segunda-feira, 16 de maio de 2011

Antes da Copa Brasil, atletas torcem por calendário cada vez mais regular

Acostumados a atuarem por diferentes times no ano, Bruno Malias e Alan apontam o investimento dos clubes para o crescimento do futebol de areia

Por Igor Christ Rio de Janeiro
jogadores no treino do Botafogo de futebol de areia (Foto: Igor Christ / GLOBOESPORTE.COM)Bruno Malias (à esquerda) com Juninho. Jogador
torce por um calendário regular (Foto: Igor Christ)
Acostumados a vestirem diferentes uniformes no mesmo ano e viverem como verdadeiros nômades, os jogadores de futebol de areia torcem por um calendário mais regular e com torneios envolvendo os grandes clubes do Brasil. Após o Mundialito realizado no mês de março, essa torcida ganhou mais coro e apoio da Confederação Brasileira de Beach Soccer. O atacante Bruno Malias, que atuou pelo Boca Juniors, da Argentina, no torneio internacional, disputou o Campeonato Capixaba pelo Vila Velha, em abril, e foi contratado pelo Botafogo agora em maio. Reforço alvinegro para a disputa da Copa Brasil, que será realizada de 18 a 22 de maio, em Manaus, o jogador mostrou confiança no projeto do clube, que pretende usar os jogadores durante a temporada.
- Se eu pudesse falar para você em quantos times já joguei na carreira, eu falaria. Mas perdi a conta. Só sei que foram muitos. Joguei em Vasco, Palmeiras, Sporting, Boca Juniors, no Rio Branco-ES e em times de Itália e Portugal. O Botafogo vem com uma proposta de manter o elenco junto por um bom tempo e isso é legal para garantir uma identidade. Falta um pouco disso no futebol de areia atual. Os jogadores precisam se firmar na modalidade. E isso só será possível com um calendário de competições bem definido e com a participação dos grandes clubes do país, como vem sendo feito - afirmou o atacante, de 31 anos.
jogadores no treino do Botafogo de futebol de areia (Foto: Igor Christ / GLOBOESPORTE.COM)Alan (à direita) diz que os clubes brasileiros devem
investir mais no futebol de areia (Foto: Igor Christ )
Há dez anos defendendo a seleção portuguesa, o brasileiro naturalizado Alan afirmou que considera normal as transferências de jogadores dentro do futebol de areia. Porém, ele admitiu que esse modelo atual precisa mudar para garantir o futuro do esporte no Brasil.
- É tão normal (mudança constante de clube) que eu nem tinha percebido que isso tinha acontecido aqui no Botafogo. Só percebi agora porque você me perguntou. Mas acho que a tendência agora é mudar isso, com a chegada forte dos clubes brasileiros, como já existe na Europa, por exemplo. Temos que ficar mais tempo num clube só. O futuro é esse - disse o atleta, que há menos de um mês atuou pelo Cariacica no Campeonato Capixaba.
Para a nova geração, no entanto, o troca-troca de jogadores acaba sendo importante para dar mais rodagem. O carioca Fred, de 22 anos, defendeu o Barcelona e teve a chance de conhecer de perto outra escola do futebol de areia. O objetivo dele agora é garantir seu espaço no cenário nacional.
- Jogar com a camisa do Barcelona foi uma experiência ótima. Foi como um estágio onde pude aprender numa escola de futebol diferente da brasileira e com jogadores de alto nível, como o craque Amarelle, que já foi eleito o melhor do mundo. Evoluí muito como jogador, e meu objetivo é me firmar aqui no Rio para ser convocado para a seleção brasileira - disse.

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