sábado, 29 de outubro de 2011

Em clima de 'final', Lusa bate Ponte Preta está perto do título da Série B

Agora, a Portuguesa precisa de apenas uma vitória sobre o Criciúma, na próxima terça, para garantir a taça sem depender de outros resultados

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Depois de garantir uma vaga na elite nacional, a Portuguesa deu um grande passo para a conquista do título da Segundona, nesta sexta-feira, ao superar a Ponte Preta por 2 a 1 (assista aos gols). O duelo entre a líder e a vice teve cara de final, decidida por Ananias, que marcou os dois gols da anfitriã. Depois da partida, os donos da casa comemoraram muito, vestindo camisas de celebração da volta à Série A, e a torcida partiu para a festa no estádio, já aos gritos de "é campeão".
Com a vitória, a Portuguesa, que já está há 16 jogos sem perder, chega aos 73 pontos, ficando ainda mais distante da vice Ponte Preta. Já são 13 pontos de frente. Agora, a Lusa só precisa vencer o Criciúma, fora de casa, na próxima terça-feira, às 20h30m, para garantir o título da Série B antecipadamente sem depender de outros resultados. Caso a Portuguesa empate, e a Ponte Preta não supere o Americana no sábado, dia 5 de novembro, a taça também fica no Canindé.
A Macaca, apesar da derrota, segue com 57 pontos, quatro de vantagem para o Náutico, que encara o Sport neste sábado pelo fechamento da rodada.
Temperos de final
Já nos arredores do Canindé, antes da partida, o clima de final ficava claro. Uma grande festa foi armada nas arquibancadas. Empolgada com a conquista do acesso, a torcida da Portuguesa recebeu seus jogadores sob uma chuva de papeis picados. Os alvinegros de Campinas também não fizeram feio e compareceram em bom número. O público total foi de quase 12 mil.
Ananias comemora gol da Portuguesa sobre a Ponte Preta (Foto: Miguel Schincariol/Agência Estado)Ananias comemora gol da Portuguesa sobre a Ponte Preta (Foto: Miguel Schincariol/Agência Estado)
O primeiro tempo teve muitos temperos de uma final: belos gols, catimba e confusão. Os dois técnicos postaram bem suas defesas. Estava difícil trocar passes. Mesmo assim, não faltaram lances de perigo. A visitante entrou melhor. Logo aos dois minutos, Renatinho partiu em contra-ataque e só parou com falta por Leandro Silva, que foi punido com o cartão amarelo. Ricardo Jesus depois obrigou Weverton a fazer grande defesa em um chute cruzado.
Aos poucos, a Portuguesa foi mostrando porque está absoluta nesta Segundona. O técnico Jorginho, logo de cara, resolveu puxar Edno para a ponta esquerda e colocou Ananias para fazer a função do artilheiro da Lusa, ficando centralizado. A estratégia deu certo. Edno tentou um cruzamento para Ananias, mas a defesa tirou.

Pouco depois, o atcante cruzou com perfeição para Marco Antônio, que cabeceou em cima do goleiro Julio Cesar. Na terceira tentativa, porém, a Portuguesa abriu o placar. Aos 17 minutos, Edno fez um cruzamento na medida para Ananias, de cabeça, balançar a rede. Ele assumiu o posto de Edno e também o papel de goleador. Ananias aproveitou uma bola rebatida na grande área pontepretana para ampliar logo aos 24 minutos do primeiro tempo.
A Ponte Preta não se abateu. Seguiu pressionando a Portuguesa. Só que "sobrou vontade" para Josimar. O jogador se desentendeu com Marcelo Cordeiro, dando início a uma confusão generalizada. Edno tomou as dores do seu companheiro e os reservas dos dois times entraram em campo. Uns mais para apartar, outros, mais para brigar. Até os técnicos se envolveram no tumulto. Depois de alguns minutos de tensão, cartão amarelo para Josimar e bola rolando.

No entanto, a confusão continuou na torcida da Ponte Preta. Enquanto os lusitanos faziam uma grande ola, alguns torcedores foram detidos. Os campineiros discutiram com a PM. Quase dez minutos depois, a Polícia conteve os ânimos da torcida, que ainda viu Julio Cesar evitar mais um gol de Ananias, que chutou da risca do pênalti.
Emoção até o fim
O intervalo fez bem ao time campineiro. Com gás renovado, a Ponte Preta voltou melhor que a anfitriã. Pressionou com os chutes de Ricardo Jesus e Patric, mas a bola teimava em não entrar. O técnico Gilson Kleina resolveu sacar o meia Caio para colocar Lúcio Flávio. E o suplente não decepcionou. Com apenas dois minutos em campo, ele desviou de cabeça a cobrança de falta de João Paulo Silva, diminuindo a desvantagem no placar aos 16 minutos do segundo tempo.
O gol agitou a torcida da Macaca, que, mesmo em menor número, se fazia ouvir. Só que o gol também acordou o time da Portuguesa. O resultado foi um jogo aberto até o fim. Ricardo Jesus tentava, mas Edno respondia na mesma moeda.

A partida seguia quente, com os dois times atacando sem parar. As torcidas empurravam, tentando abafar os gritos dos torcedores adversários. Ferron, por duas vezes, quase empatou, garantindo emoção até o apito final, mas o resultado não se alterou. A Portuguesa venceu a "final" da Série B. E, depois da festa em campo, a torcida celebrou no Canindé com direito a trio elétrico e muita música.

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