sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Diante de um velho conhecido, uma festa já armada e a espera pelo fim do jejum


qui, 20/10/11
por lucasloos7 |
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Nova Zelândiz x FrançaDe um lado, a seleção da casa, considerada a mais forte da atualidade, vinda de uma campanha brilhante, com direito a vitória irretocável sobre o maior rival nas semifinais – no duelo que era considerado uma espécie de decisão antecipada, contra a Austrália – e sonhando com o fim de um jejum. Do outro, uma equipe desacreditada (que, inclusive, perdeu para os anfitriões na primeira fase, além de um outro duro revés para Tonga, equipe que sequer avançou às quartas de finais), em busca do seu primeiro título. Esta é a síntese da decisão da Copa do Mundo de Rúgbi, entre Nova Zelândia e França, que acontece neste domingo, no Eden Park, em Auckland.
Empurrado por uma população de pouco mais de quatro milhões fanáticos por rúgbi, o All Blacks chega à final com status de grande favorito. Um tropeço diante da França sequer é cogitado pelos kiwis, e a festa já está preparada. E não é pouca coisa que vem por aí. Afinal, eles encaram um jejum de 24 anos sem título na principal competição do esporte mais popular do país e têm tudo para conquistar o bi dentro de casa, após seis triunfos impecáveis nos seis jogos na competição. A conquista é uma ideia fixa na cabeça de dez em cada dez neozelandeses.
Para que não ocorra uma frustração do tamanho do mundo, o All Blacks terá que passar ainda pelos franceses. Apesar da campanha irregular do rival (com derrotas para Nova Zelândia e Tonga na primeira fase e uma classificação suada nas semis diante do azarão País de Gales), a seleção europeia não quer nem saber da festa kiwi. Espalhados por todos os lados de Auckland, os franceses fanáticos por rúgbi garantem que o esporte da bola oval é quase tão popular no país da Torre Eiffel quanto o futebol, e essa é mais uma chance que eles têm de conquistar, enfim, seu primeiro título na Copa do Mundo da modalidade.
Rivalidade de longa data no retrospecto de cada equipe
Única das grandes forças do rúgbi sem título mundial, a França já bateu na trave duas vezes: primeiramente em 1987, ano em que foi vice após perder justamente para os neozelandeses por 29 x 9, e depois em 1999, quando foi derrotada na final para a Austrália (o detalhe  é que nesse ano foi a vez de os franceses tirarem o All Blacks da competição, em duelo válido pela semifinal).
All Blacks HakaA rivalidade entre França e Nova Zelândia no esporte não para por aí. As seleções se enfrentaram também nas últimas três edições da competição (2003, 2007 e 2011), sendo que as duas primeiras resultaram em eliminação. Em 2003, os kiwis levaram a melhor no duelo pela disputa de terceiro lugar. Em seguida, foi a vez de os europeus darem o troco nas quartas de final. Os franceses, no entanto, tiveram que se contentar com o quarto lugar nesta mesma edição. Agora, por sua vez, as equipes caíram na mesma chave da primeira fase, e os neozelandeses não deram chance aos rivais.
Com isso, falta falar do desfecho de cada equipe nas Copas de 91 e 95 – únicas edições em que os rivais não estiveram frente a frente num mata-mata. No ano em que defendeu o seu único título, o All Blacks caiu nas semis e fechou a competição na terceira colocação após derrotar a Escócia, enquanto a França foi eliminada nas quartas. Em 95, a Nova Zelândia novamente foi mais longe que os rivais. O All Blacks caiu na decisão diante da África do Sul, e a França terminou como a terceira melhor.
Outras finais
Após a primeira decisão da Copa do Mundo de Rúgbi, vencida pela Nova Zelândia sobre a França, em 87, outras cinco finais puderam ser assistidas. Na primeira dessas, em 91, foi a vez de a Austrália, maior rival dos kiwis na modalidade, levantar sua primeira taça ao bater a Inglaterra por 12 x 6. A edição seguinte parou na África do Sul, em torneio que deu origem ao filme Invictus. E, como toda boa história, os donos da casa levaram a melhor, após derrotarem o All Blacks na final por 15 x 12.
A Austrália faturaria seu segundo caneco oito anos vencer pela primeira vez. A vítima da vez foi a França, que teve que contentar-se com seu segundo vice após o revés por 35 x 12. Os australianos, porém, sentiram o amargo sabor da derrota quatro anos depois, quando tombaram diante da Inglaterra na decisão de 2003: 20 x 17. Por fim, na vez em que os franceses atuaram em casa, os sul-africanos foram novamente os donos da festa: vitória por 15 x 6 sobre a Inglaterra. Agora, no entanto, é a vez de os franceses tentarem surpreender e jogar água no chope rival. Façam suas apostas.

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