domingo, 15 de abril de 2012

Agora no grupo dos tricampeões, Luizomar faz promessa por atletas

Eufórico após terceiro título da Superliga, segundo no Maracanãzinho, técnico do Osasco irá a Aparecida para acender uma vela para cada jogadora

Por Leo Velasco Rio de Janeiro
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Assim que Thaisa fez o último ponto do jogo da final da Superliga feminina, contra o Rio de Janeiro, Luizomar de Moura correu eufórico pela quadra. Tinha muito para comemorar. Voltava a ser campeão no Maracanãzinho, ginásio onde conquistou seu primeiro título do torneio 11 anos antes. Virava também um dos três tricampeões da competição. Mas a promessa que ele vai cumprir na próxima semana não tem nada a ver com isso. O técnico do Osasco quer ir a Aparecida do Norte para agradecer pela saúde de suas comandadas.
Luizomar de Moura na final da Superliga (Foto: Alexandre Arruda / divulgação CBV)Luizomar de Moura comemora a vitória com suas jogadoras (Foto: Alexandre Arruda / divulgação CBV)
– Vou fazer o que eu faço sempre. Semana que vem vou a Aparecida do Norte acender vela. Não pelo título, mas uma velinha para cada menina, porque elas chegaram a essa final sem se machucar – disse.
Mas a corrida eufórica e aparentemente atabalhoada ao fim do jogo tinha direção. Luizomar procurava sua mulher e seu filho na arquibancada. Quando os encontrou, chegou a subir na mureta que separa a quadra das cadeiras. A única coisa que ele queria era comemorar e muito.

- Eu sempre fui um cara muito vibrante. Eu tenho um grande prazer de jogar aqui no Maracanãzinho e nunca escondi isso de ninguém. Foi aqui que minha história começou, em um Flamengo x Vasco até mais cheio do que neste sábado. Hoje fiz questão de a minha mulher e do meu filho estarem aqui, porque da outra vez eles estavam em São Paulo. Dedico este título primeiro para minha família, que me colocou de pé várias vezes. E também ao meu patrocinador, que me dá apoio e segurança – afirmou o técnico.

Luizomar de Moura já está entre os grandes campeões do torneio. Ele entrou neste sábado para o seleto grupo de tricampeões da Superliga feminina. Ao seu lado estão José Roberto Guimarães e Sérgio Negrão. À frente, apenas Bernardinho, com sete.
Eu gostaria muito de poder manter este grupo. Foi maravilhoso. "
Luizomar
- É especial. Em 18 anos de Superliga feminina, apenas seis técnicos conquistaram o título. Entrei agora no grupo dos tricampeões. Eu fiz sete finais e conquistei três títulos – comemorou.

Mas a alegria de Luizomar não era só a dele. Era também a felicidade de suas atletas e das conquistas pessoais de cada uma.

- Essa medalha um dia vai ficar velha, mas o que fica são as lembranças, os ensinamentos. A Tandara de ponteira, a Fabiola, que sempre jogou em times menores e ganhou minha confiança, a Adenízia foi fantástica e cresce a cada Superliga, a Brait, que fica na seleção seis meses e joga pouco. Por isso que esse título é uma emoção muito grande. Por ver as meninas jogando em alto nível. Eu gostaria muito de poder manter este grupo. Foi maravilhoso. Mas as meninas que vão ter que decidir o destino delas - diz o treinador.
 

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