segunda-feira, 6 de junho de 2011

Após título, River de Sergipe quer jogador argentino e duelo com o Boca

Time de Carmópolis comemora o bicampeonato estadual cheio de planos. Filial do clássico portenho pode acontecer em breve, pela primeira vez no país

Por Bernardo Pombo Rio de Janeiro
O River Plate de Carmópolis, cidade do interior do Sergipe, faturou neste fim de semana o bicampeonato estadual (veja os gols no vídeo ao lado). Nos últimos três anos, foram três títulos, contando com a conquista da segunda divisão em 2009. Em contrapartida, o mundo do futebol assistiu neste período a uma uma queda impressionante do gigante River Plate, que está ameaçado de rebaixamento na Argentina. Inspirado no nome do primo rico, o River nordestino sonha com voos mais altos e, para isso, está perto de contratar um jogador argentino cujo nome é guardado a sete chaves pelos dirigentes. Sabe-se apenas que já defendeu a equipe do Monumental de Nuñez. - Estamos com um jogador argentino bem encaminhado. Não posso dizer o nome para não atrapalhar a negociação. Só posso dizer que já jogou no River de lá e as conversas estão sendo feitas por um empresário de São Paulo - revelou o diretor de futebol, Nelson Lima.
A pressão para contar com um "hermano" é grande, mas há outro desejo enorme que está muito perto de se concretizar. O River se chamava São Cristóvão até 2007, quando o compositor Beto Caju sugeriu a mudança de nome para criar uma filial de um dos maiores clássicos do mundo no estado. Afinal, na cidade de Cristinápolis já existia o Boca Júnior, sem o S do gigante argentino. No entanto, no mesmo ano que o River subiu da segunda para a primeira divisão, o Boca caiu. Ou seja: os dois times nunca se enfrentaram, nem em amistoso. Mas, segundo Nelson Lima, conversas já foram iniciadas para que o River faça uma partida de entrega das faixas contra o Boca em breve.
Estamos com um jogador argentino bem encaminhado"
Nelson Lima
- A nossa ideia é conseguir fazer esse jogo de entrega de faixas. Vamos ver. A pressão popular é grande para ver esse clássico. Seria aqui em Carmópolis, com uma grande festa - disse.
Com a média de um troféu por ano, o clube brasileiro aproveita para dar conselhos ao argentino.
- Eles podem se espelhar na gente, sim. Nós temos montado elencos muito bons e o principal: temos dado sorte porque estamos trazendo os jogadores certos, não temos contratado atletas que vêm fazer turismo aqui. Isso é fundamental e serve de lição para eles.
Faltando dois jogos para o fim do Campeonato Argentino, cuja fórmula de rebaixamento é complicada, o River aparece em 16º na média dos últimos três anos. O 20º e o 19º caem diretamente, enquanto o 18º e o 17º jogam mata-mata contra o terceiro ou o quarto colocados da segunda divisão. No momento, o River não depende mais de si, já que o Olimpo, concorrente direto, tem uma partida a menos e, consequentemente, uma chance maior de escapar do temido mata-mata.
Comemoração do título ao som de Julinho Porradão
Depois de ser eliminado nos pênaltis pelo Botafogo na Copa do Brasil e conquistar o Estadual, a meta do River, agora, é subir para a Série C do Campeonato Brasileiro. O clube sergipano tem a difícil missão de disputar a Série D a partir de julho. A estreia é no dia 17, contra o Bahia de Feira de Santana, que foi campeão baiano ao bater o Vitória na decisão.
- Será um duelo de titãs, um duelo de campeões estaduais - lembra o diretor de futebol.
A comemoração do título sergipano aconteceu com direito a desfile em carro do Corpo de Bombeiros e som do trio elétrico da banda Julinho Porradão. Se depender da confiança da população de Carmópolis, o jogador argentino chegará, o clássico contra o Boca enfim vai acontecer e o primo rico vai conseguir escapar da degola.

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