sábado, 15 de janeiro de 2011

Após 9.500km, Coma e Al-Attiyah se sagram campeões do Dakar 2011

Pilotos da Espanha e do Qatar vencem as categorias motos e carros; russo Chagin ganha nos caminhões, e argentino Patronelli leva nos quadriciclos

Por Rafael Honório Direto de Buenos Aires
A cidade de Baradero, a 150 km de distância da capital Buenos Aires, foi a responsável por acolher os pilotos na última etapa do Rally Dakar 2011. Debaixo de um sol de 35 graus, cerca de cinco mil pessoas se espalharam em barrancos para ver os campeões da competição mais de perto. Na categoria de motos, o espanhol Marc Coma foi o grande vencedor. Nos carros, a vitória ficou com a dupla Nasser Al-Attiyah/Timo Gottschalk, do Catar e da Alemanha. O russo Vladimir Chagin faturou pela sétima vez a categoria dos caminhões. Na categoria de quadriciclos, a festa ficou para o argentino Alejandro Patronelli, que fez a festa com os compatriotas.
Dakar Nasser Al-AttiyahNasser Al-Attiyah, do Qatar, conquistou o título do Dakar 2011 entre os carros (Foto: EFE)
No trajeto de Córdoba a Baradero, Marc Coma não teve um de seus melhores desempenhos e ficou na quinta colocação. Mesmo assim, o espanhol não foi superado pelo rival Cyril Despres e garantiu o seu terceiro título no rally. Ele venceu cinco das 13 etapas do evento e terminou com o tempo total de 51h25m00. Em segundo veio Despres, com 51h40m04. O terceiro colocado no geral foi o português Helder Rodrigues, com 53h05m20.
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Dakar Marc ComaMarc Coma faturou o título nas motos (Foto: EFE)
Na categoria de carros, a briga também ficou restrita a duas duplas rivais: os espanhóis Carlos Sainz/Lucas Cruz, do carro 300, e de Nasser Al-Attiyah/Timo Gottschalk, do Catar e da Alemanha, donos do carro 302. Os vencedores da última etapa foram os espanhóis, mas quem comemorou no final foi a dupla do Catar e da Alemanha. Desde 2005 competindo no Rally Dakar, Nasser tem uma história de vida curiosa: ele é integrante de uma das famílias mais ricas e respeitadas dos Emirados Árabes Unidos e ostenta o status de príncipe por ser parente da mulher que amamentou o atual Emir do Golfo Pérsico. Mas na competição, Al-Attiyah mostrou que é muito mais que isso e com o consolidado de tempo de 21h16m16s, ele se sagrou campeão. Ele foi seguido pela dupla Giniel De Villiers/Dirk Von Zitzewitz, da África do Sul e da Alemanha, que ficou a 49m41s do campeão. Em terceiro a dupla Carlos Sainz/Lucas Cruz, que terminou a 1h20m38 do líder.
Nos caminhões, a disputa também foi acirrada, mas o resultado foi de sempre: Vladimir Chagin venceu pela sétima vez o Rally Dakar. Ao lado de Sergey Savostin e Ildar Shaysultanov, o russo agora é também o detentor do maior número de vitórias em especiais da competição: 63 no total. Mas neste ano a vitória foi bastante disputada. Os campeões tiveram que brigar diariamente com os companheiros de equipe, Firdaus Kabirov/Aydar Belyaev/Andrey Mokeev. Mas com oito vitórias em 13 etapas, os vencedores acumularam o tempo de 1h33m25. O trio Firdaus Kabirov/Aydar Belyaev/Andrey Mokeev terminou em segundo, com 48h58m58. E em terceiro ficaram Eduard Nikolaev/Viatcheslav Mizyukaev/Vladimir Rybakov.
Em 2009, a família Patronelli já havia marcado a história nos quadriciclos no Rally Dakar: Marcos e Alejandro conquistaram o primeiro e o segundo lugares e nunca dois irmãos haviam conseguido tal façanha. Para mostrar que quer mesmo marcar seu nome da competição, Alejandro venceu mais uma vez este ano. O irmão mais velho não pode competir neste ano por conta de uma lesão e o caminho para a vitória do campeão ficou mais fácil. Com o tempo de 15h49min47, Alejandro Patronelli garantiu a coroa. O compatriota e vice-campeão Halpern ficou a 59m53s do vencedor.
Dakar Alejandro PatronelliEm casa, o argentino Alejandro Patronelli festeja o título nos quadriciclos (Foto: EFE)
Neste domingo, todos os pilotos participarão de uma simbólica chegada a Buenos Aires. Após a festa na capital argentina, os campeões participarão de um desfile pelas principais ruas da cidade. Especula-se que na temporada do ano que vem, o trajeto da competição pode ser modificado, chegando em Lima, no Peru. Mas a organização ainda estuda propostas do Brasil e Paraguai para definir o trajeto do ano que vem.

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