domingo, 10 de junho de 2012

Lusa faz bom segundo tempo e bate Atlético-GO, que segue sem vencer
Moisés e Ricardo Jesus abrem caminhos da equipe, que chega ao primeiro triunfo no Brasileiro com ajuda de péssima atuação da defesa do Dragão
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    Substituição
    Centroavante
    No intervalo, Geninho alterou a forma de sua equipe jogar, tirou Ananias e colocou Ricardo Jesus mais enfiado na área. Com isso, prendeu a zaga do Atlético-GO mais atrás e criou espaço no meio de campo. Em dois minutos o centroavante, de cabeça, abriu o caminho da vitória da Portuguesa.
  • mico
    Paulo Henrique
    Recuo de bola
    A regra que o goleiro não pode pegar a bola com as mãos após recuo é velha, mas o zagueiro Paulo Henrique parecia não saber. Deixou o goleiro Roberto em situação difícil ao tocar para trás. Na cobrança de falta, Moisés marcou o segundo e decidiu o confronto no Canindé.
  • o craque
    Moisés
    Perigoso
    O meia foi quem mais levou perigo ao Atlético-GO, tanto em bolas paradas, como vindo de trás, pelo meio da zaga dos visitantes. Nos dois primeiros chutes, o goleiro Roberto fez a defesa, mas no terceiro, em falta dentro da área, bateu rasteiro e não deu chance ao rival.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
6 comentários
Moisés é o nome da persistência na Portuguesa. Ele perdeu gol incrível, na cara de Roberto. Depois cobrou falta com muita força e viu outra bela defesa. Mas não desistiu. E num lance raro, de infração por recuo de bola que o goleiro pegou com a mão, chutou de pé direito, fez o segundo gol e decretou a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-GO.
A Lusa teve de ser persistente, já que brilho e técnica não são ingredientes comuns ao bacalhau de Geninho em 2012. Depois de ter sido melhor no primeiro tempo, mas com domínio traduzido em chances de bola parada, o treinador colocou Ricardo Jesus, chegou ao primeiro gol e dominou completamente o rival. Enquanto o pentacampeão mundial Dida não estreia, Gledson fez partida seguda, com pelo menos três boas defesas.
Se Moisés traduziu a luta dos rubro-verdes no primeiro triunfo no Campeonato Brasileiro, Paulo Henrique é a cara de um Atlético-GO que demitiu Adilson Batista depois de apenas uma derrota, recontratou Hélio dos Anjos e segue sem vencer na competição. O zagueiro fez faltas em excesso, falhou em saídas de bola, na marcação e ainda recuou a bola na fogueira para o goleiro Roberto, em lance que culminou no gol decisivo.
No próximo sábado, a Lusa tem duro compromisso no Engenhão, às 21h (de Brasília), contra o Fluminense. Já o time de Goiânia terá uma semana para se recuperar de mais um mau resultado e enfrentar o Coritiba, no Couto Pereira, domingo, às 18h30m.
Tempo dos goleiros
Com 15 segundos de jogo, Ernandes cobrou lateral para Diogo Campos e saiu correndo para frente. O passe, no entanto, foi para trás e a bola saiu novamente pela lateral. Um lance emblemático de duas equipes com muito pouco a apresentar.
Para dar mais emoção à partida, as defesas resolveram arriscar linhas de impedimento. E só não se deram mal porque foram salvas pelos goleiros. Primeiro foi Moisés quem passou no meio da zaga goiana, invadiu a área e bateu mal, facilitando a defesa de Roberto. Depois, Lima deu condição a Diogo Campos, que cortou para o pé esquerdo e finalizou. Gledson fez boa intervenção e, na sequência, sofreu falta de Bida.
Depois, as bolas paradas se tornaram o principal perigo no Canindé, principalmente a favor da Portuguesa. Moisés chutou de longe, com força e efeito, mas novamente perdeu o duelo para Roberto. Lima quase tirou tinta da trave em cobrança mais próxima da área. Mas os lances de destaque continuavam sendo passes errados, disputas desajeitadas pelo meio e bicões para onde a chuteira apontava.
Apesar da presença de Bida e Elias no meio de campo, o Atlético-GO não conseguia criar e dependia da movimentação de Diogo Campos, ora pela direita, ora nas costas de Luis Ricardo, pela esquerda.
Segundo tempo
Geninho mudou o esquema de jogo da Lusa no intervalo. Em vez de jogadores abertos, tirou Ananias e colocou Ricardo Jesus mais presente na área. Demorou apenas dois minutos para o técnico provar que a substituição era correta. Em posição duvidosa, na entrada da pequena área, o centroavante recebeu cruzamento de Luis Ricardo e cabeceou à queima-roupa. Roberto ainda conseguiu encostar na bola, mas não evitou o gol.
O jogo ficou mais aberto, e Marino, um dos que mais correram no Dragão, entrou na área, mas foi atrapalhado por Raí na hora da finalização. Gledson conseguiu evitar o gol. Quando o adversário parecia equilibrar o jogo, Paulo Henrique se atrapalhou e recuou a bola para Roberto, que teve de pegar com a mão para evitar a chegada de Ricardo Jesus. Falta cobrada de dentro da área e finalização certeira de Moisés.
Com mais espaços e jogadores de gás novo, como Rodriguinho, a Portuguesa poderia ter ampliado o placar, mas administrou o resultado. Não correu riscos e apenas esperou o apito final. Para quem deseja permanecer na Série A no ano que vem, vitória importante sobre um provável adversário direto nessa batalha. Com uma defesa escancarada, meio-campo desentrosado e ataque inoperante, Hélio dos Anjos espera pelo retorno de alguns desfalques, como o goleiro e líder Márcio, para dar a volta por cima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário