sábado, 8 de junho de 2013

Vasco pressiona, mas ferrolho de Cristóvão coloca o Bahia no G-4
Carlos Alberto e Fernandão marcam os gols do empate no Raulino. Time cruz-maltino jogou com um homem a mais em boa parte da etapa final
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • reencontro
    Cristóvão
    Atletas do Vasco fizeram fila para cumprimentar o ex-comandante Cristóvão, hoje à frente do Bahia. Ele conseguiu levar um ponto para Salvador.
  • artilheiro
    Fernandão
    O atacante do Bahia deixou sua marca pela terceira partida seguida e, desta forma, assumiu a artilharia isolado do Brasileirão. Ele tem quatro gols.
  • estreante
    André
    Principal contratação do Vasco, o atacante teve a chance para decidir o jogo, mas não foi feliz. Sozinho, cabeceou na trave e deixou de garantir a vitória.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Cristóvão Borges conhece o Vasco como poucos. É verdade que o elenco foi bastante mexido desde sua saída, mas vários remanescentes fizeram fila para cumprimentá-lo antes de a bola rolar. E o conhecimento do técnico sobre o rival surtiu efeito para o Bahia com o eficiente ferrolho que garantiu o empate em 1 a 1, neste sábado, em Volta Redonda, mesmo com um homem a menos por 35 minutos. Assim, o Tricolor completa quatro partidas seguidas sem derrota e vai dormir no G-4 do Brasileirão.
O amplo domínio territorial desperdiçado deixa o time carioca com um gosto amargo. O resultado põe o clube em oitavo lugar, com sete pontos. Já o Bahia virou terceiro, com oito. Os time baiano, porém, pode ser ultrapassado pelo Botafogo, que enfrenta a Ponte Preta logo mais. Para se manter na zona de classificação para a Libertadores, terá de torcer contra um batalhão de equipes que entram em campo neste domingo e ainda pode perder até quatro postos. O público pagante no Raulino de Oliveira foi de 2.623 pessoas (3.986 presentes), para renda de R$ 48.595,00.
- O time do Bahia veio retrancado, tomamos um gol cedo, o que dificultou. Vamos ter tempo para treinar nessa parada e voltar com tudo - avaliou o atacante André, estreante do Vasco, que teve chance de ouro para resolver o jogo, mas carimbou a trave.
No lado do Bahia, o atacante Fernandão exaltou o espírito da equipe.
- Queríamos os três pontos, fomos atrás disso. Com a expulsão do Diones ficou mais difícil. Mas o time está de parabéns. Lutou até o final - disse o artilheiro do Brasileirão, com quatro gols.
Alisson vasco bahia brasileirão 2013 (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)Alisson vasco bahia brasileirão 2013 (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
Domínio cruz-maltino com poucas chances
O panorama do jogo foi definido já nos primeiros minutos. Com mais posse de bola, o Vasco buscava uma brecha na defesa do Bahia. Por sua vez, o Tricolor apostaria na velocidade de seus contragolpes para surpreender. E quem se deu melhor de cara foi o visitante. Fernandão foi lançado, Renato Silva cochilou, e o atacante tocou por cima de Michel Alves para abrir o placar, aos sete.
A desvantagem, porém, não abalou o time de Paulo Autuori, que permaneceu trocando passes com paciência e tentando se impor com muita movimentação de Pedro Ken, Alisson e Carlos Alberto. Foram vários cruzamentos rebatidos pela defesa do Bahia. Até que o árbitro viu pênalti no camisa 10 cruz-maltino, que caiu após leve contato com Fahel. O próprio Carlos Alberto bateu com categoria, no ângulo direito, e empatou, aos 21, tornando a empolgar a torcida.
A equipe de Cristóvão Borges ainda assustava a cada eventual tentativa, sempre pegando o Vasco mal arrumado. Ainda assim, quem chegou mais perto do segundo gol foi o rival.  Sempre parados com falta, os jogadores não conseguiam penetrar na área de Marcelo Lomba. As principais emoções, no entanto, estavam reservadas para o segundo tempo. Logo aos três, Helder fez uma graça com seis embaixadinhas no círculo central, pondo fogo no duelo.
Edmilson vasco bahia brasileirão 2013 (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)Edmilson disputa jogada pelo alto: jogador esteve apagado (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
Expulsão atrai Vasco, mas placar não muda
Na sequência, Autuori atirou sua equipe para o ataque, com a estreia de André no lugar do lateral Dieyson. Hélder, o habilidoso, saiu pouco depois. Mas o "troco" aconteceu mesmo assim. E foi Diones que pagou o pato. Sandro Silva ergueu a bola do gramado e iria completar um belíssimo drible antes de ser parado com falta. O volante tricolor, já advertido anteriormente, foi então expulso, fazendo com que o Bahia se acuasse definitivamente.
A maior chance viria aos 16 minutos: André, sozinho, cabeceou na trave, e Edmílson chutou o rebote em cima de Marcelo Lomba, que mostrou incrível reflexo. O Vasco mexeu de novo: apagadíssimo, Edmílson deu lugar a Thiaguinho. E a pressão cruz-maltina aumentou. De vez em quando surgia um contra-ataque baiano, mas, mesmo desordenado, era o mandante que dava as cartas. Só que, além da técnica limitada, faltaram capricho e objetividade até o apito final. Castigo para os cruz-maltinos e sensação de alívio para os baianos.

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