quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Liz Carmouche diz que vaias só a motivam mais a bater nas adversárias

Desafiante ao cinturão de Ronda Rousey lembra de suas lutas no México
e diz que ainda não se deu conta da importância da sua luta no UFC 157

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Quando as portas do octógono do UFC 157 forem fechadas no próximo sábado, Liz Carmouche sabe que os fãs presentes ao torneio estarão torcendo para que sua adversária, a campeã dos galos Ronda Rousey, acabe com ela. Mas essa sensação não será nova para a lutadora. Lembrando quando atuou em Tijuana, no México, contra a mexicana Margarita de la Cruz, Carmouche diz que os xingamentos e vaias serviam como combustível para a sua apresentação.
- Quando eu lutava no México, ouvia as vaias da torcida e dizia para mim mesma: 'OK, agora quem vai pagar e ela'. Eu levei minha adversária para a grade e acertei cotoveladas seguidas no mesmo lugar, até que abrisse de verdade. Eu pensava: 'Podem vaiar. Quanto mais vaias, mais ela vai sofrer.' Esse tipo de coisa me motiva - disse, em entrevista ao site "MMA Fighting".
Liz Carmouche MMA (Foto: Getty Images)Liz Carmouche vai enfrentar Ronda Rousey no UFC 157 (Foto: Getty Images)
A americana calou o público em Tijuana castigando tanto a sua rival que forçou o médico a encerrar a luta após o segundo round. Carmouche espera, agora, canalizar o mesmo sentimento de ser o azarão para vencer a luta principal do UFC 157.
- A pressão não está em mim, e sim nela. Ela é que tem que defender o seu cinturão e atender a muito mais compromissos de mídia do que eu. As atenções estão todas em cima dela. Eu venho como azarão, e ninguém espera nada de mim. Logo, tudo que eu fizer será sensacional. Não há nenhuma presão sobre mim.
Perguntada se já tem ideia do que a sua luta representa para o MMA feminino, a lutadora garante que ainda não teve tempo de pensar sobre o assunto.
- Se eu tivesse a chance de parar um pouco e refletir, eu pensaria a respeito, e talvez visse o tamanho do que estamos vivendo agora. Mas eu não parei. Vou precisar terminar a luta para depois olhar para tudo o que acontecer e ver a ficha cair por completo. Não acho que isso acontecerá até depois da luta. Hoje eu estou aqui conversando com as pessoas, trocando ideias. Talvez, se eu estivesse sendo bombardeada por perguntas, como em um interrogatório, eu ficaria um pouco desconfortável. Mas não é o caso, então estou relaxada.
Diferente das demais lutas em que Ronda Rousey esteve envolvida, nesta a sua adversária não está fazendo o clássico jogo psicológico para tentar desestabilizá-la. Pelo contrário. Carmouche expressou publicamente admiração e respeito pelo que Rousey tem feito pelo MMA feminino, algo que não é muito comum em duelos contra a campeã dos galos do UFC. Por outro lado, Rousey sabe que não seria fácil desestabilizar psicologicamente uma ex-fuzileira naval com experiência em situações de guerra.
- Eu mandei uma mensagem para ela no Twitter, dizendo que tenho visto tudo que ela tem feito pelo nosso esporte, e acho que isso é ótimo, por chamar tanta atenção para nós. Não sei se outras lutadoras fazem ou fizeram isso, mas mostrei respeito por Ronda, e ela fez o mesmo por mim. Além disso, eu pedi essa luta e ela sabe que eu não sou o tipo de pessoa que fica fazendo joguinhos psicológicos. Não falo por falar. Deixo que minhas atitudes falem por mim. Não vou promover uma rivalidade e uma animosidade. ela sabe que, se tentar fazer isso com uma pessoa como eu, que esteve entre os fuzileiros navais na guerra, as coisas podem não acabar bem para ela - finalizou.

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