Rússia comemora título do Torneio de Dubai: algoz
do Brasil na temporada (Foto: Divulgação/BSWW) A temporada de 2011 não foi das melhores para a seleção brasileira de futebol de areia. O Brasil encerrou o ano com 35 vitórias e cinco derrotas em 40 partidas, conquistou quatro títulos (
Copa Miami,
eliminatórias da Copa,
Mundialito de Portimão e
Jogos Sul-Americanos de Praia), mas acabou superado nos principais torneios. No mês de março,
perdeu nos pênaltis para o Uruguai e amargou o vice da Copa Latina. A decepção maior, porém, se deu em setembro. A equipe verde-amarela teve uma campanha irregular na Copa do Mundo de Ravenna (Itália). Na decisão,
acabou goleada por 12 a 8 pela Rússia e deixou o sonho do penta escapar.
O ano também foi de mudanças na seleção brasileira. Depois do vice no Mundial, o técnico Alexandre Soares não resistiu à pressão e
deixou o cargo que ocupava há seis anos. No período em que esteve à frente do time, Soares conquistou quatro títulos mundiais. No mês de outubro, o pernambucano Gustavo Zloccowick, o Guga,
assumiu o compromisso de resgatar o bom futebol do Brasil. Mas, logo na sua primeira competição, os russos atravessaram o caminho verde-amarelo mais uma vez. Na final do Torneio de Dubai,
o time europeu levou a melhor na prorrogação e venceu por 5 a 4. Em dezembro, com um grupo modificado, derrota por
9 a 4 para a Nigéria na decisão da Copa Lagos.
A criação de competições entre clubes foi o diferencial da modalidade em 2011. Em abril, São Paulo sediou o I Mundialito de Clubes, que contou com a participação de Corinthians, Flamengo, Santos, Vasco, Barcelona, Milan, Boca Juniors, entre outros. O time cruz-maltino, dos experientes Jorginho e Betinho,
bateu o Sporting-POR, do astro Madjer, e levantou a taça.
Em maio, a Copa Brasil de Clubes agitou a cidade de Manaus-AM. O título do torneio ficou com o Botafogo,
após vitória por 8 a 3 sobre o Vasco. A competição também ficou marcada pelo recorde de público da história do futebol de areia, com mais de 30 mil pessoas assistindo ao clássico entre Flamengo e Vasco, pelas semifinais. Sem a disputa do Campeonato Brasileiro de seleções, foi organizada em novembro a Copa dos Campeões, com as cinco seleções estaduais que já foram campeãs brasileiras. Jogando em casa, o Espírito Santo, de Buru, Bruno Malias e Bruno Xavier,
venceu o Maranhão na decisão por 6 a 5 e sagrou-se campeão.
Jorginho comemora gol do Vasco sobre o Sporting
no Mundialito de Futebol de Areia (Foto: Deco Pires) Aos 36 anos, poucas pessoas acreditavam no potencial do experiente Jorginho neste ano. E o renascimento do atacante se deu na conquista do Mundialito de Clubes pelo Vasco. Ao lado de Bruno Xavier e Betinho, o atacante foi um dos destaques da equipe cruz-maltina no torneio. A boa fase logo chamou a atenção do técnico Alexandre Soares, que o chamou de volta à seleção brasileira depois de quase cinco anos. Mesmo com o vice-campeonato na Copa do Mundo, 2011 ficará marcado de forma positiva na carreira do jogador.
Era difícil imaginar que o Brasil deixaria o pentacampeonato escapar no Mundial de Ravenna. Mas o pior dos pesadelos para os brasileiros aconteceu no dia 11 de setembro. Com uma equipe disciplinada taticamente e muito rápida nos contra-ataques, a Rússia surpreendeu o Brasil, goleou por 12 a 8 e levantou o caneco pela primeira vez. Até então, a seleção brasileira nunca havia sofrido 12 gols em um jogo na sua vitoriosa história. O Brasil deixou o sonho do penta para a Copa do Mundo de de 2013, no Taiti.
André exibe os troféus que conquistou na Copa do
Mundo (Foto: Igor Christ / Globoesporte.com) O atacante André, de 34 anos, não é nenhum novato no futebol de areia, mas ficou mais conhecido pelo grande público em 2011. Com seu bigode característico e faro apurado de artilheiro, ele brilhou nos torneios entre clubes e também com a camisa da seleção brasileira. Nesta temporada, André recebeu o troféu de goleador em três competições importantes: o Mundialito de Clubes (16 gols pelo Flamengo), a Copa Brasil (9 gols pelo Botafogo) e a Copa do Mundo (14 gols pelo Brasil). Foi, sem dúvida, o maior nome da seleção canarinho no ano.
Bruno Xavier é uma das apostas do técnico Guga
Zloccowick para a próxima temporada (Foto: CBBS) Um dos destaques do título do Vasco no Mundialito de Clubes e também com boas atuações no campeonato russo e pela seleção do Espírito Santo, o atacante Bruno Xavier, de 26 anos, enfim conseguiu a sua chance na seleção brasileira. Convocado pelo técnico Guga Zloccowick, ele disputou o Torneio de Dubai, no mês de novembro, e se destacou, sobretudo, nas jogadas de bola parada, uma de suas especialidades. A expectativa do atleta é de permanecer no grupo verde-amarelo por um bom tempo.
Durante a disputa das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, em julho, o Brasil venceu o Chile por 10 a 4, pela fase de grupos. Mas o destaque ficou por conta de uma marca importante alcançada pela seleção:
os 3.000 gols de sua história. Tal feito coube ao defensor Buru, melhor jogador do mundo em 2007, que anotou em cobrança de pênalti o quarto tento da equipe brasileira na partida. No bolão realizado entre os jogadores e a comissão técnica brasileira, na véspera do jogo, Buru, curiosamente, foi o único a não ser apontado como favorito para atingir a marca.
A arena de Manaus ficou pequena para o clássico entre Flamengo e Vasco pelas semifinais da Copa Brasil, em maio. Com o reforço do ex-jogador Edmundo,
o time cruz-maltino fez 4 a 3 no Rubro-Negro diante de 30 mil pessoas, recorde de público da história da modalidade. A imagem aérea da arena foi parar até no site da Fifa.
Mais de 30 mil pessoas assistiram ao duelo entre Flamengo e Vasco, na Arena de Manaus (Foto:Divulgação) 
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