domingo, 14 de agosto de 2011

Bernardo decide jogo, e Vasco faz 'dobradinha' em cima do Palmeiras
Após vitória pela Sul-Americana, Gigante da Colina se impõe novamente em São Januário e faz 1 a 0 com gol do meia. Verdão perde caminhão de gols
A CRÔNICA
por Diego Ribeiro e Gustavo Rotstein
Lá pelo início do segundo tempo, o Vasco sofria pressão do Palmeiras, mas sua torcida reagiu rapidamente: “Bernardo, Bernardo!”. O técnico Ricardo Gomes resolveu atender ao pedido, lançou o meia e não se arrependeu: neste domingo, aos 35 do segundo tempo, Bernardo decidiu a favor da equipe cruz-maltina e fez o gol da vitória por 1 a 0, em São Januário, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. É o segundo triunfo sobre o Verdão em três dias. Com a vitória por 2 a 0 na Sul-Americana, na quinta-feira, o Vasco completou a “dobradinha” para cima do rival paulista.
O time da casa novamente se impôs em seu caldeirão e venceu mesmo sem atuar tão bem. O resultado leva o Vasco aos 30 pontos na tabela, na quarta posição e a apenas quatro pontos dos líderes Corinthians e Flamengo, que empataram seus jogos nesta rodada. O campeão da Copa do Brasil se coloca cada vez melhor na briga pelo título brasileiro.
Mesmo jogando melhor do que na quinta-feira, o Palmeiras sofreu com o excesso de oportunidades perdidas e, se soube controlar a jogada aérea, não pôde se defender da bola parada de Bernardo. O time de Luiz Felipe Scolari segue com 27 pontos, na sexta posição, mas agora mais distante dos ponteiros do Brasileirão.
Brasileirão é diferente...
Antes do jogo, o Vasco fez bela homenagem aos pais dos jogadores, que subiram ao gramado com os filhos e viram seus nomes inscritos nas camisas. O clima foi bem diferente daquele visto há três dias: o clima agradável no Rio de Janeiro atraiu os torcedores, que compareceram em número maior (7.830 pagantes e renda de R$ 184.355,00).
Já nas escalações, foi possível perceber que o jogo também seria distinto. Felipão cumpriu o que prometeu e levou a campo um time bem mais alto, com Chico no meio-campo e Dinei no ataque - Maikon Leite foi sacado. Já o técnico Ricardo Gomes armou um meio-campo técnico, com Juninho e Felipe juntos, mas a ausência de Diego Souza, suspenso, tirou a explosão do ataque vascaíno. Lá na frente, Élton ganhou a vaga de Alecsandro, mas recebeu poucas bolas.
O Verdão soube se proteger bem das bolas aéreas e cortou com perfeição quase todos os cruzamentos de Juninho. Mais povoado, o ataque também ganhou volume, e assim o time visitante criou mais chances do que o rival. A volta de Valdivia também ajudou, já que o Mago mostrou melhores condições físicas e conseguiu criar jogadas como há muito não fazia. Na principal delas, ele encontrou Kleber livre, que chapelou Fernando Prass e foi travado pela zaga – na sequência, Dinei perdeu o gol.
Empurrado pela torcida, o Vasco conseguiu equilibrar o jogo nos minutos finais da primeira etapa. Nos pés de Juninho, o time insistiu em jogadas pelo alto, mas desta vez encontrou um adversário vacinado após a derrota pela Sul-Americana. Os inúmeros erros de passes também prejudicaram a equipe cruz-maltina. Já o Verdão criou, pressionou, mas saiu zerado nos primeiros 45 minutos.
Vascão cirúrgico
A torcida do Palmeiras iniciou o segundo tempo impaciente com a série de gols perdidos pelo time. Logo nos primeiros minutos, o time mostrou que a sina continuaria. Em jogada que parecia certeira, Chico e Thiago Heleno tentaram o cabeceio quase que ao mesmo tempo, e a bola beijou o travessão defendido por Fernando Prass. Na base da pressão, o Verdão seguiu criando boas chances.
Ricardo Gomes reagiu ao domínio palmeirense, e lançou Bernardo e Leandro no time, nas vagas de Eder Luis e Juninho. O Vasco ficou mais veloz e quase abriu o placar em linda jogada de Romulo, mas foi só. O jogo só esquentou mesmo depois de desentendimentos – de Fagner com Luan, de Luan com Anderson Martins, de Anderson com Kleber...
A animosidade, por incrível que pareça, deixou o jogo aberto. O Vasco quase marcou duas vezes com Bernardo, o Verdão perdeu gol incrível com Kleber, e as oportunidades se alternaram entre os times. Maikon Leite, que entrou na vaga de Luan, também deu nova dinâmica ao ataque alviverde. O nível técnico se elevou, mas nada disso foi suficiente para o placar de São Januário ser alterado.
Isso até uma falta na entrada da área que decidiu novamente a favor do Vasco: aos 35 minutos, já sem Juninho, o Vasco viu Bernardo chamar a responsabilidade e efetuar a cobrança com perfeição, no ângulo direito de Deola, que nem se mexeu. Aí a torcida explodiu de vez. São Januário, mais uma vez, virou um caldeirão difícil de ser encarado pelos palmeirenses.
 

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