sábado, 9 de julho de 2011

Após 52 jogos seguidos, Flu entrará em campo no Brasileiro sem Conca

Com o argentino atuando entre 2009 e 2011, time teve 65% de aproveitamento, comprovando o vantajoso custo-benefício para o clube

Por Bernardo Pombo e Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
conca taca campeao brasileiro fluminense (Foto: Wallace Teixeira/ Photocamera)Conca deixa o Flu após sequência de 52 seguidos
em Campeonatos Brasileiros (Foto: Photocamera)
Depois de 52 jogos seguidos em Campeonatos Brasileiros, o Fluminense não terá Conca em campo na partida do próximo domingo, contra o Flamengo, no Engenhão. Numa sequência impressionante, o argentino se despediu na vitória de 3 a 1 sobre o Atlético-PR, também no Engenhão, com um custo-benefício muito vantajoso para o clube, aliando qualidade e quantidade. Neste período, além de ajudar o time a escapar milagrosamente do rebaixamento em 2009, Conca foi a estrela da campanha do título no ano passado e participou das quatro vitórias na atual edição. E, provavelmente, o Tricolor vai ralar para encontrar um substituto à altura, uma vez que, nos 52 jogos seguidos com o argentino, o clube das Laranjeiras conquistou 102 pontos em 156 possíveis, com destacado aproveitamento de 65%.
A última vez que Conca desfalcou o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro foi no dia 29 de outubro de 2009, no empate de 2 a 2 com o Goiás, no Serra Dourada. Sete dos jogadores que atuaram naquela tarde ainda continuam no clube: Mariano, Gum, Digão, Diguinho, Diogo, Fred e Marquinho. Quem substituiu o argentino foi o apoiador Fábio Neves, hoje no Oeste-SP.
Depois daquele jogo, ainda faltavam sete partidas para o fim do campeonato e o Tricolor estava virtualmente rebaixado. Mas, com o xodó da torcida em campo, o time, comandado por Cuca, conseguiu vencer Atlético-MG, Cruzeiro, Palmeiras, Atlético-PR, Sport e Vitória para escapar da degola com o empate de 1 a 1 diante do Coritiba no último compromisso.
Antes da estreia no Brasileiro de 2010, Cuca saiu e Muricy Ramalho assumiu o barco sendo mais um treinador a rasgar elogios a Conca. E a parceira deu muito certo. O camisa 11 jogou todas as 38 partidas e foi eleito o craque da competição, superando dores, pancadas e a difícil missão de suportar a sequência de jogos para ser o principal nome da conquista.
Conca na partida do Fluminense contra o Atlético-PR (Foto: Alexandre Cassiano / Ag. O Globo)Conca se despediu do Fluminense contra o Atlético-PR (Foto: Alexandre Cassiano / Ag. O Globo)
Ao passar por uma artroscopia no joelho esquerdo no início da temporada, o argentino não chegou a resgatar o futebol que o consagrou, mas deu alguns indícios que caminhava para isso ao ser o destaque na vitória sobre o Avaí fora de casa, por exemplo. Agora, o grupo vai sentir a ausência de Conca, mas o discurso já vai na linha de que é preciso superar essa transferência o mais rápido possível.
- Conca fez história no Fluminense e marcou o coração de todos os tricolores. Mas agora ele está longe. Não adianta ficar lamentando. Perdemos um jogador de grande identidade e categoria... Paciência. O Souza vai desempenhar a função no Fla-Flu e tenho certeza de que irá muito bem. Ele sabe armar as jogadas e não vamos abdicar de atacar jamais. Vamos entrar para esse clássico com um time até mais ofensivo do que o das últimas partidas - disse o técnico Abel Braga, que teve o discurso reforçado por Rafael Moura.
- Temos jogadores à altura do Conca. Nosso grupo é qualificado. Não podemos aumentar a responsabilidade pela ausência de qualquer jogador. Temos que pensar que somos os atuais campeões e buscar uma posição melhor na tabela - disse o atacante.
Diogo, um dos que atuaram na última vez que Conca desfalcou o time, contra o Goiás, foi sucinto ao falar sobre a ausência do amigo.
- É claro que vamos sentir falta dele, mas temos de pensar no futuro e em quem poderá suprir essa ausência. Conca já é passado - finalizou.

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