quinta-feira, 4 de julho de 2013

Cris Cyborg diz que aprendeu com doping e sonha com UFC e Ronda


Lutadora peso-pena do Invicta FC enfrenta Marloes Coenen pelo cinturão da categoria no dia 13 de julho, em Kansas, nos Estados Unidos

Por SporTV.com Rio de Janeiro
2 comentários
Na última vez que Cris Cyborg fez uma luta por cinturão, a brasileira, que era a detentora do título dos pesos-penas do Strikeforce, foi pega no antidoping após nocautear a japonesa Hiroko Yamanaka, em dezembro de 2011. A lutadora foi suspensa e a luta declarada "no contest" (sem resultado), resultando em uma suspensão que a fez retornar aos eventos apenas um ano e quatro meses depois, pelo Invicta FC, quando venceu Fiona Muxlow, também por nocaute. Agora, a paranaense se prepara para voltar a um combate por cinturão, contra Marloes Coenen, no dia 13 de julho, em Kansas, nos Estados Unidos.
Cyborg garantiu que aprendeu com o erro cometido antes de enfrentar Yamanaka, e que não será mais pega no antidoping. Segundo ela, o que aconteceu no passado serviu de lição para que ela não repita nas próximas oportunidades.
- Meu professor que acompanhava meu treino. Eu estava com dificuldade para baixar de peso, sempre tenho dificuldade, não consultamos um profissional e usei uma substância que não podia, mas era só para perder peso, e caí no doping. Sempre fiz teste em todas as lutas e infelizmente tomei sem saber que ia cair. Temos que prestar muita atenção em quem confiar, consultar um profissional antes de usar qualquer coisa e aprendi com um erro. Não vou cometer esse erro novamente - afirmou, em entrevista ao "Sensei SporTV".
montagem Cris Cyborg x Marlos Coenen UFC (Foto: Editoria de Arte)Cris Cyborg encara Marloes Coenen no dia 13 de julho, pelo Invicta FC (Foto: Editoria de Arte)
Sobre sua próxima adversária, Cris Cyborg já conhece bem o que terá pela frente. Em 2009, ela nocauteou Marloes Coenen pelo Strikeforce, em sua primeira defesa de cinturão na organização. Agora, ela espera repetir a estratégia adotada no primeiro encontro, mas garantiu que está pronta para lutar no chão, caso necessário.
- Já lutei com ela quando eu tinha o cinturão do Strikeforce. Eu ganhei em pé e será a mesma coisa, vou lutar em pé. Se ela quiser levar para o chão, vou para o chão. Pensam que não tenho jiu-jítsu, mas eu treino jiu-jítsu, gosto de wrestling, mas eu amo muay thai. Acho que meus fãs gostam desta luta em pé, então tento buscar o nocaute o tempo todo porque gosto de ficar em pé - analisou.
Ronda Rousey e UFC na mira de Cris Cyborg
Apesar de ter compromisso marcado para o dia 13 de julho, Cris Cyborg não tira o olho do futuro. A luta dos sonhos dela ainda é contra a campeã dos galos do UFC, a americana Ronda Rousey, com quem já trocou farpas pela imprensa e por redes sociais. A brasileira quer lutar nos penas, categoria que não existe no Ultimate para as mulheres, enquanto Ronda deseja que Cris desça para os galos. Porém, Cyborg acredita que ela esteja "correndo" do combate.
Ronda está correndo. Ela poderia subir para fazermos uma superluta"
Cris Cyborg
- Quando ela começou a lutar, lutava na minha categoria, até minha ultima luta, quando fui pega no doping. Acabou essa luta e falei para o matchmaker que queria a Ronda, porque ela sempre falava que queria lutar comigo. Ele falou que ela não estava pronta para lutar comigo ainda. E, a partir do momento em que caí no doping, ela começou a falar de mim, me atingir e nós não podíamos lutar porque eu estava suspensa. Isso foi antes do UFC comprar o Strikeforce. Ela está correndo, porque ela lutava no judô com 72 kg. Por que não pode bater 65 kg para lutar comigo? Acho que isso é correr. Eu nunca bati 61 kg, e ela lutava judô com 72 kg. Ela poderia muito bem subir para fazermos uma superluta - explicou.
Além do combate contra Marloes Coenen, Cris Cyborg ainda tem mais uma luta no contrato com o Invicta FC, que deve ser realizada em setembro. Após este compromisso, a brasileira espera poder, enfim, realizar o sonho de entrar no octógono do UFC.
- Vou lutar de novo em setembro porque tenho três lutas no Invicta e aí acaba meu contrato. Aí meu manager vai ver o que vai acontecer, qual evento vou lutar, se vou continuar no Invicta… Não sei, se o UFC fizer minha categoria, queria lutar lá - concluiu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário