sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Magnano se preocupa com locaute e diz que Splitter está perto da Espanha

Em sua primeira entrevista desde a conquista da vaga olímpica, técnico acredita que período de inatividade dos jogadores poderá prejudicar seleção

Por Joanna de Assis São Paulo
Ruben Magnano no jogo do Brasil contra o Canadá (Foto: AP)Magnano durante a disputa da Copa América
(Foto: AP)
Rubén Magnano ainda não sabe se convocará Leandrinho e Nenê, que pediram dispensa da Copa América de Mar del Plata, para a equipe que disputará os Jogos Olímpicos de Londres. Essa é uma situação a ser resolvida pelo técnico da seleção brasileira, mas não é sua única preocupação. Ele acompanha com apreensão o impasse na NBA, que ainda não conseguiu chegar a um acordo salarial entre donos de equipes e o sindicato dos jogadores, deixando a temporada 2011/2012 ameaçada. Segundo Magnano, o grande período de inatividade dos atletas poderá ter reflexo também na seleção.
- É muito preocupante o jogador ficar sem atuar por muito tempo. A falta de competição é muito ruim. Isso é prejudicial para ele e indiretamente para a seleção também. A falta de competição não ajuda ninguém. É muito prejudicial e eu pessoalmente não gosto disso. Segundo informações que tenho, muitos jogadores da NBA estão negociando com times da Europa, temendo que a temporada não aconteça. Entre eles está Splitter, e fico feliz que a coisa esteja bem encaminhada com o Malaga. É um time forte, seria ideal para ele. Sei que o Anderson Varejão (do Cleveland Cavaliers) está saindo de sua lesão, mas precisamos que ele comece a jogar rapidamente - disse Magnano.
Os rumores de que o ala-pivô do San Antonio Spurs voltaria à Espanha, país onde atuou por dez anos, começaram nesta semana. O Unicaja Malaga está interessado em ter o brasileiro em seu elenco. Em setembro, logo depois de retornar da disputa da Copa América, times do NBB mostraram interesse em fechar contrato com Splitter até o término da greve, a exemplo do que fez o Flamengo com Leandrinho. Ele agradeceu, mas preferiu seguir para os Estados Unidos e dar início a um programa individual de treinos até que a situação na NBA fosse resolvida.
Sem lugar garantido
Por aqui, Magnano trata de começar a definir a programação para o ano que marcará o retorno do basquete masculino do Brasil às Olimpíadas. Em março, ele pretende ir para a Europa para acompanhar os brasileiros que atuam nos times de lá. Em junho, o treinador argentino quer contar com os 16 convocados que darão início à preparação para Londres. Os Jogos serão disputados no período de 27 de julho a 12 de agosto.
- Ainda não temos uma preparação já totalmente elaborada. A ideia é começar a trabalhar no início de junho e fazer até 11 jogos amistosos em diferentes lugares. Olimpíada é um torneio muito especial para o Brasil e esperamos fazer a mesma preparação que tivemos para o Mundial, no ano passado e para a Copa América deste ano. Vamos para Londres para buscar o mais alto posto que possamos conseguir.
Embora admita que já tem em mente nomes com quem gostaria de contar nos Jogos, Magnano prefere manter o silêncio. Prefere dizer que "todo jogador com passaporte brasileiro tem a possibilidade de integrar a seleção nacional". E reafirma que não há ninguém com vaga cativa na equipe.
- Hoje não tem uma base de nomes, mas isso não garantiria nada, porque tem uma quantidade de situações que ainda podem acontecer. Mas claro, eu na minha cabeça tenho alguns nomes, agora quais vão para a Olimpíadas? Não sei... O jogador que foi bem na Copa América e desempenhou bem o seu papel, não fez mais do que a obrigação. Foi lá para defender o seu país e isso foi importante para ele. Tenho uma clara ideia do que posso fazer na convocação, mas não existe ninguém com vaga garantida no grupo que vou convocar. Espero ser inteligente o suficiente para fazer a melhor convocação para o Brasil, mas não falei com ninguém que foi à Copa América e também aqueles que não foram.

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