terça-feira, 25 de junho de 2013

‘Brasil ainda não pegou time com ataque como o nosso’, diz Tabárez

Técnico do Uruguai não revela escalação, mas deixa claro que não
vai abrir mão do trio ofensivo formado por Forlán, Suárez e Cavani

Por Alexandre Lozetti e Juliano Costa Belo Horizonte, MG
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Tabarez coletiva Uruguai mineirão (Foto: Marcos Ribolli)Óscar Tabárez em coletiva (Foto: Marcos Ribolli)
Óscar Tabárez aponta o Brasil como favorito "pelas estatísticas como mandante", mas não vê o Uruguai como zebra nesta quarta-feira, às 16h (de Brasília), no Mineirão, na primeira semifinal da Copa das Confederações. Em entrevista coletiva após o reconhecimento do gramado do estádio, o técnico mostrou confiança em seu ataque.
– O Brasil ainda não jogou contra uma seleção com um ataque que o Uruguai tem. Vamos ver o que vai dar.
Tabárez não quis revelar a escalação, mas deixou claro com essa declaração que não pretende abrir mão de seu trio ofensivo: Edison Cavani, Diego Forlán e Luis Suárez. Juntos, eles fizeram 97 gols nos últimos 11 meses, contando jogos pela seleção uruguaia e por seus respectivos times – Napoli, Internacional e Liverpool.
Para Tabárez, os três estão bem acima dos atacantes de Japão, México e Itália, adversários do Brasil na primeira fase. Por isso, a Celeste não pode ser colocado como azarão diante da seleção brasileira.
– Quando a partida começa, são onze contra onze, e o imponderável entra em campo. Estamos confiando plenamente na nossa atitude como equipe – disse Tabárez.
O técnico uruguaio citou três vezes na coletiva o "bom retrospecto" do Brasil como mandante. Lembrou em especial de um jogo – o das eliminatórias para a Copa de 2010, vencido pela seleção brasileira por 2 a 1, no Morumbi.
– Nunca uma seleção uruguaia jogou tão bem no Brasil, e o Julio César impediu nossa vitória – disse o treinador, que apontou o goleiro brasileiro como o melhor jogador "disparado" das últimas eliminatórias.
Tabárez foi informado por um repórter inglês de que Julio César disse na véspera que "para muitos brasileiros, ganhar do Uruguai é até mais importante do que vencer a Argentina". O treinador viu a declaração como "um elogio". E salientou que, para os uruguaios, a partida também tem uma conotação diferente.
– Para nós, é uma partida muito importante, é um privilégio, assim como as partidas contra a Argentina estão neste mesmo nível – disse Tabárez.
– Sabemos que a dificuldade é grande, mas ela também serve como motivação, porque vamos tentar fazer o que poucos conseguiram. Somos obcecados por desafios, teimosos, sempre acreditamos que somos capazes de alcançar nossos objetivos. Este grupo, depois de praticamente sete anos junto, já demonstrou do que é capaz – emendou o treinador uruguaio.
* Colaborou Edgard Maciel de Sá

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