sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Discreto, Cristóvão diz que não quer assumir o posto de protagonista

Treinador interino do Vasco afirma que não pensa seguir carreira solo e que Ricardo Gomes ainda não está ajudando a escalar o time

Por Fábio Leme Rio de Janeiro
Cristovão no treino do Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco da Gama)Cristovão diz ter ciência de sua responsabilidade
(Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
Auxiliar de Ricardo Gomes até o técnico ter um acidente vascular cerebral (AVC), Cristóvão passou a ser o comandante principal do Vasco em uma situação que não queria e com a responsabilidade de tentar manter o time de São Januário entre os melhores do Brasileiro. No momento, é o líder com 49 pontos.

Com o jeito sereno e as vitórias conquistadas, a tempestade foi virando calmaria e hoje o comandante pode desfrutar de certa tranquilidade. Mesmo mantendo a nau vascaína em seu curso inicial, Cristóvão não acha que deixou o papel de coadjuvante.

- Não me sinto protagonista. Meu sentimento foi de ter recebido uma missão complicada, de uma maneira complicada e que eu tinha que fazer o melhor para que as coisas seguissem da maneira como estavam. Esse é meu papel, é assim que eu me sinto e estou muito contente de estar conseguindo. Isso veio graças à união de todos no clube, mais a torcida.

Com a melhora acentuada de Ricardo Gomes, o tempo de Cristóvão à frente da equipe pode estar mais próximo do fim. Se para muitos a chance de dirigir um time de ponta é um objetivo, para Cristóvão a carreira solo não desperta muita euforia.

- Neste momento não, e estou muito certo disso. Eu fico contente, feliz, mas tenho uma clareza da minha condição, do que eu estou fazendo aqui, do que eu preciso fazer. Isso é definido e é muito claro para mim. A minha felicidade é de estar conseguindo isso (os objetivos), assim como os jogadores. No começo, nós falamos que precisaríamos continuar nesse rumo, fazendo boas campanhas. O Ricardo (Gomes) gostaria que fizéssemos isso e é o que estamos fazendo – declarou Cristóvão, que ainda não conta com a ajuda do amigo para montar o Vasco nos jogos.

- Quando nós estávamos trabalhando no Fluminense, em um jogo em Curitiba, onde estava muito frio, ele não estava legal e eu dirigi o time. Naquela ocasião, ele falou: “Faz do seu jeito”, agora é a mesma coisa. Nesse momento, isso é o menos importante para ele. Ele não tem essa preocupação. Quando eu pergunto alguma coisa sobre o time, ele não faz a menor questão de responder (risos).

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