quinta-feira, 4 de julho de 2013

SÃO PAULO

Aloísio pede 'vergonha na cara' e 'bunda no chão' ao São Paulo

Atacante diz que elenco tem se empenhado, mas não o suficiente para vencer os jogos importantes. No domingo, Tricolor pega o Santos

Por Murilo Borges São Paulo
Aloísio entrevista São Paulo (Foto: Gustavo Serbonchini)Aloísio cobra 'vergonha na cara' dos colegas de
time (Foto: Gustavo Serbonchini)
O clima no São Paulo após a derrota por 2 a 1 na primeira partida da final da Recopa Sul-Americana está mais pesado do que o habitual. Pressionado por sair em desvantagem na decisão contra o Corinthians (algoz também na semifinal do Campeonato Paulista) , o Tricolor convive ainda com divergências internas entre comissão técnica, diretoria e elenco. Prova disso é a declaração do atacante Aloísio, um dos que brigam pela posição de titular na equipe.
Sem entrar em polêmica com Ney Franco, que declarou após a derrota para o Corinthians que o time vive uma crise técnica, Aloísio apontou para a suposta "falta de entrega" do time na temporada. Segundo o camisa 19, o São Paulo precisa se doar mais para sair vitorioso em partidas decisivas.
– Está na hora de começar a colocar a bunda no chão, começar a correr e colocar vontade em campo. A gente está tentando, mostrando raça, mas não está adiantando. Tem de ter vergonha na cara porque o São Paulo é um clube grande, não tem de passar por isso – afirmou o atacante, que completou:
Sempre dou meu máximo quando entro em campo. Vergonha na cara eu tenho. Meus companheiros tentam também, mas precisa de mais"
Aloísio
– Sempre dou meu máximo quando entro em campo. Vergonha na cara eu tenho, pode ter certeza. Meus companheiros tentam também, mas precisa de mais. Esse pouco que a gente está fazendo não serve. Precisa de mais.
Por causa dos maus resultados, o atacante até se mostrou compreensivo com as manifestações da torcida nos últimos jogos no Morumbi. Após a derrota desta quarta-feira, um grupo de são-paulinos  voltou a gritar o nome de Muricy Ramalho, técnico tricampeão brasileiro entre 2006 e 2008 e que está desempregado desde que deixou o Santos, há pouco mais de um mês.
– Eu tento proteger meus companheiros, as pessoas que estão ao meu redor. Óbvio que torcedor às vezes tem razão. Uma hora não tem como ajudar como a gente quer. O torcedor paga seu ingresso. Até acho que não teve muita manifestação. Pelo que a gente proporcionou a eles, foi até pouco.
Para Aloísio, a culpa pelas eliminações na temporada (semifinal do Campeonato Paulista e oitavas de final da Libertadores da América) tem de ser dividida de forma igual entre comissão técnica e elenco.
– É 50 a 50. Se a gente está no mesmo barco e ele afundar, vai afundar com todos juntos. Se continuar navegando, vai com todos também. Responsabilidade é de todo mundo. Não tem essa de ficar colocando responsabilidade no Ney ou de alguém colocar na gente, na diretoria. Não ouvi a declaração do Ney, fiquei sabendo pelo assessor de imprensa e outras pessoas, então não tenho o que falar.

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