sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ao lado do filho, Zé Roberto faz apelo antirracismo: 'Somos todos iguais'

Meia treinou ao lado do filho João Vitor, que segundo ele, foi vítima de racismo no Rio Grande do Sul

Por GLOBOESPORTE.COM, com informações da TV Bahia Salvador
Depois de afirmar que o filho foi vítima de preconceito social no Rio Grande do Sul, Zé Roberto decidiu levar o garoto ao Fazendão. Nesta quinta-feira, João Vitor, de cinco anos, foi uma das atrações do centro de treinamentos do Bahia.
O caso, segundo o jogador, aconteceu na escola onde João Vitor estudava. A direção da instituição disse que tudo não passou de um mal-entendido do filho de Zé Roberto com os colegas. Enquanto os advogados tentam resolver a situação na justiça, o jogador se esforça para voltar a ver o filho sorrir naturalmente.
Meia Zé Roberto com o filho no Fazendão (Foto: Reprodução/TV Bahia)Zé Roberto levou o filho para o treino no Fazendão nesta quinta-feira (Foto: Reprodução/TV Bahia)
- Para a gente que é pai, o que importa é ver ele feliz. O comportamento dele em Porto Alegre era completamente diferente. Ele era uma criança mais presa, só queria estar com mãe, fechada. Aqui ele tem o prazer de brincar e estar no convívio com outras crianças – comentou o jogador.
João Vitor foi uma das atrações do treino do Bahia nesta quinta-feira. Enquanto o pai cumpria o cronograma do departamento físico e corria ao redor do campo, o menino se ambientava com o Fazendão e brincava com um boneco. Houve tempo até para demonstrar a insatisfação com a demora no clube.
- Ele chegou a me perguntar: “Pai, você não vai parar de correr não?” – brincou o meia.
Meia Zé Roberto com o filho no Fazendão (Foto: Reprodução/TV Bahia)João Vitor acompanhou o pai no gramado do
Fazendão (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Apesar de ver o filho em recuperação do trauma, Zé Roberto não consegue esquecer as cenas do preconceito. O ato, segundo o jogador, foi o que mais pesou na decisão de deixar o Internacional. Com passagens por clubes do Japão, Portugal e Alemanha, o meia de 31 anos lamentou ainda mais o fato de a discriminação ter acontecido no Brasil:
- Somos todos iguais. Vamos morrer e vamos para o mesmo lugar. Isso é uma imbecilidade de tal tamanho... Eu morei em vários países e nunca passei por isso. Vim passar em meu país.
Zé Roberto foi apresentado pelo Bahia no começo desta semana. Deste então, o jogador tem feito treinos físicos para poder ficar à disposição do técnico Joel Santana. Entre um treino e outro, ele mostra que é mais um na luta contra o racismo, não só no futebol, mas também na sociedade.

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