quinta-feira, 14 de abril de 2011

No aniversário de 99 anos, Santos vence e ressurge na Libertadores

Com grande atuação de Ganso, Peixe bate o Cerro Porteño por 2 a 1 no Paraguai e se aproxima das oitavas de final da Libertadores

por Adilson Barros
Feliz aniversário, Santos e santistas. No dia em que completa 99 anos, o Peixe renasceu na Taça Libertadores, com uma vitória por 2 a 0 sobre o Cerro Porteño-PAR, nesta quinta-feira à noite, no estádio General Pablo Torres, em Assunção. Com o resultado, o Alvinegro Praiano depende agora de uma vitória sobre o já eliminado Deportivo Táchira-VEN, no Pacaembu, quarta-feira que vem, para passar às oitavas de final. Nada mal para quem estava em situação bastante delicada antes do início da partida.
O Peixe vai a oito pontos. Segue em terceiro lugar, mas está empatado com o Cerro, que vai precisar vencer o Colo Colo-CHI, na próxima rodada, no Chile. Ou seja: o time alvinegro depende apenas de si, já que os dois rivais diretos - Colo Colo e Cerro - terão o confronto direto na última rodada.
Foi a primeira vitória do Santos sob o comando de Muricy Ramalho. Foi também a grande atuação do Peixe na Libertadores deste ano. Pela primeira vez, o Santos se mostrou um time - com força na defesa, um meio de campo pegador e que soube valorizar a posse de bola. O Peixe perdeu até a chance de golear, tamanha a quantidade de chances criadas e desperdiçadas, principalmente com Maikon Leite. E olha que o time atuou desfalcado de Elano, Neymar e Zé Eduardo, todos suspensos.
Calmo, Peixe marca, mas perde boas chances
Nada de tensão, jogada equivocadas, aqueles passes errados causados pelo nervosismo. Uma calma recaiu sobre o time santista no primeiro tempo. Nem parecia que o time jogava a partida mais importante do ano. Bem posicionado em campo, o time ocupou bem os espaços, cercou o Cerro Porteño, criou chances de gol e praticamente não foi ameçado.
A presença de Arouca, que não jogava desde o dia 20 de fevereiro, contra o Corinthians, por causa de lesão, deu um maior dinamismo ao meio de campo santista. Ele e Danilo, além de marcarem muito bem, saíam para o jogo, confundindo a marcação adversária. Paulo Henrique Ganso dava um toque de classe, com boas enfiadas de bola, ainda que tenha errado alguns passes, mas nada que comprometesse a sua atuação.
O Cerro só chegava em chutes de fora. Num deles, Fabbro, aos 8, assustou Rafael, cobrando falta da intermediária, com muita força no pé direito. O goleiro santista espalmou. Foi um lance isolado. O Santos continuava melhor e abriu o placar aos 11 minutos. Danilo recebeu na meia direita, cortou o marcador e mandou uma bomba de esquerda, acertando o ângulo de Barreto. Um golaço que premiou a boa participação do volante na partida.
Danilo comemora gol do Santos contra o Cerro Porteño (Foto: AP)Danilo comemora seu golaço pelo Santos contra o Cerro Porteño no Paraguai (Foto: AP)

Os paraguaios seguiam errando passes e dando espaços ao Santos, que começou a desperdiçar chances. Aos 25, Arouca arrancou livre pela direita, passou para Ganso que, de primeira, abriu para Jonathan cruzar. O passe foi para trás, por baixo, para Danilo. O volante, desmarcado, recebeu de frente e chutou de esquerda. Um chute muito mais simples que o que ele acertou no lance do gol. Dessa vez, porém, ele mandou por cima.
Aos 31, o Santos perdeu Diogo, que voltou a sentir dores nas costas. Maikon Leite entrou na equipe e tratou logo de perder mais uma chance incrível. Após bom lançamento de Keirrison, aos 38, o atacante, bem a seu estilo, partiu em velocidade, driblou o goleiro Barreto e chutou para o gol. O arremate não foi muito forte e o zagueiro Cardozo conseguiu salvar em cima da linha.
A partir desse lance, o Cerro adiantou sua marcação e passou a rondar mais a área santista. Mas errou passes e cruzamentos demais.
O Santos continuou mandando no segundo tempo. Maikon Leite jogava com total liberdade aberto pelo lado direito e foi acionado logo aos 3 minutos. Ganso roubou a bola no meio de campo e lançou o atacante, que partiu em velocidade e chutou. O arremate não foi lá muito potente. O goleiro Barreto chegou a bater na bola, mas não foi o suficiente para tirá-la do rumo das redes.
Peixe amplia
Arouca na partida do Santos contra o Cerro Porteño (Foto: AP)Arouca não jogava desde fevereiro, mas foi muito
bem no Paraguai (Foto: AP)
Jogando como se estivesse casa, com extrema tranquilidade, sem desperdiçar a posse de bola, o Peixe tinha a partida na mão. O que era para ser complicado demais, tornava-se simples. A superioridade alvinegra era tamanha que até o volante Adriano dava chapéu no meio de campo.
Aos 17, o Santos teve mais uma grande chance. Maikon recebeu de Ganso, ainda no campo de defesa, e partiu em velocidade, entrou na área e chutou forte. Barreto espalmou.
Diante da superioridade santista e vendo seu time totalmente batido em campo, a torcida do Cerro perdeu a paciência. Uma pedra chegou a ser atirada no gramado.
As chances de gol do Santos iam se multiplicando. Maikon Leite perdeu pelo menos três oportunidades claras. Aos 48 minutos do segundo tempo, Benitez descontou para o Cerro. Mas foi só um susto.
cERRO PORTEÑO-PAR 1 x 2 SANTOS
Barreto, Piris, Cardozo, Benítez e Formica (Iturbe); Burgos, Villarreal, Rojas (Nuñez) e Torres (Lucero); Fabbro e Nanni. Rafael, Jonathan, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Arouca (Pará), Danilo e Paulo Henrique Ganso; Diogo (Maikon Leite) e Keirrison (Alex Sandro)
Técnico: Leonardo Astrada. Técnico: Muricy Ramalho.
Gol: Danilo, aos 11 minutos do primeiro tempo; Maikon Leite, aos 3 minutos, e Benitez, aos 48 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Burgos e Cardozo (Cerro); Adriano e Arouca (Santos).
Data: 14/04/2011. 
Árbitro: AMartín Vázquez, auxiliado por Carlos Pastorino e William Casavieja (todos do Uruguai)
Local: Estádio General Pablo Rojas, em Assunção-PAR$ ,00.

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