Com samba, Santa Cruz vence homônimo do RN e apelo divino
Tricolor pernambucano derrota Gaviões por 1 a 0 no Arruda com bom público e volta à liderança do grupo A3 da Série D do Brasileirão
Seu Jacinto acordou no domingo de Dia dos Pais e pediu um presente para os filhos: queria a família reunida no Arruda para assistir ao jogo entre os homônimos Santa Cruz-PE e Santa Cruz-RN pela 6ª rodada do grupo A3 da Série D do Brasileirão. E não teve jeito de discordar. Nem dona Rosemary, sua esposa, que torce pelo Sport, escapou. No estádio, a emoção tomou conta do clã Vitorino. Com uma vitória por 1 a 0 no confronto que valia a liderança, o time do técnico Zé Teodoro fez a alegria de todos os pais tricolores que lotaram a casa da equipe no Recife - o público foi de 35.020 torcedores - e voltou ao primeiro lugar da chave, mantendo a invencibilidade, com oito pontos.
- Trocaria qualquer presente por essa vitória – disse seu Jacinto.
Antes de chegar à arquibancada e se juntar aos torcedores que lotaram o Arruda, porém, o pernambucano passou na lojinha de presentes do estádio. Afinal, o Santa poderia dar a vitória de presente, mas os filhos não iam escapar de agradar o pai em seu dia também. A camisa que queria, não tinha. Mas os adolescentes Sabrina Roberta, de 19 anos, e Vicente, de 16, conseguiram convencer o patriarca da família a comprar outro modelo. Pronto, primeira etapa cumprida.
Em seguida, seu Jacinto entrou no estádio. Viu a festa que a torcida fazia antes do apito inicial. Era samba de um lado, churrasco de outro. Uma multidão tricolor que comemorava em alto e bom som em frente ao restaurante antes mesmo de a bola rolar. Entre um gole na cerveja e uma mordida na batata frita, o grito de “Tri tri tricolor” ecoava nas paredes vermelhas, pretas e brancas.
E quando o árbitro, enfim, começou o jogo, nem deu tempo de o clima esfriar. Aos 3 do primeiro tempo, Wesley cobrou falta pela esquerda e mandou na cabeça de Kiros. O atacante aproveitou seu 1,95m de altura e cabeceou para o fundo das redes. Na comemoração, os tricolores voltaram a ser criança e brincaram de roda.
Gaviões pedem ajuda à Santa das Causas Impossíveis
Dentro de campo, os Gaviões do Rio Grande do Norte pareceram sentir o primeiro gol e a pressão da torcida coral e não conseguiram mais passar do meio de campo. Decepção para as cerca de 40 pessoas que preenchiam um espaço mínimo da área reservada para os torcedores visitantes, que viam o time cair para a vice-liderança do grupo A3, com seis pontos.
- Estamos pedindo ajuda para Santa Rita de Cássia, a santa das causas impossíveis. Tem uma estátua dela lá em Santa Cruz, a maior escultura católica do mundo, com 56m. É nossa padroeira. Mas será que ela vai conseguir nos ouvir de tão longe? – questionaram, brincando, Marcos Macroti e Carlos Albuquerque, que viajaram à capital pernambucana de carro e van, respectivamente.
O apelo parecia ter sido ouvido na volta para o segundo tempo. O Santa Cruz-PE recuou e deixou o homônimo potiguar começar a jogar. Sem meio de campo organizado, o tricolor permitiu contragolpes do adversário, que chegou a pressionar com Cristiano Tiririca no ataque.
Erro grave do árbitro revolta torcida
Um lance, porém, esfriou o ânimo dos Gaviões. Renatinho recebeu o lançamento pela direita e olhou para o assistente. Sem sinal de impedimento, seguiu em frente, passando por Adalberto, que ficou no chão. Hercules não gostou da atitude do adversário e o empurrou com as duas mãos. A agressão fez todo o time do Santa cobrar a expulsão. Mas o árbitro Cláudio Francisco de Lima e Silva não viu a jogada e, após consultar todos os assistentes, apenas deu o escanteio. O erro revoltou os donos da casa e a torcida.
Depois do erro do trio de arbitragem, o Santa Cruz-PE permaneceu pressionando. Leandrinho mandou uma bola na trave, e Kiros tentou um chute de longe. Os novos placares do Arruda não foram mais modificados, mas, depois do momento de revolta, a torcida tricolor voltou a sorrir.
Daqui a 14 dias, os dois times voltam a se encontrar. Até lá, o time pernambucano não terá duelos, já que na Série D há uma rodada de descanso. Já o potiguar disputará o clássico regional contra o Alecrim, no estádio José Nazareno, em Goianinha, às 15h15m do próximo domingo.
- Trocaria qualquer presente por essa vitória – disse seu Jacinto.
