quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Figueirense vence Cruzeiro e mantém vivo sonho de escapar da degola
Raposa completa terceira derrota seguida e vê cada vez mais distante chance de disputar a Taça Libertadores no ano que vem
 
A CRÔNICA
por Tarcísio Badaró
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O jogo valia uma reação para Figueirense ou Cruzeiro, mas pareceu uma luta contra o rebaixamento nas rodadas finais de competição. Em partida muito disputada e com várias chances de gol, o Figueira levou a melhor e bateu a Raposa por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, em Florianópolis. João Paulo fez um golaço de falta, no primeiro tempo, e Aloisio garantiu os três pontos aos donos da casa, já no final do jogo.
Apesar da vitória, o Figueirense segue na zona de rebaixamento. No entanto, cola no Sport, com os mesmos 22 pontos, e dependendo dos resultados de quinta-feira, pode sonhar em deixar o Z-4 na próxima rodada. Já o Cruzeiro vê o desejo de adentrar a zona de classificação para a Libertadores mais longe, já que permanece na oitava posição, com 34 pontos.
Na próxima rodada, o Figueirense vai até Salvador encarar o Bahia. O jogo será no domingo, às 16h (de Brasília), no Pituaçu. Já o Cruzeiro receberá o Vasco, no mesmo dia e horário. Punido pela confusão no clássico, o time celeste mandará a partida em Varginha, no Sul de Minas.
João Paulo volta a marcar
O técnico Celso Roth surpreendeu na escalação. Colocou Souza como ala pela direita; Guerreiro, de terceiro zagueiro; três volantes no meio; e Montillo próximo a Wellington Paulista no ataque, numa espécie de 3-5-2. Mas o treinador celeste viu o Figueirense começar melhor, apesar dos vários marcadores. Ronny e Aloísio finalizaram com perigo e Everton deu o troco em cobrança de falta.
Antes dos dez minutos a Raposa se acertou. O time mineiro chegava com perigo pela esquerda, na disposição do lateral Everton, nas caídas de Montillo, e pela fragilidade de Elsinho, lateral-direito catarinense. O Figueira tinha dificuldades no setor, mas se dava bem quando fazia a bola chegar até Aloísio, que levava a melhor em todos os lances individuais em cima da zaga cruzeirense.
Montillo, figueirense e Cruzeiro (Foto: Antonio C. Mafalda / Mafalda Press / Futura Press)Montillo se movimentou e criou chances, mas não impediu a derrota (Foto: Antonio C. Mafalda / Futura Press)
O Figueirense cresceu na metade do primeiro tempo, passando mais tempo com a bola. Pouco antes dos 30 minutos, o Cruzeiro perdeu Sandro Silva, contundido. Marcelo Oliveira foi para o jogo. A Raposa havia recuado um pouco, e buscava encaixar um contra-ataque. No entanto, exagerava nas faltas próximas da área. Numa dessas, João Paulo colocou com perfeição no ângulo de Fábio e abriu o placar, aos 34 minutos.
Apesar de um susto logo após o gol - em chance clara de Montillo -, a equipe da casa continuou melhor e em cima dos visitantes. O primeiro tempo acabou com vantagem dos catarinenses, que conseguiram, na qualidade individual, transformar o maior volume de jogo em resultado. Aos visitantes, coube ir para o vestiário com a impressão de que poderiam ter caprichado mais em certos lances, sobretudo na finalização de Montillo.
Aloísio define
Os dois times voltaram sem substituições para o segundo tempo. Mas alterados. O Figueirense diminuiu o ritmo, buscando menos o ataque. Já o Cruzeiro teve uma mudança tática. Souza deixou a lateral para Léo e foi para o meio. O 3-5-2 se tornou um 4-5-1. A Raposa demorou um pouco para se acertar, mas foi exatamente com Souza, após tabela pelo centro de campo, que o empate quase veio. Wilson salvou.
Aos 21 minutos, o árbitro expulsou Celso Roth, por reclamação. O detalhe é que o técnico estava reclamando com Marcelo Oliveira, e não com o xará Marcelo de Lima Henrique, que apitava a partida. A ausência do comandante pareceu não ter afetado a equipe, que continuou buscando o gol. Logo em seguida, Wellington Paulista cabeceou uma bola no travessão.
O Figueirense parecia cometer um erro ao recuar tanto e dar campo para o Cruzeiro. Por mais que faltasse inspiração para a Raposa, a insistência dava indícios de que o time poderia chegar ao empate. No entanto, outra expulsão pôs fim ao ímpeto mineiro. Léo cometeu falta e levou cartão vermelho. Após isso, o Figueirense teve mais tranquilidade para administrar a vitória, e aos 41, Aloísio ampliou de cabeça, garantindo os três pontos.
 

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