quinta-feira, 28 de maio de 2015

Eurico desqualifica boicote na base e evita opinião "precipitada" sobre Marin

Presidente do Vasco chama de ciganos dirigentes que defendem exclusão de clube de torneio sub-17 e diz que vai esperar investigações sobre escândalos na Fifa

Por Rio de Janeiro
Eurico Miranda, apresentação Riascos, Vasco (Foto: Paulo Fernandes/vasco.com.br)Eurico Miranda não acredita na força do Movimento do Futebol de Base (Foto: Paulo Fernandes/vasco.com.br)
O escândalo envolvendo dirigentes da Fifa, entre eles Jose Maria Marin, ex-presidente da CBF, preso nesta quarta-feira, movimentou o mundo nos últimos dias. Ciente do ocorrido e das acusações, Eurico Miranda preferiu não opinar por enquanto. De acordo com o presidente do Vasco, qualquer tipo de manifestação formada sem total esclarecimento do caso é oportunista e sem credibilidade. 
- Qualquer opinião que se dê é precipitada, uma opinião de quem já tem uma posição a favor ou contra e aproveita o momento. Eu tenho opinião, mas em relação a um episódio desses que tem algumas pessoas envolvidas, enquanto não estiver suficientemente esclarecido, não vou dar. Mas se quer saber o que representa em relação ao futebol, é outra coisa. Quando algo desse tipo acontece, só traz prejuízo. Emitir uma opinião de fulano preso, ciclano preso... Estou aguardando para poder falar. 
Eurico aproveitou a apresentação do colombiano Riascos, reforço da equipe, para comentar o polêmico caso envolvendo o jovem Paulo Vitor que, de acordo com o Movimento do Futebol de Base, teria sido aliciado pelo clube cruz-maltino, saindo do Fluminense a caminho de São Januário. Com isso, os clubes cariocas foram proibidos pela Ferj de disputar a Taça BH sub-17. O presidente não só criticou a postura, como destacou não reconhecer a organização. 
- Tomei conhecimento de que em relação à Taça BH, o Vasco seria desconvidado, que o movimento de base estava achando que era isso. Um dos grandes problemas do futebol brasileiro é ter movimentos e organizações paralelas. O que eles chamam de movimento de base não tem nada a ver. Fora da legislação, fora do que é institucional. Quem participa, normalmente, são nômades ou ciganos. Sem ter nada contra os ciganos. Mas são pessoas que hoje estão aqui, amanhã ali. Infelizmente são pessoas que têm interesses. Se não foram empresários, passam a ser. Eu não reconheço esse movimento. Tem uma mídia boa, jogam as notícias que a CBF estaria indenizando. Nada disso procede. A situação é que participo das competições oficiais e não reconheço movimento de base. 
Eurico fez referência à reportagem do blog "Na base da bola", que acompanhou o caso desde o início e publicou esta semana um acordo entre CBF e Fluminense. O Vasco planeja contra-atacar e mostrar, com documentos, que não aliciou o jogador Paulo Vitor. O clube ainda quer expor informações a respeito dos organizadores do movimento. Na primeira vez em que se manifestou a respeito do tema, o presidente também fez questão de explicar a situação de Paulo Vitor, que, segundo ele, manifestou o desejo de deixar o Fluminense e retornar ao Vasco. 
- Ele esteve no Vasco durante quatro anos e meio, foi formado aqui. No Fluminense tem Kenedy e Marlon, que saíram daqui e foram para lá. Acho correta a saída do jogador amador, tem o direito de ir para onde quiser ir. Não tem contrato. O Paulo Vitor foi para lá, não tinha contrato de formação, tinha ajuda de custos do jogador, que acho que não recebia há seis meses. Não tinha sido registrado. O jogador manifestou o desejo de vir para cá. Ninguém procurou, ele que manifestou. Não foi ninguém da base, ou fora da base. Nenhum jogador vem para o Vasco se não tiver a minha autorização. Fui consultado e disse que tudo bem.
* Estagiário, sob supervisão de Raphael Zarko.

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