Alecsandro revela incômodo com especulações e brinca: 'A 9 é minha'

Atacante reconhece importância de que o Vasco reponha a saída de Élton, mas afirma: 'A gente se pergunta o porquê de o clube querer contratar'

Por Gustavo Rotstein Atibaia, SP

Alecsandro treina com o Vasco em Atibaia
(Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)

Nem tanto pela quantidade - foram 13 gols marcados em 39 partidas -, Alecsandro terminou 2011 como um nome relevante para a temporada vascaína. Afinal, foi autor de gols decisivos, incluindo dois nas duas partidas finais da Copa do Brasil. Ele começa 2012 com plena confiança de que terá importância na equipe, por isso garante estar tranquilo em relação à busca por um centroavante.
No entanto, não esconde um certo incômodo com as notícias de que o Vasco busca um novo camisa 9, possivelmente estrangeiro, mesmo que isso signifique repor a saída de Élton, que acertou com o Corinthians. Alecsandro diz que o mais importante é confiar em seu trabalho.
- Acho importante o Vasco se reforçar e quero trabalhar muito forte aqui na pré-temporada, pois dessa forma vou sair na frente de quem chegar. Mesmo assim, ouvindo essas especulações, a gente se pergunta o porquê de o clube querer contratar. Ao mesmo tempo, alguns clubes fizeram ofertas por mim, e o Vasco não liberou. De qualquer maneira, o reforço não vai poder ser o camisa 9, porque ela é minha. O jogador vai ser muito bem recebido, mas vai precisar escolher a camisa 19, 29 ou 39 - disse, com bom humor.
Alecsandro se orgulha de, em sua avaliação, ter ajudado o Vasco a atingir um patamar há muito desejado por sua torcida. Ele lembrou que em sua chegada, no primeiro semestre do ano passado, havia incredulidade sobre um possível sucesso da equipe, mas garante que nunca duvidou da capacidade do grupo.

Tinha medo de jogar no Rio por causa da cidade e porque se falava muito que era um povo preguiçoso, enquanto eu gosto muito de treinar. Quando cheguei, percebi que isso é uma lenda"

Alecsandro

- Em dezembro de 2010 passei uns dias de férias no Rio e lembro que não via torcedores usando a camisa do Vasco no calçadão da Barra da Tijuca. Agora está lotado de vascaínos. Acho que pude contribuir para que eles tirassem as camisas do armário. Conquistamos a Copa do Brasil, chegamos à final (da Taça Rio) do Carioca e do Brasileiro e à semifinal da Copa Sul-Americana. Quando cheguei, sabia onde estava pisando e por isso disse que acreditava em títulos. Somente coloquei a cara para bater porque tinha confiança na equipe - destacou.
Especulado como possível alvo do Fernarbahçe, da Turquia, no início do ano, Alecsandro reforça sua intenção de cumprir seu contrato, que vai até 2013, mas admite a possibilidade de permanecer no Rio de Janeiro até mesmo depois de encerrar a carreira.
- Para falar a verdade, tinha medo de jogar no Rio de Janeiro por causa da cidade e porque se falava muito que era um povo preguiçoso, enquanto eu gosto muito de treinar. Mas quando cheguei percebi que isso é uma lenda. Nos clubes se trabalha muito e no Vasco isso se faz com muita qualidade. É um lugar maravilhoso, e estou revendo meus conceitos. A cidade passou a ser uma das minhas opções para viver quando parar de jogar - afirmou o atacante, que em fevereiro completa 31 anos.