quinta-feira, 28 de junho de 2018

Robson, Falcão, Adriana, Rose: como estão os principais nomes do país no boxe profissional

Os quatro medalhistas da nobre arte nas últimas Olimpíadas migraram para a carreira profissional. Reserva em 2012, Rose Volante é a única campeã mundial

Por Globoesporte.com, Rio de Janeiro
 
Combate transmite luta de boxe entre Robson Conceição x Gavino Guaman
Migrar para o boxe profissional após uma jornada olímpica parece lugar comum no boxe brasileiro. Essa foi a realidade dos quatro medalhistas do país após os Jogos de 2012 e 2016. Neste sábado, o campeão da Rio 2016 Robson Conceição entra no ringue para sua oitava luta como profissional. O Canal Combate transmite ao vivo em pay per view. Uma vitória pode aproximar o baiano de uma disputa pelo título mundial. Realidade próxima do medalhista de prata em Londres 2012, Esquiva Falcão, que já acumula 20 vitórias como profissional.
Mesmo com a liberação adotada na última edição das Olimpíadas, que permite que boxeadores amadores tenham uma carreira profissional, migrar em definitivo costuma ser uma decisão comum aos pugilistas, especialmente os brasileiros. Muitas vezes sem apoio financeiro após o ciclo olímpico, vão em busca de contratos melhores e novas oportunidades para ganhar dinheiro.
Porém, a estrada é longa no boxe profissional. Além de uma boa administração de contratos e da carreira - muitos pugilistas são feitos de "escada" para que adversários construam seus cartéis - a troca constante de adversários tem sido fator comum entre os brasileiros que fizeram a migração de modalidade.
Separamos alguns dos principais nomes do boxe brasileiro na atualidade para traçar um panorama de como está a realidade de cada um deles no cenário internacional. Confira!
  • Robson Conceição
O baiano está com 29 anos e encerrou a carreira no boxe amador em 2016, quando conquistou o ouro olímpico. Antes, disputou os Jogos de Pequim 2008 e Londres 2012, além de ter sido vice-campeão mundial em 2013 e bronze em 2015. Em dois anos como profissional, vem se firmando como um grande nome dentro da Top Rank, organização de boxe da qual faz parte. Além do duelo contra Guaman, ele faz mais três lutas em 2018 (agosto, outubro e dezembro). A expectativa é que, caso siga vencendo, ganhe uma chance de brigar pelo cinturão de alguma entidade em 2019.
 (Foto: Top Rank/Divulgação) (Foto: Top Rank/Divulgação)
(Foto: Top Rank/Divulgação)
  • Esquiva Falcão
Medalhista de prata em Londres, em 2012, e bronze no Mundial de 2011, Esquiva Falcão migrou para o boxe profissional dois anos após as Olimpíadas. O capixaba assinou contrato com a Top Rank e vem se destacando no evento: já são vinte combates invicto na organização, 14 por nocaute técnico. Desde 2014 o brasileiro vem passando temporadas nos Estados Unidos para evoluir tecnicamente. Com compromisso marcado para dia 28 de julho, contra o mexicano Jonathan Tavira, Esquiva acredita que o próximo passo já seja a luta pelo cinturão. No radar, o japonês Ryoto Murata, que venceu o brasileiro em uma decisão polêmica em Londres e também faz parte do plantel da Top Rank.
 (Foto: Flávio Perez/On Board Sports) (Foto: Flávio Perez/On Board Sports)
(Foto: Flávio Perez/On Board Sports)
  • Yamaguchi Falcão
Aos 30 anos, Yamaguchi Falcão seguiu por organização diferente do irmão. Após conquistar o bronze nas Olimpíadas de 2012, o brasileiro assinou com a Golden Boy Promotion. Morando na Florida, nos Estados Unidos, o capixaba acumula 15 vitórias, sete por nocaute. O próximo desafio promete ser parada dura. No 21 de julho, em Las Vegas, o brasileiro enfrenta o também invicto Demetrius Andrade. O americano bateu nos 25 rivais que encontrou pela frente, com 16 nocautes, é top 5 do mundo em todos os rankings possíveis e foi campeão Internacional da Organização Mundial de Boxe, campeão Mundial pela Associação Mundial de Boxe e pela Organização Mundial de Boxe, todos no peso super-meio médio. A situação não é novidade para Falcão, que contra Morgan Fitch, no ano passado, viveu a mesma cena. O rival tinha 10 para 1 nas bolsas de apostas, e o brasileiro quebrou a banca.
 (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal) (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
(Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
  • Adriana Araújo
Na estreia do boxe nos Jogos Olímpicos, Adriana Araujo representou o Brasil e conquistou o bronze em Londres. Como a idade limite para mulheres no amador vai até os 35 anos, a brasileira migrou para o profissional logo após a conquista. Porém, vem sofrendo com a falta de eventos no Brasil. Até agora, realizou apenas dois combates, o último em setembro de 2017. Apesar de ter saído vitoriosa nas ocasiões, não conseguiu patrocínio e teve que buscar atividades paralelas para se sustentas: voltou a dar aulas e fez serviço de Uber em Salvador. Há dois meses, conseguiu apoio e vem se estrutrando para tentar voltar ao cenário competitivo profissional.
 (Foto: Divulgação) (Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
  • Rose Volante
Reserva de Adriana Araujo nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, Rose Volante teve uma ascensão rápida desde que migrou para o boxe profissional em 2014. A paulista entrou para a história do boxe brasileiro ao se tornar a primeira boxeadora do país a conquistar um título mundial. Em abril desse ano, "The Queen" - ou "A Rainha", em português, fez a primeira defesa de título em casa, vencendo com facilidade a campeã latina do Conselho Mundial de Boxe (CMB) Lourdes "La Felina" Borbua. Com 13 vitórias, sete por nocaute, a brasileira faz a defesa de título dia 29 de setembro em Praia Grande.
Rose Volante  (Foto: Edgar Alencar)Rose Volante  (Foto: Edgar Alencar)
Rose Volante (Foto: Edgar Alencar)

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