quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Expulso, Ramírez aumenta lista de vilões do Timão em Libertadores

Peruano se junta a Guinei, Alexandre Lopes, Coelho, Roger, Kléber, Moacir e outros na triste história do Corinthians no principal torneio sul-americano

Por Carlos Augusto Ferrari Direto de Ibagué, Colômbia
Luis Ramírez precisou de um minuto para entrar negativamente para a história do Corinthians na Taça Libertadores com a expulsão diante do Deportes Tolima-COL. Mas ele não é o único a participar do farto retrospecto de tragédias alvinegras na maior competição das Américas. Em nove participações, quase sempre algum jogador ficou marcado por colaborar para que o tão sonhado título não fosse conquistado.
Na sua estreia no torneio sul-americano, em 1977, o Corinthians foi eliminado logo na primeira fase, mas sem vilões.
Entretanto, 14 anos depois, a queda custou caro ao zagueiro Guinei. Ele falhou em dois gols na derrota por 3 a 1 para o Boca Juniors, em Buenos Aires. Em São Paulo, já em missão complicada, voltou a errar e os times empataram por 1 a 1. Adeus, título.
Campeão da Copa do Brasil de 1995, o Corinthians chegou cheio de esperança à Libertadores do ano seguinte. Mas, quando parecia embalar, encontrou o Grêmio pela frente. Jogando em São Paulo, os gaúchos fizeram 3 a 0 e garantiram a classificação - mais tarde seriam campeões. Naquela noite, o zagueiro Alexandre Lopes errou uma cabeçada para trás e Paulo Nunes marcou. Era o fim da passagem do defensor pelo Parque São Jorge.
guinei corinthians (Foto: Agência Estado)O zagueiro Guinei, em destaque, foi o vilão da
Libertadores de 1991(Foto: Agência Estado)
Três anos mais tarde, o Timão voltava às quartas de final com um elenco recheado de estrelas. O sonho do título estava cada vez mais vivo, porém, o arquirrival Palmeiras estava no caminho. Depois de uma vitória para cada lado por 2 a 0, Vampeta e Dinei perderam as cobranças de pênaltis e, mais uma vez, o Alvinegro se despediu.
Em 2000, a história se repetiu, agora nas semifinais. Lá estava o Palmeiras de novo pela frente. O Timão venceu a primeira batalha por 4 a 3, mas perdeu a segunda por 3 a 2. E, assim, vieam os pênaltis. Todos converterem até que Marcelinho Carioca, o maior ídolo do clube nas últimas décadas, parou nas mãos de Marcos.
Já em 2003, nas oitavas, o Corinthians encarou River Plate. O Timão vencia o primeiro jogo, na Argentina, quando o lateral-esquerdo Kleber foi expulso de campo. Resultado: virada dos hermanos no Monumental de Nuñez. Não parecia ser o fim do mundo para o segundo duelo, mas o substituto na lateral esquerda, Roger, se empolgou, fez falta dura em D’Alessandro depois dos gritos de “pega, pega, pega” do técnico Geninho e também recebeu o cartão vermelho. O River venceu novamente por 2 a 1, e os paulistas ficaram com as lágrimas.
Kleber treino Corinthians arquivo (Foto: Arquivo / Diário de São Paulo)Após expulsão de Kleber, Timão foi derrotado pelo River Plate em 2003  (Foto: Arquivo / Diário de São Paulo)

A temporada 2006 também trouxe o seu vilão. O adversário era o mesmo River Plate, outra vez nas oitavas de final, com decisão no Pacaembu. Em uma noite em que a torcida tentou invadir o gramado para agredir os jogadores, o lateral-direito Coelho, até então promissor vindo das categorias de base, marcou um gol contra de cabeça e caiu em desgraça.
Nem mesmo a era Ronaldo escapou de ter alguém marcado. O lateral-direito Moacir foi o escolhido depois de cometer o pênalti que culminou na derrota para o Flamengo por 1 a 0, no Maracanã, pelas oitavas, no ano passado (assista ao ao lado). Em São Paulo, o Timão venceu por 2 a 1, mas o gol sofrido no Pacaembu derrubou a equipe de Mano Menezes. Até hoje, mesmo com algumas atuações regulares, o ala não escapa das vaias.
Cachito Ramírez, que chegou há quase um mês, fez apenas seu segundo jogo com a camisa do Corinthians e ganhou uma expulsão bastante dolorosa ao acertar uma cotovelada em Chará, do Tolima, um minuto depois de ter pisado no campo. Tite tentou defender o atleta.
- Não vou falar sobre atletas individualmente. Não vou expor ninguém de forma pública por mais que exista pressão para isso - disse.
Mas a Fiel não costuma esquecer...

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