segunda-feira, 20 de junho de 2011

Coritiba e Inter empatam no Couto e seguem sem engrenar no Brasileirão

Muriel, goleiro colorado, se destaca em partida movimentada e marcada por raça em campo e show dos torcedores nas arquibancadas

por Gabriel Hamilko
O Coritiba bem que tentou: teve volume de jogo e criou oportunidades de gol. Mas o personagem do jogo foi o goleiro colorado Muriel, até há pouco reserva do contestado Renan. Ao fim, Coxa e Inter ficaram no 1 a 1 e vão chegar à sexta rodada do Brasileirão ainda sem mostrar o futebol que gerava expectativas positivas antes do início da competição. Ambos têm apenas uma vitória: o Coritiba ficou com quatro pontos e continuou na 16ª posição, enquanto o Colorado, na 12º colocação, vai para seis pontos.
No primeiro tempo, o que se viu foi um Internacional recuado e explorando os contra-ataques. O Coritiba era melhor, com boas atuações de Rafinha e Davi no meio de campo, mas não foi capaz de abrir o marcador. Os gols saíram na etapa complementar, quando o Inter voltou vibrante e o volante Glaydson acertou um belo chute. Aos 29 minutos, veio o empate: Davi, em rebote de cobrança de pênalti que ele mesmo havia batido. Até o último minuto as duas equipes brigaram pelo resultado e o jogo esteve aberto. Nas arquibancadas, os mais de 300 colorados que foram à capital paranaense disputaram no grito com a torcida local: um belo espetáculo à parte, também sem vencedor.
Everton Ribeiro d'alesandro coritiba x internacional (Foto: Agência Estado)Everton Ribeiro (Coritiba) e D'Alessandro (Internacional) disputam bola (Foto: Agência Estado)
No início, Coxa atacava e Inter se defendia
Os dois times foram a campo com times taticamente iguais, no 4-3-2-1, mas com o Coritiba mais ofensivo – característica marcante na temporada - e o Inter com a fama de ser ‘retranqueiro’, ainda mais fora de casa. O técnico Falcão até cogitou escalar o quarteto ofensivo, com D’Alessandro, Oscar, Zé Roberto e Leandro Damião, mas preferiu colocar Glaydson e tentar explorar os contra-ataques.
Apesar do empenho gaúcho, o Coritiba saía rapidamente com os meias Rafinha e Davi, apoiados pelos dois laterais Eltinho e Jonas, empurrando o Inter para seu campo.
Para conseguir suportar bem a pressão, valeu a estratégia de Falcão, que armou uma linha de quatro defensores (com os zagueiros Juan e Bolívar no comando) para blindar a área do goleiro Muriel. Mesmo assim, o meia-atacante Everton Ribeiro conseguia se infiltrar e teve várias oportunidades de abrir o marcador. Só Bill ficava isolado, anulado pela boa marcação de Juan.
Em todo o primeiro tempo, o Internacional só chegou três vezes com perigo na meta alviverde: duas com o atacante Leandro Damião e uma com o volante Glaydson. Já o Coritiba teve pelo menos cinco finalizações perigosas, a maioria delas arquitetada pela parceria Everton Ribeiro e Rafinha.
Com o Inter recuado, restou ao goleiro Muriel fazer seu nome, com duas belas defesas em um mesmo lance, após o chute de Bill e no rebote pegou a tentativa de Davi.
Quem não faz...
O ditado típico do futebol foi colocado em prática assim que começou o segundo tempo. No rebote, após cobrança de D’Alessandro, Glaydson chutou forte de fora da área e fez o seu primeiro gol no Brasileirão aos quatro minutos.
Com o gol, o jogo pegou fogo. Do lado do Coritiba, Rafinha colocou uma bola na trave de Muriel e, no lado colorado, Zé Roberto obrigou Edson Bastos a fazer boa defesa.
Normal seria o Inter se fechar mais, mas não foi o que ocorreu. O Colorado se manteve avançado, sem abrir mão da boa última linha de marcação. Já o Coritiba procurava chegar próximo à área adversária, mas de forma algo desesperada.
Para tentar colocar ordem no Alviverde, o técnico Marcelo Oliveira queimou as suas alterações. Tirou o apagado volante Léo Gago e colocou o atacante Everton Costa, trocou Everton Ribeiro pelo meia-atacante Geraldo e, por fim, sacou o lateral-esquerdo Eltinho para a entrada do experiente meia Tcheco. A intenção era clara: jogar para a frente.
Falcão preferiu recuar o time e tirou o volante Tinga para a entrada de Wilson Matias, da mesma posição. Mas a insistência alviverde fez a diferença. Em boa bola lançada, Bill brigou na pequena área, e foi derrubado: pênalti. Renan ainda defendeu a cobrança de Davi e tocou na bola no chute que o mesmo Davi acertou no rebote. Ainda assim, não evitou que ele igualasse o marcador no Alto da Glória.
Com o empate, aos 39 minutos do segundo tempo, o jogo ficou aberto. O técnico colorado colocou Fabrício no lugar de D’Alessandro, que fez questão de expressar sua contrariedade ao sair de campo. E os minutos finais foram disputados na base da vontade. Tanto o Inter quanto o Coritiba tiveram chances de sair com a vitória. Mas prevaleceu o empate, ruim para as duas equipes.

CORITIBA 1 X 1 INTERNACIONAL
Edson Bastos; Jonas, Jéci, Pereira, Eltinho(Tcheco); Willian, Léo Gago (Everton Costa), Rafinha e Davi; Everton Ribeiro (Geraldo) e Bill Muriel; Nei, Bolívar, Juan, Kleber; Guiñazu, Glaydson (Ricardo Goulart), Tinga (Wilson Matias) e D´Alessandro (Fabrício); Zé Roberto e Leandro Damião
 
Técnico: Marcelo Oliveira. Técnico: Falcão.
Gols: no segundo tempo, Glaydson, aos 4 e Davi, do Coritiba, 29 do segundo tempo
Cartões amarelos: Leandro Damião, Guiñazu e D´Alessandro pelo Internacional - Tcheco, Geraldo e Pereira pelo Coritiba
Local: Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR). Data: 19/06/2011. Competição: Campeonato Brasileiro. Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP), auxiliado por Carlos Nogueira Júnior (SP) e João Nobre Chaves (SP).

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