quarta-feira, 7 de março de 2012

Vasco sofre, mas vira sobre o Alianza e volta a respirar na Taça Libertadores

Com falha de Rodolfo e dois pênaltis desperdiçados por Alecsandro, time se complica, mas consegue vencer por 3 a 2, comandado por Dedé e Juninho

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Dedé tem se especializado em resolver as situações mais complicadas para o Vasco. Nesta terça-feira, ele, mais uma vez, foi a peça determinante para a superação do time em São Januário. O Mito passou por cima do erro do seu companheiro de zaga Rodolfo, que falhou no gol do Alianza Lima, e de dois pênaltis desperdiçados por Alecsandro, marcando o gol da virada e ajudando a garantir a vitória por 3 a 2, pela segunda rodada do Grupo 5 da Taça Libertadores, diminuindo o drama que se apresentava pela frente em caso de tropeço nesse jogo
Com o resultado, o Vasco, que atuou com seu terceiro uniforme, todo azul, contra o Alianza, somou seus primeiros três pontos na Taça Libertadores, depois de perder para o Nacional, do Uruguai, na estreia, e ocupa a segunda colocação do Grupo 5, com três pontos, atrás do Libertad, do Paraguai, que venceu seus dois primeiros jogos na competição.
O próximo jogo do Vasco será no dia 14, justamente, contra o Libertad, em Assunção. O time, agora, terá apenas um confronto em casa para conquistar uma das duas vagas do Grupo 5 nas oitavas de final da Taça Libertadores.
O jogo
Com a ausência de Eder Luis, que desfalcou o time com dores na coxa direita, o Vasco começou o jogo apostando na velocidade de William Barbio. Toda vez em que Juninho pegava na bola a partir do do meio do campo, na intermediária de ataque, o principal alvo era o atacante, aberto pelo lado direito.
A jogada se mostrou rapidamente produtiva. Aos 12 minutos, Juninho deu ótimo passe para William, que chutou cruzado e viu a bola passar próxima de Alecsandro, que se jogou, mas não conseguiu tocá-la para abrir o placar, já com o goleiro Libman batido.
O Alianza Lima não conseguia trocar passes e sair de seu campo de defesa. Mas, em um chutão despretensioso, o atacante Charquero contou com a falha de Rodolfo para dominar a bola, entrar na área e tocar na saída do goleiro Fernando Prass para fazer 1 a 0 em São Januário, aos 16 minutos de jogo.
O gol abalou a confiança dos jogadores do Vasco. Rodolfo começou a viver entre vaias e aplausos. O drama foi amenizado aos 19 minutos, com a manjada jogada com o William Barbio. Desta vez, Diego Souza lançou o atacante, que chutou cruzado e contou o desvio do zagueiro Ramos para empatar o jogo.
Mesmo com a rápida recuperação, o Vasco continuou demonstrando extremo nervosismo. Ainda assim, conseguiu criar jogadas para virar o placar. Aos 23, Alecsandro marcou, de cabeça, mas o gol foi anulado, pois o atacante estava impedido.
O Alianza seguia sem ameaçar a defesa do Vasco. Com isso, Dedé arriscou uma de suas subidas ao ataque. Aos 40, o zagueiro tabelou com Barbio e cruzou para Alecsandro tocar de letra e parar na zaga, depois de a bola passar pelo goleiro do time peruano. No fim do primeiro tempo, o Vasco ainda reclamou pênalti de Carmona em Thiago Feltri, mas a falta foi marcada fora da área, corretamente.
Alecsandro perde dois pênaltis
Assim que o primeiro tempo terminou, a torcida do Vasco começou a pedir a entrada de Felipe. O técnico Cristóvão não só concordou com a voz do povo e colocou o meia no lugar de Eduardo Costa, como tirou o zagueiro Rodolfo, que falhou no gol do Alianza Lima, para a entrada de Douglas.
O segundo tempo não poderia ter começado melhor. Na jogada que funcionou durante todo o jogo, William Barbio recebeu na direita de Juninho e chutou para defesa de Libman. No rebote, ela tocou na mão de Carmona. O árbitro Diego Abal, da Argentina, marcou pênalti e expulsou o zagueiro do Alianza. No entanto, o que parecia ser um momento de festa virou apreensão. Na cobrança, Alecsandro escorregou e cobrou no travessão, aos três minutos.
Com um jogador a mais, o Vasco aumentou a pressão. As jogadas pela lado direito continuaram sendo a melhor opção do time no jogo. Mas uma excelente chance caiu nos pés de Juninho, aos 10 minutos. Em cobrança de falta na entrada da área, ele acertou o travessão, com Libman paralisado no meio do gol.
Aos 14, no entanto, o sofrimento começou a chegar ao fim. Em escanteio cobrado pelo lateral-direito Fagner, o zagueiro Dedé subiu mais do que o seu marcador e cabeceou no canto direito do goleiro Libman, virando o jogo e tranquilizando a torcida em São Januário. Dois minutos depois, Alecsandro balançou a rede, de cabeça, mas novamente estava impedido e teve o gol anulado.
Aos 23, o destino ainda reservou mais uma chance para Alecsandro se redimir da cobrança de pênalti desperdiçada no começo do segundo tempo, depois que Fagner foi derrubado na área. O atacante bateu no canto esquerdo, Libman defendeu, a bola bateu na trave e voltou para as suas mãos, levando a torcida do Vasco a se irritar com o jogador.
As chances continuaram sendo criadas. Felipe fez um Carnaval na defesa do Alianza e tocou para Diego Souza, que chutou por cima. Sem forças para reagir, o time peruano ainda viu o árbitro marcar mais um pênalti. Desta vez, Alecsandro ameaçou ir para a bola, mas Juninho cobrou e fez 3 a 1. Aos 40, mais sufoco. Ibañez diminuiu o placar e deu uma certa dose de drama no fim do jogo. Nada que mudasse o vencedor. Vasco 3 a 2.

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