segunda-feira, 11 de agosto de 2014

"Fatalidade" contra Bomba ajudou Elizeu Capoeira, diz o hoje campeão

Atual detentor do cinturão dos meio-médios do Jungle Fight fez de derrota em 2013 um aprendizado. Ele é só elogios ao seu mestre Cristiano Marcello

Por Rio de Janeiro
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Elizeu Capoeira vive o melhor momento de sua carreira após conquistar o cinturão dos meio-médios (até 77kg) do Jungle Fight. Agora são três vitórias seguidas na maior organização de MMA do planeta, todas por nocaute. E antes dessa ótima sequência houve um duelo que serviu muito de aprendizado para o lutador. Elizeu enfrentou o hoje atleta do UFC Guilherme Bomba no Jungle Fight 54, em junho de 2013, e estava indo bem até ser finalizado com um mata-leão pelo adversário na parte final do segundo round. De acordo com o próprio ele, foi uma fatalidade. Uma fatalidade que o ajudou a evoluir bastante como profissional.
Elizeu Capoeira comemora vitória Jungle Fight (Foto: Fred Pontes/Divulgação)Elizeu Capoeira comemora a conquista do cinturão do Jungle Fight (Foto: Fred Pontes/Divulgação)
- Não existe derrota, e sim aprendizado sempre, a cada luta que você faz, independentemente do resultado. Acredito que foi uma fatalidade. Eu tinha estudado o jogo dele, sabia até com que golpe ele iria começar, mas me perdi um pouco na distância. Ele acabou me atingindo com o direto, e fui surpreendido no começo. Consegui reverter a situação, estava bem, e ele me pegou no pico do cansaço. Fui dar um golpe frontal, um chute circular, ele entrou com um frontal, e eu me desequilibrei. Nessa fatalidade que tive, ele me finalizou. Acabou me pegando no pico de cansaço. Foi uma oportunidade que ele achou, mas acho que eu poderia ter dado mais de mim. Há sempre a possibilidade de você dar o seu melhor. Acredito que tenho muito a melhorar e, infelizmente, ele foi superior naquela oportunidade. Conseguiu colocar o jogo dele e me pegou justamente numa fatalidade. Então, foi mérito dele mesmo - disse ao Combate.com.
Outro fator que contribuiu muito na evolução de Elizeu Capoeira foi, segundo ele, a ajuda de seu mestre, o ex-lutador Cristiano Marcello, que comanda a equipe CM System em Curitiba. O campeão do Jungle Fight está no time há quatro anos.
- O Cristiano significa toda a minha evolução, da minha parte técnica, da parte de amadurecimento como atleta. Quando cheguei, já tinha algumas lutas, era meio cru e não tinha muita visão de jogo, não tinha aquela estrutura de como ser um atleta, e ele me deu todo esse suporte junto dos outros treinadores. Se sou o que sou, com certeza ele tem muito mérito nisso, porque a minha evolução foi graças a ele. Me deu toda a estrutura para eu poder estar no nível que estou hoje. Só tenho a melhorar, tenho muito pela frente, e ele está sempre trabalhando essa minha evolução. Só tenho a agradecer ao Crstiano por tudo que ele tem feito - afirmou.
Elizeu Capoeira (ponta esquerda) e toda a equipe CM System (Foto: Arquivo pessoal)Elizeu (na ponta esquerda) e toda a equipe CM System (Foto: Arquivo pessoal)
Elizeu Zaleski dos Santos, mais conhecido como Elizeu Capoeira por conta de sua origem na arte marcial brasileira, tem o objetivo comum de quase todos os lutadores: entrar no UFC. Mas diz que também lhe agradaria fazer uma defesa de cinturão no Jungle. O que ele mais quer, na realidade, é curtir o momento e não deixar que passe rápido.
- Para mim é um sonho, um objetivo que eu venho traçando desde que entrei no Jungle Fight. Venho trabalhando com a equipe, focando, investindo, então é a realização de um sonho conquistar o citurão do maior evento de MMA da América Latina. A vontade de estar em voos maiores é grande. Pretendo lutar no UFC, logicamente, mas também gostaria de defender meu cinturão. Mantenho meus pés no chão e tenho de estar bem focado e preparado para fazer boas apresentações - finalizou.

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