"Vamos, vamos, Chape!": flashback embala emocionante festa do título no vestiário

Canto que marcou campeões da Sul-Americana é entoado após conquista da Taça Sandro Pallaoro no vestiário da Arena Condá em comemoração com banho em Vágner Mancini

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Por Cahê Mota, Chapecó, SC

16/04/2017 06h00  Atualizado há 1 hora

Jogadores da Chapecoense comemoram título do segundo turno no vestiário

Passado e presente juntos, em uma só voz, em um cenário sagrado para Chapecoense. O primeiro título após 29 de novembro seria emocionante por si só. Potencialize, e muito, isso quando o troféu é batizado de Sandro Pallaoro, conquistado na Arena Condá, e celebrado aos gritos de "Vamos, vamos, Chape!" no vestiário. A vitória por 2 a 0 sobre o Joinville foi somente pano de fundo para um flashback libertador para o futuro do Verdão. Uma festa com ode aos que se foram e boas perspectivas para os que agora estão no clube.

Na privacidade do vestiário da Arena Condá, o elenco campeão deu banho no treinador Vagner Mancini, recebeu os parabéns do presidente Maninho e ouviu um recado: "Vocês escreveram a primeira página da história de vocês na Chapecoense". História que passa muito pelo legado dos que morreram em Medellín. Tanto que a trilha sonora da comemoração não podia ser diferente. Logo depois dos gritos de "É campeão", a cena marcante dos gritos de "Vamos, vamos, Chape!", que correram o mundo na festa da classificação para final da Sul-Americana, se repetiu com novas vozes, novos personagens, mas a mesma emoção.

- Cantar novamente dentro desse vestiário tem muito valor. É muita história, muita lembrança boa. É uma nova história que estamos escrevendo, mas gosto de pensar que estamos continuando o que nossos amigos fizeram tão bem. Com bastante humildade e trabalho, vamos continuar com o sucesso da Chape, que já vem de um bom tempo - definiu Túlio de Mello.

No vestiário, jogadores posaram com a taça do segundo turno do Catarinense (Foto: Reprodução/Instagram)

Vagner Mancini também buscou olhar para frente, ressaltou a importância de consolidar o recomeço com o título estadual, contra o Avaí, mas não tinha como desvencilhar a conquista das vítimas do acidente aéreo:

- O segundo turno tinha um peso muito grande para gente por causa da Taça Sandro Pallaoro. Tinha que ficar aqui. É uma campanha que você passa a observar uma Chapecoense que viveu um drama e se entrega em campo. Quem chegou, incorporou o espírito da cidade, o espírito da Chapecoense.

Classificada para final do Catarinense com uma rodada de antecedência, a Chapecoense agora muda o foco para Libertadores. Terça-feira, o rival será o Nacional, do Uruguai, às 21h45 (de Brasília), na Arena Condá, pela terceira rodada do Grupo 7.