sexta-feira, 11 de março de 2011

Brasileiro fica impressionado com calma dos japoneses após tremores

‘Vi poste balançando como se fosse árvore com o vento’, conta o atacante Bruno Lopes, ex-Vila Nova-GO

Por GLOBOESPORTE.COM Niigata, Japão
O atacante Bruno Lopes, que chegou ao Albirex Niigata, do Japão, este ano, demorou a acreditar que estava vivenciando o perigo de um terremoto pela primeira vez em sua vida. O brasileiro não ficou impressionado apenas com a dimensão dos problemas causados pelo fenômeno e se mostrou surpreso com a maneira com que os japoneses estão lidando com a tragédia.

- Me impressionou bastante ver que os japoneses não se abalaram. Continuaram normalmente, andando com tranquilidade nas ruas, de carro, como se fosse algo normal – destacou em entrevista à Rádio 730, de Goiânia.
Terremoto Tsunami Japão (Foto: Reuters) Tremor foi o sétimo pior da história do planeta (Foto: Reuters)
O jogador sentiu no próprio corpo a força do terremoto que atingiu a costa nordeste do país nesta sexta-feira, matando pelo menos 337 pessoas e gerando um tsunami.

- Eu tinha acabado de chegar do treino e de repente senti uma tontura. Fechei os olhos e quando abri, vi tudo tremendo, cortinas, móveis, o apartamento todo. Não fiquei com medo na hora, porque a ficha demorou a cair. Vi poste balançando como se fosse árvore com o vento. O intérprete do clube me telefonou e falou para pegar uma muda de roupa e sair de casa. O preparador de goleiros mora aqui perto e também nos falamos. Quando desci do prédio, vi que havia algumas coisas quebradas na rua, mas nada muito grave – revelou.
Apesar de estar distante da região mais afetada pelo abalo, que marcou 8,9 graus na escala Ritcher (o maior já registrado no Japão e o sétimo da Terra), o atacante lembrou que os tremores continuaram gradativamente.

- Estamos distantes do epicentro do terremoto, mas mesmo assim sentimos bastante o tremor. A cada dez minutos ainda dava para sentir tremer um pouco. A sacada do meu prédio tem algumas rachaduras – completou.
Pedro Júnior, do Tóquio FC, admite que ficou com vontade de deixar o Japão.
- A primeira vontade que dá é a de voltar para o Brasil. A nossa vida profissional aqui é bem melhor, mas às vezes ficamos com medo. Foi algo inexplicável, tremia de cinco em cinco minutos - lembrou.
O atacante Edmilson, do Urawa Reds, vive na cidade de Saytama há quatro anos, já havia vivenciado um terremoto, mas ainda não consegue manter a mesma tranquilidade dos japoneses.
- É o segundo terremoto que pego aqui no Japão. O primeiro, em 2004, chegou a 7.1. É uma experiência que ninguém quer ter. O tremor foi muito forte, e isso é uma coisa que nos preocupou muito, mas está tudo bem. Tenho amigos em outros lugares e tivemos respostas de que está tudo bem – afirmou em entrevista ao Arena SporTV.

 

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