sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Roger apoia política 'pés no chão' do Cruzeiro e cutuca colegas de profissão

Para o meia, vinda de estrelas como Ronaldinho Gaúcho para o Brasil estaria motivando jogadores a subir, e muito, valores pedidos aos clubes brasileiros

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
Roger Coletiva GrêmioPara Roger, Cruzeiro manteve a base forte de 2010
que pode brigar por títulos este ano (Foto: Divulgação)
Apenas duas contratações, mas quase todo time vice-campeão brasileiro mantido. Esta é a realidade do Cruzeiro para 2011. Famoso por fazer bons negócios, o clube mineiro tem adotado uma política mais ‘pé no chão’ este ano. Uma estratégia inteligente, na avaliação do meia Roger, já que muitos jogadores estão supervalorizando o passe para mudar de clube.

Roger cita, por exemplo, a novela envolvendo a contratação de Ronaldinho Gaúcho: alguns clubes estariam fazendo verdadeiros contorcionismos financeiros para apresentar uma proposta. O próprio Cruzeiro passou por situação semelhante recentemente, quando não acertou com o atacante Rafael Moura devido à pretensão salarial acima do que o clube mineiro pretendia pagar.
O meia acredita que momentos como esse acabam inflacionando o mercado. E, para ele, o Cruzeiro faz bem em manter a política de pés no chão. Mesmo sem anunciar nomes de impacto, o elenco celeste continua credenciado, na avaliação do armador.

- Acho que o Cruzeiro vem pensando de uma maneira cautelosa, de uma maneira certa, no meu ponto de vista. Manteve a base que teve sucesso no ano passado. É um time de muita qualidade e tem condições de brigar pelos campeonatos que vai disputar. A gente vê umas contratações fora da realidade e isso traz a tona outros jogadores que acham que têm que ganhar um valor astronômico também. Então, eu acho que o Cruzeiro tem que manter o pé no chão, tem que saber onde investir, não pode dar tiros para todos os lados. E pagar aquilo que o cara vale. Hoje em dia, com a vinda de alguns astros brasileiros que estão fora e ganhando valores muito altos, os jogadores medianos acham que podem chegar perto.

As declarações do meia coincidem com dias de mudanças importantes no grupo celeste. O Cruzeiro perdeu o capitão Leonardo Silva para o rival Atlético-MG, após não chegar a um acordo salarial com o jogador. Nesta semana, o zagueiro Caçapa e o volante Fabinho tiveram seus contratos rescindidos e a justificativa do clube foi a necessidade de enxugar a folha salarial.

Equilíbrio financeiro

Se a torcida cruzeirense fica na bronca por não ver os nomes que espera, ela poderia ficar satisfeita por outros motivos, na opinião de Roger. O meia acredita o equilíbrio financeiro do clube evita problemas entre os atletas.

- Até porque, como um clube sério, como um clube que honra seus compromissos, (o Cruzeiro) não pode fazer loucuras. Porque atrapalha até um ambiente de trabalho se você traz um jogador de salário e esse salário faz com que os salários de todos os outros jogadores atrasem ou fiquem com algumas pendências. Isso interfere num ambiente de trabalho, coisa que aqui nunca teve. O Cruzeiro sempre trabalhou com os pés no chão, montando times bons, buscando os títulos, mas com uma coerência daquilo que acha correto.

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