Arruda tem público de 35.020 torcedores (Foto: Mariana Kneipp/GLOBOESPORTE.COM)
Antes de chegar à arquibancada e se juntar aos torcedores que lotaram o Arruda, porém, o pernambucano passou na lojinha de presentes do estádio. Afinal, o Santa poderia dar a vitória de presente, mas os filhos não iam escapar de agradar o pai em seu dia também. A camisa que queria, não tinha. Mas os adolescentes Sabrina Roberta, de 19 anos, e Vicente, de 16, conseguiram convencer o patriarca da família a comprar outro modelo. Pronto, primeira etapa cumprida.
Em seguida, seu Jacinto entrou no estádio. Viu a festa que a torcida fazia antes do apito inicial. Era samba de um lado, churrasco de outro. Uma multidão tricolor que comemorava em alto e bom som em frente ao restaurante antes mesmo de a bola rolar. Entre um gole na cerveja e uma mordida na batata frita, o grito de “Tri tri tricolor” ecoava nas paredes vermelhas, pretas e brancas.
E quando o árbitro, enfim, começou o jogo, nem deu tempo de o clima esfriar. Aos 3 do primeiro tempo, Wesley cobrou falta pela esquerda e mandou na cabeça de Kiros. O atacante aproveitou seu 1,95m de altura e cabeceou para o fundo das redes. Na comemoração, os tricolores voltaram a ser criança e brincaram de roda.
O clã Vitorino vai ao Arruda comemorar com o Santa o Dia dos Pais: Sabrina, Vicente, Vitorino pai e dona Rosemary, torcedora do Sport. Patriarca compra outra camisa (Foto: Mariana Kneipp/GLOBOESPORTE.COM)
O gol rápido também foi um presente para os dois novos placares eletrônicos do Arruda. Eles ficam no chão, atrás dos gols, um pouco escondidos, mas mostraram com orgulho o número 1 ao lado do nome dos donos da casa. Os funcionários do clube, que usaram ferros para furar a grama e drenar a água da chuva que castigou o Recife na manhã de domingo, também celebraram ao lado das grades pelo fato de as condições do gramado - que ainda mostrava muitos buracos - não terem prejudicado a cobrança de falta de Wesley.Gaviões pedem ajuda à Santa das Causas Impossíveis
Dentro de campo, os Gaviões do Rio Grande do Norte pareceram sentir o primeiro gol e a pressão da torcida coral e não conseguiram mais passar do meio de campo. Decepção para as cerca de 40 pessoas que preenchiam um espaço mínimo da área reservada para os torcedores visitantes, que viam o time cair para a vice-liderança do grupo A3, com seis pontos.
- Estamos pedindo ajuda para Santa Rita de Cássia, a santa das causas impossíveis. Tem uma estátua dela lá em Santa Cruz, a maior escultura católica do mundo, com 56m. É nossa padroeira. Mas será que ela vai conseguir nos ouvir de tão longe? – questionaram, brincando, Marcos Macroti e Carlos Albuquerque, que viajaram à capital pernambucana de carro e van, respectivamente.
Torcida do Santa 'genérico' vai ao Recife apoiar time (Foto: Mariana Kneipp/GLOBOESPORTE.COM)
O apelo parecia ter sido ouvido na volta para o segundo tempo. O Santa Cruz-PE recuou e deixou o homônimo potiguar começar a jogar. Sem meio de campo organizado, o tricolor permitiu contragolpes do adversário, que chegou a pressionar com Cristiano Tiririca no ataque.
Erro grave do árbitro revolta torcida
Um lance, porém, esfriou o ânimo dos Gaviões. Renatinho recebeu o lançamento pela direita e olhou para o assistente. Sem sinal de impedimento, seguiu em frente, passando por Adalberto, que ficou no chão. Hercules não gostou da atitude do adversário e o empurrou com as duas mãos. A agressão fez todo o time do Santa cobrar a expulsão. Mas o árbitro Cláudio Francisco de Lima e Silva não viu a jogada e, após consultar todos os assistentes, apenas deu o escanteio. O erro revoltou os donos da casa e a torcida.
Torcida do Santa Cruz comemora com samba
(Foto: Mariana Kneipp/GLOBOESPORTE.COM)
Do outro lado, o Santa Cruz-RN, que não tinha nada a ver com a decisão do árbitro, permaneceu esperando o reinício do jogo, que demorou cerca de cinco minutos. Mas Michel exagerou na comemoração e bateu palmas. Na hora, levou um cartão vermelho, o que deixou os visitantes com menos um em campo. Enquanto isso, parado na grande área, Hercules continuou na partida, como se nada tivesse acontecido.(Foto: Mariana Kneipp/GLOBOESPORTE.COM)
Depois do erro do trio de arbitragem, o Santa Cruz-PE permaneceu pressionando. Leandrinho mandou uma bola na trave, e Kiros tentou um chute de longe. Os novos placares do Arruda não foram mais modificados, mas, depois do momento de revolta, a torcida tricolor voltou a sorrir.
Daqui a 14 dias, os dois times voltam a se encontrar. Até lá, o time pernambucano não terá duelos, já que na Série D há uma rodada de descanso. Já o potiguar disputará o clássico regional contra o Alecrim, no estádio José Nazareno, em Goianinha, às 15h15m do próximo domingo.
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