terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O barato ficou caro: apostas viram joias do Corinthians

Jogadores contratados sem maiores investimentos são valorizados e agora entram na mira de milionários europeus

Por Carlos Augusto Ferrari Yokohama, Japão
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Paulinho treino Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Paulinho é um dos jogadores mais valorizados do
elenco (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Mais do que rechear sua galeria de conquistas com o segundo título mundial, o Corinthians coloca seu elenco em um novo patamar depois da vitória sobre o Chelsea, por 1 a 0, no último  domingo, em Yokohama. Alguns dos jogadores garimpados em clubes de menor expressão se transformam agora em joias que valem milhões no mercado da bola.
O grande exemplo da eficiência do “bom e barato” alvinegro é Paulinho. Contratado do Bragantino em 2010 como uma aposta para o futuro, o volante conquistou espaço gradativamente, se firmou como titular, chegou à Seleção e hoje é citado por técnicos rivais como uma das principais armas de Tite.
Os € 8,5 milhões (R$ 23,3 milhões) oferecidos pelo Inter de Milão após a Taça Libertadores ficaram no passado. Hoje, o Timão não aceita vendê-lo por menos de € 15 milhões (R$ 41,2 milhões). Os direitos sobre o jogador estão divididos entre o Alvinegro e o Audax-SP.
Ralf também cresceu consideravelmente de valor desde que trocou o Barueri pelo Timão em 2010. Aos 28 anos, o cão de guarda da defesa alvinegra já não desperta tanto interesse assim nos principais mercados europeus pela idade avançada, mas é considerado indispensável no elenco.
A direção procura no Brasil há algumas temporadas e até nas categorias de base alguma outra peça que possa cumprir com a mesma eficiência a função de primeiro volante, mas não encontra. Somente uma proposta em torno de R$ 10 milhões poderá tirá-lo do clube.
O bom momento vivido pelo Corinthians recuperou jogadores que estavam em baixa. São os casos do goleiro Cássio, reserva por cinco anos no PSV, da Holanda, do lateral-esquerdo Fábio Santos, ex-Grêmio, e do centroavante Paolo Guerrero, contratado do Hamburgo.
Titulares e com boas atuações sobretudo na Taça Libertadores, os defensores ganharam a confiança do técnico Tite e chegaram até a ser convocados para a Seleção dirigida na época por Mano Menezes. Cássio vive um momento especial. A grande atuação contra o Chelsea, escolhido como o melhor jogador em campo, o coloca novamente na mira dos gigantes do Velho Continente.
O mesmo acontece com Paolo Guerrero. O camisa 9 peruano nunca deslanchou como se imaginava, mas chegou ao Timão marcando gols importantes e sendo decisivo. No Mundial, fez nada menos que os dois gols que deram o título ao Alvinegro. Uma taça a mais. Milhões na valorização.

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