfort foi submetido a um teste antidoping surpresa em fevereiro, mas ele não tinha aplicado ainda para a sua licença quando fez o teste. Ainda assim, Vitor acabou perdendo uma luta em maio e outra em julho e agora está pedindo para lutar em Nevada em dezembro. Quanto às punições discutidas hoje, eu não acho que o Vitor foi punido. Ele aceitou sua responsabilidade pelas ações e pela aplicação para a licença. Ele veio até nós com uma solicitação razoável e, quando essa solicitação é sensata, nós olhamos para o esforço que o atleta está fazendo para cooperar com as nossas regras.
Vitor Belfort, julgamento (Foto: Evelyn Rodrigues)Agular (primeiro à esquerda) apontou as diferenças entre decisões sobre Vitor e Sonnen (Foto: Evelyn Rodrigues)
O chairman da NSAC ainda explicou que o caso de Chael Sonnen é diferente pelo fato de o lutador ter sido flagrado em dois exames antidoping distintos com cinco substâncias ilegais diferentes - os hormônios de melhora de desempenho EPO (eritripoetina) e HGH (hormônio do crescimento), clomifeno, anastrozol e hCG (gonadotrofina coriônica humana), que aumenta a massa muscular.
- Chael Sonnen foi um caso diferente. Ele tinha uma licença para lutar e foi submetido ao teste surpresa quando já estava licenciado. Testou positivo em dois exames distintos para cinco substâncias ilegais.  Como punição, ele não vai poder lutar em Nevada ou em outra jurisdição por um período de dois anos e essa é uma punição muito significante para qualquer lutador, pois se você olhar para a idade dele e a sua atual situação, dois anos é muito tempo. Sabemos que ele deve participar de uma competição de luta agarrada em agosto, mas nesse caso as nossas regras não se aplicam a esse evento - esclareceu, fazendo referência ao combate entre Sonnen e André Galvão pelo Metamoris 4, que acontece no dia 09 de agosto, em Los Angeles, EUA.
Durante a audiência disciplinar, o “Gângster Americano” ainda foi requisitado para trabalhar em conjunto com a comissão na educação de lutadores e melhoria do programa antidoping da entidade:
- Nós esperamos que Chael possa trabalhar conosco e nos ajudar a entender como nós podemos nos assegurar que, toda vez que um lutador pisar no octógono, ele esteja em uma luta justa.
Francisco Aguilar também ressaltou que, apesar de a NSAC ter concedido a licença para que Belfort enfrente Chris Weidman em dezembro, o lutador firmou alguns compromissos importantes e fundamentais para a obtenção do documento:
- Belfort não pode lutar em qualquer outra jurisdição até o dia 06 de dezembro. Além disso, o  programa antidoping prevê esses testes “surpresas”. Nós aparecemos sem avisar e solicitamos amostras de sangue e urina. O lutador vai pagar pelas despesas com esses testes. Com essas amostras, nós saberemos em que pé ele está. É importante frisar que Belfort será testado onde quer que ele esteja. Podemos mandar um coletor para as Filipinas, Califórnia, para o Brasil ou para qualquer lugar em que ele esteja a fim de que tenhamos as amostras necessárias - finalizou

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