segunda-feira, 28 de março de 2011

Damião, na volta ao Inter, garante pedido de Roth: ‘Vou ser o mesmo’

Treinador havia pedido para centroavante não ficar deslumbrado com a Seleção. Conversa com Ronaldo e emoção no hino marcaram atleta

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre
Leandro Damião de volta ao treino do Internacional (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)Leandro Damião retorna ao Beira-Rio e garante ser o mesmo (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)
Celso Roth havia pedido a Leandro Damião: “Vá e volte igual”. A convocação do centroavante para a Seleção Brasileira deixou o treinador alerta. Ele não queria ver seu camisa 9 deslumbrado com o ambiente de astros da equipe de Mano Menezes. Pois lá foi Damião: treinou bem, ganhou espaço, começou como titular e teve atuação elogiada na vitória por 2 a 0 sobre a Escócia, em Londres. Nesta segunda-feira, ele retornou ao Beira-Rio. E, garante, do mesmo jeito que foi, conforme pediu o chefe.
Damião fez um treino mais leve, para não forçar o corpo depois da longa viagem desde a Europa. Nesta terça, ele trabalhará normalmente. Irá a campo na quarta, contra o Jorge Wilstermann, no Beira-Rio.
- Não tenho por que mudar. Tenho uma família que me apoia, sei de onde saí, sei que tive que ralar muito para chegar onde cheguei. Vou ser a mesma pessoa – disse ele.
Duas situações marcaram Damião na Seleção: a presença de Ronaldo Nazário no vestiário antes da partida e o momento de ouvir o hino nacional.
- O Ronaldo já tinha ido ao vestiário. Tinha conversado com ele. Ele até brincou comigo sobre a camiseta 9. É um grande jogador, um ídolo. Na hora que começou a tocar o hino, olhei para o lado e pensei: “Será que é verdade mesmo ou estou sonhando?”. É o trabalho do dia a dia. Pouco a pouco, não percebi meu crescimento. Dizem que estou muito forte, que batem em mim e caem, mas não me sinto assim. Eu só me sinto mais preparado.
Damião saiu de campo no segundo tempo, substituído por Jonas, com um sentimento de tristeza por não ter feito gols. Mas ele logo trocou a decepção pelo orgulho. Sentiu que tinha feito uma boa partida.
- Momentaneamente, fiquei triste por não ter marcado o gol. Briguei o máximo possível. Depois, relaxei e vi que tive uma participação boa. Aquela camiseta tem um peso. Mas eu me senti em casa – disse o camisa 9.
O jogador agora espera se manter na Seleção. E vê o Inter como caminho para isso.
- Não adianta fazer um jogo lá e não continuar meu trabalho aqui. Tenho que focar aqui para continuar com essa média de gols, e com o Inter vencendo.

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