segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Renato Augusto espera jogo duro para o Fla: ‘Sofri bastante em Potosí’

Na Libertadores de 2007, meia enfrentou o Real Potosí a 4.000 metros acima do nível do mar e empatou por 2 a 2

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro
renato augusto flamengo x real potosi (Foto: AP)Renato Augusto queria pedir para sair, mas Fla já
tinha feito as três substituições (Foto: AP)
A cena de Renato Augusto com máscara de oxigênio e dificuldade para respirar ficou marcada. À beira do campo, o então camisa 10 do Flamengo buscava ar para suportar os 4.000 metros da altitude de Potosí, na Bolívia. O meia, atualmente no Bayern Leverkusen, não foi o único. No vestiário, depois da partida, o cenário era de atletas extenuados e atordoados. Em campo, o 2 a 2 com o Real Potosí, na estreia do time na Libertadores 2007, chegou a ser surpreendente por conta do ar rarefeito. Obina e Roni marcaram os gols da equipe. Na volta, no Rio, vitória por 1 a 0.
Da Alemanha, Renato Augusto recordou aquela partida. Segundo ele, além do rival no campo, o grupo atual do Flamengo terá de superar o adversário duro e invisível. Ele reconhece que sofreu com a altitude e prevê dificuldades para o time de Vanderlei Luxemburgo. No dia 25 de janeiro, o Fla estreia na primeira fase da Libertadores 2012 no mesmo local.
Renato conta que a aclimatação do time de 2007 foi curta, de apenas dois dias. Este ano, o grupo rubro-negro chegará à Bolívia dez dias antes do confronto.
- Fizemos uma preparação no clube com o departamente médico. O objetivo era tentar diminuir os efeitos da altitude. Lembro que tínhamos que sentar e respirar por um aparelho. Todos inalavam oxigênio por um tempo determinado pelos médicos. Fomos dois dias antes e ficamos em Sucre. Treinamos lá e fomos no dia do jogo para Potosí - disse, por meio de sua assessoria de imprensa.
A logística atual é parecida. Depois de 12 dias de pré-temporada em Londrina, no Paraná, a delegação embarca para Sucre, que fica a 164 km de Potosí. Lá, são 2.800 metros acima do nível do mar. Renato tem dificuldades para explicar os efeitos da altitude, mas reconhece que sofreu. Principalmente porque as três alterações haviam sido feitas.
- Vários jogadores reclamaram. Não dá para explicar direito o que acontece. Só quem viveu isso pode comentar. Sofri bastante em Potosí. Choveu no dia do jogo e estava frio. Ainda tive a infelicidade de levar uma bolada no rosto. Depois disso, ficou ainda mais complicado para respirar. Não dava para ser substituído, porque o Flamengo tinha feito as três substituições. Usei, então, o balão de oxigênio levado pela comissão técnica.
Apesar das dificuldades, o meia acredita que o Rubro-Negro tem boas condições de se classificar. Ele lembra que em 2008, contra o Cienciano, no Peru, o time venceu por 3 a 0, em Cuzco, a 3.400 metros de altitude.
- Acho que aquilo que aconteceu em Potosí foi incomum, porque no ano seguinte fui jogar contra o Cienciano, no Peru. Também fizemos uma preparação para a altitude, chegamos a Cuzco horas antes da partida e tudo correu bem. Vencemos por 3 a 0, fiz um gol e garantimos a classificação para as oitavas da Libertadores.
Os jogadores do Fla voltam ao trabalho no dia 3 de janeiro e viajam para Londrina. Se passar pelo Potosí, o time vai entrar no Grupo 2, que terá um equatoriano, um paraguaio e o Lanús, da Argentina.

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