sábado, 9 de julho de 2011

No duelo pior ataque x pior defesa, Atlético-PR e Avaí não saem do zero

Times seguem sem vencer no Brasileirão após nove rodadas. Jogo marca a estreia de Renato Gaúcho no Furacão e mantém pressão em Gallo, do Avaí

por GLOBOESPORTE.COM
Atlético-PR e Avaí se enfrentaram na noite deste sábado, na Arena da Baixada. Os times, respectivamente donos do pior ataque (dois gols marcados pelo Furacão) e da pior defesa do Campeonato Brasileiro (o Leão sofreu 14 gols), não conseguiram o que mais queriam: a primeira vitória após nove rodadas da competição. No fim dos 90 minutos, até que houve luta, emoções, mas o placar acabou mesmo 0 a 0.
Com o resultado, os dois times seguem destacados nas duas últimas posições da tabela de classificação. O Avaí, que tem o técnico Gallo pressionado, agora soma quatro pontos, dois a mais que o Atlético-PR, do estreante Renato Gaúcho. Na próxima rodada, o Furacão vai ao Rio de Janeiro para enfrentar o Vasco, enquanto os catarinenses medem forças com o Atlético-GO, em Goiânia.
O jogo começou muito lento, com os dois times abusando da cautela. Com apenas um atacante de origem cada (o estreante uruguaio Morro García, pelo Furacão, e William, no lado avaiano), as duas equipes demoraram exatos 19 minutos para produzir um lance de perigo. Após escanteio batido por Madson, Cleber Santana desviou de cabeça e o goleiro Felipe, ex-Santos, fez grande defesa.
Kleberson se destaca pelo Furacão. Avaí responde
A partir daí, o jogo passou a esquentar. O Atlético, buscando mais o ataque (o Avaí se propunha a explorar contragolpes), voltou a assustar aos 28, quando Madson serviu Kleberson e o pentacampeão soltou a bomba da entrada da área. Felipe, uma vez mais, praticou uma difícil defesa.
william cleber santana avaí x atlético paranaense (Foto: Agência Estado)William, do Avaí,  recebe o combate do atleticano Cleber Santana (Foto: Agência Estado)
O Avaí então se deu conta de que precisava buscar o ataque e acordou na partida. Aos 30, o time catarinense assustou pela primeira vez, em chute de Cleverson, da entrada da área. O goleiro Renan Rocha tirou com as pontas dos dedos.
Com o clima mais "quente" no gramado (a temperatura na Arena era de 13ºC), o jogo ganhou em qualidade. Kleberson passou a chamar a responsabilidade no lado do Furacão e, aos 36, deixou Madson na cara de Felipe. O baixinho bateu mal e perdeu grande chance.
Morro pede pênalti, mas não é atendido
O estreante Morro García também tentou pôr as manguinhas de fora. Ele, que já estivera perto de concluir um lance de carrinho (a zaga afastou pouco antes), esteve envolvido em lance polêmico, aos 37. O atacante foi tocado e caiu na área do Avaí, mas a arbitragem mandou o lance seguir, sem marcar penalidade.
Ainda antes do intervalo, o Avaí voltou a ficar perto de marcar. Após cruzamento da direita, Gustavo Bastos emendou um lindo voleio e o goleiro Renan Rocha salvou o Furacão.
No segundo tempo, o Atlético voltou mais animado que o Avaí, buscando mais o ataque. Kleberson seguiu sendo o destaque. Foi dele o primeiro bom lance da etapa final, aos 3 minutos. O pentacampeão arriscou de fora da área e tirou tinta do poste direito do goleiro Felipe.
Aos poucos, o Avaí deu mostras de que não ficaria apenas se defendendo. Com bom toque de bola, o time visitante passou a ocupar mais espaços no campo de ataque, embora não conseguisse criar grandes chances de gol.
A partir dos 10 minutos, os dois treinadores resolveram abrir um pouco mais seus times. Primeiro, Renato Gaúcho sacou o lateral Marcelo Oliveira e lançou o atacante Adaílton. Madson foi recuado para recompor a defesa e, pensando nisso, Gallo também mexeu na equipe do Avai: o meia-atacante Robinho entrou para jogar aberto pela direita. Saiu o volante Batista.
O novo panorama ficou um pouco melhor para o Avaí, que passou a levar perigo pelo lado direito. Num lance, Robinho foi ao fundo e cruzou rasteiro para o meio. A bola passou à boca do gol, a meio metro da linha, mas ninguém apareceu para escorar.
Madson acerta a trave
Tentando ganhar força no meio, Renato Gaúcho resolveu então, lançar sangue novo. O veterano Paulo Baier deu lugar a Branquinho. O expediente deu certo. O Furacão melhorou na partida e esteve muito perto de marcar, aos 25. Wagner Diniz fez grande jogada pela direita e cruzou rasteiro para o meio. Morro García deixou para Kleberson, que bateu rasteiro, no canto esquerdo. A bola saiu por muito pouco.
O técnico Gallo queimou as substituições a que ainda tinha direito mexendo no setor ofensivo: Pedro Ken e Cleverson saíram para as entradas de Fabiano e Marquinhos Gabriel. Mas quem seguiu dominando foi o time da casa. Aos 33, Madson teve grande chance. Após boa jogada pessoal, o baixinho encheu o pé e carimbou a trave direita de Felipe.
O técnico Renato tentou então a última cartada: trocou o uruguaio Morro pelo argentino Nieto no comando de ataque. Não adiantou. Apesar de seguir tentando, o Furacão não encontrou a rede e teve de se contentar com um pontinho diante do vice-lanterna.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 0 X 0 AVAÍ
Renan Rocha; Wagner Diniz, Manoel, Fabrício e Marcelo Oliveira (Adaílton); Deivid, Cleber Santana, Kleberson; Paulo Baier (Branquinho) e Madson; Morro García (Nieto). Felipe; Daniel, Welton Felipe, Gustavo Bastos e Romano; Bruno Silva, Batista (Robinho), Diogo Orlando, Pedro Ken (Fabiano) e Cleverson (Marquinhos Gabriel); William.
Técnico: Renato Gaúcho. Técnico: Alexandre Gallo.
Gols: não houve.
Cartões amarelos: Wagner Diniz, Adaílton (APR), Romano, William, Bruno Silva, Fabiano e Pedro Ken (AVA).
Estádio: Arena da Baixada, Curitiba (PR). Data: 09/07/2011. Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP). Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Alessandro Rocha de Matos (BA).

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