quinta-feira, 22 de março de 2012

Sem errar passe, Juninho muda time e é decisivo contra Libertad

Após ser poupado no Paraguai, meia entra no segundo tempo e contribui com gol e experiência, atuando com Felipe por 31 minutos

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
A ausência de Juninho na partida realizada em Assunção foi um dos principais assuntos no Vasco na semana passada. A comissão técnica precisou explicar muito os motivos de sequer relacioná-lo para enfrentar o Libertad. Uma semana depois, o capitão voltou a ser o centro das atenções. Mas agora por sua presença. Com uma atuação de destaque no segundo tempo, o Reizinho foi coroado com um gol e deixou São Januário como o nome da vitória por 2 a 0 sobre o time paraguaio, nessa quarta-feira à noite, pela Libertadores.
Cristóvão Borges alegou que deixara Juninho fora da viagem, em decisão conjunta com o meia, por julgar que seria uma partida desgastante. Mas o que se viu em São Januário foi um jogador de 37 anos sendo decisivo por estar em ótima forma técnica. Após entrar em campo no intervalo substituindo Eduardo Costa, Juninho entrou em cena com sua experiência: deu passes precisos, não errando uma sequer das 15 tentativas, e mostrou bom posicionamento.
Juninho contra o Libertad:
Tempo em campo: 45 minutos
Finalizações: 3
Passes certos: 15
Passes errados: 0
Faltas cometidas: 0
Faltas sofridas: 1
Roubadas de bola: 1
Bolas levantadas: 2
De quebra, fez um gol, também em lance que é reflexo de sua rodagem no futebol. Aos oito minutos, chutou diretamente na direção da baliza de Muñoz quando todos esperavam um cruzamento para a área. Lances como esse dão ao técnico do Vasco a certeza de que Juninho é imprescindível também na Libertadores.
- Experiência sempre ajuda. Numa competição dura como a Libertadores, mais ainda. Então, aqueles com mais rodagem, como é o caso do Juninho, têm mais a oferecer - explicou.
Juninho percorreu, nos 45 minutos finais, uma distância pouco superior à de Eduardo Costa na primeira etapa: 5,232 quilômetros contra 5,064. No entanto, o mapa de calor de ambos mostra a presença do Reizinho em uma área mais abrangente. E num posicionamento mais recuado, o que se explica também pela disposição em ir à defesa para iniciar a saída de bola - e pelo fato de que, enquanto Eduardo Costa esteve em campo, o Vasco se manteve por mais tempo com a posse de bola no campo de ataque.
mapa de caloe Eduardo Costa e Juninho Pernambucano jogo Vasco x Libertad (Foto: Editoria de Arte)
Juninho mostra-se cansado mesmo é de responder àqueles que perguntam se é possível que atue junto com Felipe no Vasco. Em 31 minutos nessa quarta-feira à noite, a dupla não precisou de palavras para se mostrar afiada. Num momento da partida em que a prioridade era o ataque, o camisa 6 teve mais liberdade para atuar avançado pelo lado esquerdo, enquanto o companheiro fazia a transição da defesa para o setor ofensivo sem também perder o foco da marcação.
- Os dois sempre puderam jogar juntos, mas é preciso haver a oportunidade. Depende do jogo e da estratégia - afirmou Cristóvão Borges depois da partida.
E se Felipe desabafou após brilhar na vitória sobre o Alianza Lima, pela segunda rodada, Juninho preferiu repetir no discurso a simplicidade e a precisão mostradas em campo depois de ser um dos protagonistas do jogo contra o Libertad.
- É importante ter uma base. Mas um grande time não tem que ter uma só formação, o importante é ter variações - resumiu.

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