domingo, 20 de fevereiro de 2011

Com novo herói no gol, Fla bate o Botafogo nos pênaltis e vai à final

Após empate no tempo normal, Felipe defende duas cobranças na decisão por pênaltis e classifica o Rubro-Negro para decisão da Taça Guanabara

por GLOBOESPORTE.COM
comemoração Flamengo x Botafogo (Foto: VIPCOMM)Jogadores do Flamengo comemoram o gol de
Ronaldo Angelim (Foto: VIPCOMM)
Foi mais um Flamengo x Botafogo típico se o retrospecto mais recente for levado em consideração: emoção, nervosismo, gols, heróis, vilões, empate no tempo normal e... pênaltis. Dessa vez, o Rubro-Negro foi melhor e venceu por 3 a 1 nas cobranças após o 1 a 1 no tempo normal. Felipe fez relembrar os tempos de Bruno e defendeu os chutes de Everton e Somália - Renato Cajá perdeu o penal que encerrou a decisão. Pelo Fla, Léo Moura, Renato e Fernando marcaram. No tempo normal, Angelim marcou de cabeça, enquanto Loco Abreu empatou para o Alvinegro.
Em 2007 e em 2009, Fla e Botafogo decidiram o título carioca nos pênaltis. Quem brilhou em ambas as ocasiões foi Bruno, com quatro defesas, duas em cada final. O goleiro, porém, teve a carreira interrompida no ano passado, quando foi preso após ser acusado de ter assassinado Eliza Samúdio, com quem teve um filho.
Curiosamente, os pênaltis também decidiram o título no ano passado, mas a favor do Botafogo e no tempo normal. Herrera e Loco Abreu marcaram para o Glorioso. Com a partida em 2 a 1, Adriano desperdiçou um pênalti, defendido por Jefferson. O triunfo rendeu ao Bota o título da Taça Rio e, como já havia conquistado a Taça Guanabara, a equipe foi campeã carioca.
O Flamengo agora disputa a decisão da Taça Guanabara contra o Boavista, que eliminou o Fluminense, também nos pênaltis. A partida será disputada no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão.
Ronaldo Angelim coloca o Flamengo em vantagem
Como todo clássico bem disputado, o jogo começou cheio de nervosismo e lances ríspidos. Logo no início, Willians e Herrera se desentenderam, levaram o amarelo e deram uma amostra da batalha que os times travariam em campo. Se sobrava disposição, faltavam boas tramas de ataque. A aposta das equipes era levantar bolas na área. O Botafogo chegou a assustar na cabeçada de Márcio Rosário após escanteio cobrado por Alessandro, mas foi o Flamengo que mostrou eficiência. Aos 14 minutos, Thiago Neves, também em uma batida de escanteio, colocou na medida para Ronaldo Angelim, que subiu mais do que os zagueiros e mandou no cantinho direito de Jefferson: 1 a 0. Ainda sob o efeito do gol, o Alvinegro viu o Fla criar outra boa chance com Thiago Neves. O camisa 7 chutou forte da entrada da área e Jefferson defendeu. O Glorioso só voltou a dar o ar de sua graça aos 29 minutos. Dentro da área, Loco Abreu ajeitou de cabeça para Márcio Azevedo, que emendou uma linda bicicleta. A bola foi na direção do gol, mas Felipe fez a defesa.
Com muita movimentação dos seus homens de frente, o Flamengo jogava melhor que o Botafogo, que tinha dificuldade para impedir os avanços do adversário. Antes do fim da primeira etapa, o Rubro-Negro ainda criou duas boas oportunidades de ampliar. Primeiro, Deivid serviu Léo Moura dentro da área e o lateral emendou uma bomba. A bola, entretanto, subiu demais. Depois, aos 42 minutos, um dos lances mais bonitos do jogo. Ronaldinho lançou Fernando em profundidade, o volante impediu que a bola fosse pela linha de fundo e cruzou para Thiago Neves. O meia mandou de cabeça, e Jefferson voou para fazer uma defesa espetacular. O goleiro mereceu até os cumprimentos do camisa 10 do Fla.
Bota retorna melhor e empata com Loco Abreu
Na volta do vestiário, Joel Santana resolveu fazer uma mudança para deixar o time mais forte na parte ofensiva: tirou Márcio Azevedo e colocou o ex-flamenguista Everton. A alteração surtiu efeito rapidamente. Logo nos primeiros minutos, o Botafogo fez pressão em cima do adversário. Herrera ajeitou para Loco Abreu, que chutou no cantinho e Felipe teve que se esticar todo para defender. Era um ensaio. Aos três minutos, Alessandro rolou para o uruguaio. A zaga errou na linha de impedimento e Loco, dentro da área, chutou de perna direita e empatou. O atacante infernizava a vida dos defensores rubro-negros. Após cruzamento da esquerda feito por Everton, Loco Abreu deu uma ótima cabeçada e Felipe fez ótima defesa. Vendo o crescimento do Bota, Luxemburgo também resolveu mexer. Colocou Negueba no lugar de Deivid, e o Flamengo melhorou. Logo de cara, o jovem atacante fez duas grandes jogadas pela direita em cima de Arévalo e levou perigo para o gol de Jefferson. O suficiente para acordar novamente a torcida rubro-negra.
Ronaldinho Gaúcho também despertou. Após bola levantada na área, o camisa 10 de livrou de Somália só no domínio e chutou de perna direita. Jefferson se esticou todo e desviou a bola, que entraria no cantinho. Do lado alvinegro, que chegou perto foi Everton, que, aos 31 minutos, chutou cruzado da entrada da área e a bola passou rente à trave esquerda de Felipe.
Já perto do fim da partida, os botafoguenses reclamaram de um pênalti que teria sido cometido por Renato ao colocar a mão na bola dentro da área. O árbitro entendeu que o jogador do Fla não teve a intenção. Os times tentaram a classificação no tempo normal até o fim, mas a decisão de quem ia para a final foi mesmo para os pênaltis.
FLAMENGO (3) 1 X  (1) 1 BOTAFOGO
Felipe; Léo Moura, Welinton, David Braz e Ronaldo Angelim (Diego Maurício); Fernando, William, Renato, Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho; Deivid (Negueba). Jefferson; Rodrigo Mancha, Antônio Carlos e Márcio Rosário; Alessandro, Arévalo (Araruama), Somália, Renato Cajá e Márcio Azevedo (Everton); Herrera (Caio) e Loco Abreu.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo Técnico: Joel Santana
Gols: Ronaldo Angelim, aos 14 minutos do primeiro tempo. Loco Abreu, aos três minutos da segunda etapa. Nos pênaltis: Léo Moura, Renato e Fernando (Fla). Márcio Rosário (Botafogo)
Cartões amarelos: Herrera, Renato Cajá, Rodrigo Mancha (BOT); Willians, Deivid, David Braz, Thiago Neves (FLA)
Data: 20/02/2011. Local: Engenhão, Rio de Janeiro. Árbitro: Luis Antonio dos Santos. Auxiliares: Ricardo de Almeida e Eduardo Couto. Público: 26.854 pagantes. Renda: R$ 805.654,00

Nenhum comentário:

Postar um comentário