Schmitt vai pedir seis meses de punição a Bolívar: 'O lance é forte'

Segundo 'Zero Hora', procurador do STJD pedirá punição ao árbitro da partida, Paulo César Oliveira, que deu cartão amarelo e não marcou pênalti

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre

A entrada dura no lateral-esquerdo Dodô na última quarta-feira não deverá passar em branco. Segundo reportagem do "Zero Hora" neste sábado, se depender do procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, o zagueiro colorado Bolívar pegará um gancho de seis meses, mesmo tempo que o atleta do Bahia deverá ficar fora dos gramados após a jogada na última quarta-feira que ocasionou ruptura total do ligamento cruzado do joelho esquerdo do jogador.
- O lance é forte, e a falta do Bolívar foi muito violenta. A jogada dá a prerrogativa de pedirmos uma punição por seis meses - afirmou Schmitt, que analisou o videoteipe e pretende encaminhar a denúncia ao Tribunal até terça-feira.
Bolívar pode ser julgado antes da última rodada do Brasileirão, que será no dia 4 de dezembro. O árbitro Paulo César Oliveira, que apenas deu cartão amarelo a Bolívar e marcou falta em dois lances em vez de pênalti, também deverá ser punido pelas falhas.
- Paulo César foi muito mal no lance. Talvez o seu ângulo fosse ruim, mas não justifica ele ter aplicado apenas o cartão amarelo - afirmou o procurador ao "Zero Hora".
A punição ao zagueiro colorado se baseia no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) - jogada violenta. Nele, é prevista a suspensão de seis meses ao agressor: “Na hipótese de o atingido permanecer impossibilitado de praticar a modalidade em consequência de jogada violenta grave, o infrator poderá continuar suspenso até que o atingido esteja apto a retornar ao treinamento, respeitado o prazo máximo de 180 dias."
Defesa
O Inter já se movimenta para fazer a defesa de Bolívar, que negou intenção de lesionar o adversário. Essa declaração, juntamente, com a de Dodô, que o absolveu de maldade na jogada, será usada para tentar impedir a punição.
- Uma punição por seis meses só é cabível caso ocorra uma agressão gratuita, um lance fora da disputa de jogo ou totalmente inusitado. Não é esse o caso. Além disso, como houve punição ao Bolívar durante o jogo, a denúncia por vídeo não é cabível - disse o diretor jurídico do Inter, Rogério Pastl.