sábado, 10 de setembro de 2011

Atolados no Z-4, América-MG e Avaí empatam diante de 734 pagantes
Resultado é péssimo para os dois lados. Coelho, que fez 2 a 0 na etapa inicial, permanece na lanterna, enquanto catarinenses estão em 18º lugar 
A CRÔNICA
por Leonardo Simonini
Parecia que o América-MG deixaria, pelo menos momentaneamente, a lanterna do Campeonato Brasileiro. Com um futebol envolvente e rápido, o time da casa abriu logo 2 a 0 no placar, com gols de Gílson e André Dias. Ainda no primeiro tempo, o time teve chances de fazer mais, mas acabou parando no goleiro Felipe. Acomodado na etapa final, o time de Givanildo Oliveira permitiu a reação do Avaí que, após boas mexidas de Toninho Cecílio, conseguiu chegar ao empate nos 15 minutos finais, com gols de Willian e Cleverson.
A torcida (ou a falta dela) também chamou a atenção na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Foram apenas 734 pagantes, para uma renda de R$ 5.265,00. É o segundo pior público da competição - o menor é de 632 testemunhas, também em jogo do América-MG como mandante, contra o Coritiba, na 13ª rodada.
O empate deixa o Coelho na lanterna por mais uma rodada, agora com 18 pontos, com distância da 16ª posição de seis pontos. Mas a desvantagem pode aumentar com o complemento da rodada neste domingo. Do lado catarinense, apesar das circunstâncias do jogo, o Avaí não pode comemorar muito o ponto conquistado já que, com 21, permanece na 18ª posição na tabela.
Os dois times agora voltam a campo no domingo, dia 18. Às 16h (de Brasília), o Avaí recebe o Palmeiras, na Ressacada. Já o Coelho tem o clássico estadual contra o Cruzeiro, às 18h, mais uma vez na Arena do Jacaré.
Esse é o lanterna?
Com a corda no pescoço e jogando em casa, o Coelho se mandou para o ataque desde o início do jogo. Com o esquema 3-5-2 consolidado e alas - Marcos Rocha e Gílson - muito ofensivos, o time de Givanildo deixou o Leão acuado no campo de defesa, evitando o gol do jeito que dava.
Mas a disposição americana não demorou a ser premiada. Logo aos 8 minutos, André Dias tabelou com Gílson, que saiu numa boa pela esquerda do ataque. Mesmo sem jeito, o jogador canhoto bateu cruzado de direita e conseguiu mandar no cantinho de Felipe. Festa da minúscula torcida do Coelho presente ao estádio.
Sem forças para reagir e com os responsáveis pela criação, Lincoln e Pedro Ken, pouco inspirados, os catarinenses assistiam ao amplo domínio dos donos da casa. Com boa variação de jogadas pelos lados, o América-MG quase ampliou em jogada pela direita. Marcos Rocha chegou ao fundo e cruzou para trás, mas André Dias, livre, errou o alvo.
O Coelho dominava as ações. Após sequência de escanteios venenosos cobrados por Amaral, saiu o segundo gol. Micão subiu mais que a defesa na primeira trave, deu uma leve desviada na bola, que achou o pé esquerdo de André Dias: 2 a 0.
O jogo era corrido, com poucas faltas, mas enquanto o Avaí havia feito apenas três, o Coelho já tinha parado a partida em oito oportunidades. Já no número de finalizações, equilíbrio: nove dos mineiros contra sete dos catarinenses. E cada equipe teve mais uma chance no primeiro tempo. Rafael Coelho deu belo giro dentro da área e parou no goleirão americano. Como resposta, Marcos Rocha invadiu a área pela direita, soltou um petardo, mas Felipe voou no ângulo para espalmar e deixar o placar em 2 a 0 na primeira etapa.
Acomodação e reação
Na volta do intervalo, Toninho Cecílio sacou o nulo Pedro Ken para a entrada de Batista no Avaí. O primeiro tempo do meia foi tão ruim que o técnico preferiu substituí-lo por um volante, e assim, Róbson ganhou mais liberdade. Já Givanildo Oliveira teve que fazer uma substituição de ordem médica, já que Willian Rocha sentiu o músculo da coxa e deu lugar ao experiente Anderson no time da casa.
A vantagem no placar, aliada ao pouco poderio ofensivo do Avaí, fez com que o América-MG se acomodasse na partida. Com exceção do meia Rodriguinho, que sempre criava boas jogadas, a partida nem de longe lembrava o movimentado primeiro tempo.
A esta altura, Toninho Cecílio tinha perdido a paciência com Rafael Coelho e mandado a campo o gringo Estrada, enquanto Givanildo sacou André Dias e colocou o veloz Léo, pensando em jogar nos contragolpes.
As mudanças feitas pelo técnico do Avaí deram certo. Estrada arriscava chutes que levavam muito perigo ao gol de Neneca. E com muito espaço em campo, o Leão conseguiu diminuir. Lincoln, na primeira jogada de um meia autêntico, recebeu na meia-lua e deu a bola limpa para Willian dentro da área. O artilheiro não perdoou e, na saída de Neneca, diminui o placar.
E o empate não demorou a acontecer. Assustado com o gol sofrido, o Coelho parou de jogar e permitiu a igualdade. Após escanteio, Cleverson subiu livre na segunda trave, e mesmo sem ângulo, conseguiu marcar de cabeça.
O empate desmoronou o time da casa, que por muito pouco não sofreu a virada do Avaí. No fim, um resultado ruim para quem luta para seguir na elite em 2012.
 

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