sexta-feira, 20 de julho de 2012

Nuzman quer Londres como escada para colocar Brasil no top 10 em 2016

Presidente do COB diz que expectativa para 2012 é ficar próximo do desempenho de Pequim e trata evolução para Jogos do Rio como prioridade

Por Cahê Mota Direto de Londres, Inglaterra
Exposições da Casa Brasil Rafael Cardoso (Foto: Wander Roberto/Rio 2016)Nuzman traça metas ambiciosas para o Brasil nos
Jogos do Rio-2016 (Foto: Wander Roberto/Rio 2016)
A uma semana do início dos Jogos Olímpicos de Londres, o Brasil já tem uma meta de resultados estabelecida... para 2016. Em evento realizado nesta sexta-feira na Casa Brasil, espaço destinado ao país na capital britânica, o presidente do COB e do Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, atendeu a imprensa para falar das perspectivas da delegação nacional para a maior competição esportiva do planeta, mas acabou deixando escapar nas entrelinhas que a disputa londrina é praticamente uma espécie de preparação para a que vai acontecer daqui a quatro anos.
Com 259 atletas inscritos em 31 modalidades, o Brasil chega a Londres em quantidade menor do que em Pequim-2008 (277 competidores). Entretanto, a previsão é de que o desempenho se aproxime do realizado em terras chinesas: com 15 medalhas (recorde ao lado de Atlanta-1996), sendo três ouros, quatro pratas e oito bronzes. Nuzman, por sua vez, tirou a pressão da delegação e admitiu que as disputas na Inglaterra vão ser atípicas, diante da expectativa por 2016.
- Não é uma projeção fácil. Todos que fazem previsões têm tido suas diferenças. Nossa previsão para Londres é manter o resultado de Pequim, um pouco menos ou mais, aumentar o número de finais e sair daqui preparando uma nova geração. E é uma preparação diferente, sob o regime da tensão natural do público brasileiro, da mídia, do torcedor... Eles (atletas) vão ter que conviver com isso da maneira que nós, dirigentes, convivemos.
Exposições da Casa Brasil Rafael Cardoso (Foto: Wander Roberto/Rio 2016)Para o presidente do COB, os Jogos de Londres-2012 servirão como trampolim para o desempenho do Brasil em 2016 (Foto: Wander Roberto/Rio 2016)
Ao traçar como meta o aumento do número de finais (em Pequim foram 41), o COB automaticamente pensa em levar ao Rio de Janeiro uma delegação já mais calejada em disputas olímpicas, justamente para que não sintam o peso naquela que é a prioridade. Aí, sim, quando o tema é a edição dos Jogos de 2016, a projeção é mais clara e ambiciosa.
- A meta é ficar no top 10. É uma meta arrojada, uma meta em que o Brasil decola rumo a ter um lugar importante de destaque no cenário internacional. Seja em 2016, seja nos Jogos de 2020, 2024 e daí para frente.
Empolgado com tudo que gira em torno dos Jogos do Rio, o dirigente aposta em uma mudança de mentalidade do país já a partir de Londres. Independentemente dos resultados, Nuzman vê a equipe brasileira sonhando alto.
- (Esperamos) muito trabalho, muita dedicação e muita consciência do que eles têm não só em Londres, mas pela frente até 2016. Sinto uma transformação muito grande. Sinto que temos a ambição da vitória. Independentemente da preparação que podemos oferecer, é importante a consciência e ambição de conquista do atleta.
Em 21 participações em Olimpíadas, a melhor colocação do Brasil foi o 16º lugar de Atenas-2004. Apesar de ter levado para casa menos medalhas do que em Atlanta (15), Sydney (12) e Pequim (15), a qualidade foi maior, com cinco ouros, duas partas e três bronzes. Na última edição dos Jogos, o país terminou apenas na 23ª posição, e no quadro histórico está em 37º, com 91 medalhas no total: 20 ouros, 25 pratas e 46 bronzes.

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