domingo, 3 de abril de 2011

Acampados, fãs comparecem em peso e movimentam provas da Nascar

Colinas dentro do complexo de Martinsville lotam de motorhomes, mesmo com temperatura de 5ºC. Lojinhas, cachorros-quentes e autógrafos fazem sucesso

Por Rafael Lopes Direto de Martinsville, EUA
Nos Estados Unidos, a Nascar é uma paixão nacional. Além de ser um dos esportes que mais dá audiência na televisão, a maioria dos ingressos, que valiam entre US$ 25 e 77, é vendida com boa antecedência para um público que costuma acampar na quinta-feira antes da corrida e só deixar o local no fim da tarde de domingo, após a bandeirada. Em Martinsville, encravada no interior do estado da Virginia, não é diferente: com capacidade para 35 mil torcedores, as colinas ao redor do speedway, inaugurado há 64 anos, estavam lotadas de motorhomes desde a manhã de sexta-feira.
Trailers do público acampados em uma das colinas do circuito nascar (Foto: Rafael Lopes/Globoesporte.com)Trailers do público em uma das colinas do circuito Nascar (Foto: Rafael Lopes/Globoesporte.com)
E neste período, algumas coisas são impressionantes. Todas as pistas têm um local reservado para os pilotos de todas as três divisões da categoria (em Martinsville correm apenas duas) atenderem aos pedidos dos fãs. Certos torcedores sequer vêem os treinos, ficam de plantão com suas camisas, casacos e miniaturas na espera de seus ídolos para um autógrafo. Tudo isso sob uma temperatura por volta de 5ºC e com um vento forte e gelado. Tarefa para apaixonados.
Público faz compras em uma das lojinhas em Martinsville nascar (Foto: Rafael Lopes/Globoesporte.com)Público faz compras em uma das lojinhas em
Martinsville (Foto: Rafael Lopes/Globoesporte.com)
O público dos motorhomes, por sua vez, costuma se divertir fazendo seus churrascos em suas posições na área do autódromo. E tudo isso regado à muita cerveja, claro. Outro grande sucesso entre os fãs é o famoso cachorro-quente de Martinsville, que é temperado com chili e com o coleslaw, feito de repolho e colocado em cima do pão. Além disso, tem uma salsicha de cor rosa.
Uma bomba calórica que custa apenas US$ 2 e o público adora. As barraquinhas de comida, responsáveis pela venda do tradicional sanduíche, sempre tinham uma fila grande. Pelo menos 50 mil unidades são preparadas e devoradas em fins de semana de corridas.
Além da comida, mais de 30 caminhões, levados pelas equipes e pela Nascar, vendiam produtos licenciados da categoria. Todos os tipos de mercadoria são vendidos nestes locais, de ursos de pelúcia e toalhas de banho a camisas dos pilotos e miniaturas dos carros. O estoque é grande, mas na tarde de sábado, por exemplo, poucos minutos antes da primeira corrida do fim de semana, da Truck Series, alguns itens já estavam esgotados.
Para completar, réplicas dos carros de vários pilotos ficam expostos na entrada do circuito, em tendas de patrocinadores. Além de tocar nos modelos e tirar fotos, os fãs ainda podem entrar em promoções para ganhar brindes da Nascar. Um dos prêmios era uma série autografada de capacetes dos primeiros colocados de 2010. Resultado: várias filas no estande.
- As corridas nem sempre foram este grande sucesso de hoje. Sei que tivemos de trabalhar duro para fazer com que as visitas dos fãs se tornassem a melhor experiência possível. Se criarmos boas memórias, eles continuarão vindo. Cresci aqui, participei de todas as funções e aprendi este negócio de meu avô. Amo este lugar e quero fazê-lo bem-sucedido. Precisamos continuar a trabalhar duro para os fãs - diz Clay Campbell, presidente do Martinsville Speedway.

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